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A N N A

Terminei de descer a escada chegando na sala vendo o Matheus sentado no sofá.

Anna: bom dia, Matheus - falei e fui em direção da cozinha.

MT: bom dia - respondeu seco.

É estranho vê ele em casa e sendo simpática. Normalmente Matheus nunca está em casa e quanto está é muito arrogante com qualquer pessoa.

Entrei na cozinha vendo a mesa suja de farelo de pão e algumas coisas encima.

Limpei, guardei tudo e coloquei um pouco de café na xícara pra mim.

Passei por trás do sofá que ele estava e fui sentar na parte de trás da casa.

O dia não está dos melhores, o céu está fechado, um friozinho bom e gostoso.

Sentei na cadeira e levantei os pés apoiando na beirada dela. Olhei pro cachorro deitado me olhando também e levei a xícara até a boca.

É incrível quando percebo que o William me traz tranquilidade, pelo incrível que pareça ele consegue fazer isso mesmo vivendo em uma vida nada tranquila.

Pra mim, está com ele é como está fora do mundo. Eu chego com todos meus problemas, todos meus traumas, todo meu medo e ele chega tirando tudo de mim levando pra longo.

Não sei se ele faz ideia, mas pela primeira vez em todos esses anos, esses dias eu me senti bem psicologicamente e fisicamente.

Talvez ele nem sabia o que me causa. Um dia eu quero ser capaz de ter o mesmo significado na vida dele igual ele tem na minha.

Foguete: mas é isso cara, eles vão está lá te esperando, vai te entregar a parada e feito - ouvi sua voz na parte da frente da casa - quero vê se ele estão mandar você sozinho igual fizeram comigo, até hoje não perdoei essa filha da putagem

Ret: reclama menos, foguinho - sua risada estava mais perto dessa vez.

Foguete: Anna! - falou alto - cadê o Theo?

Anna: oi Daniel, tudo bem com você? - levantei entrando em casa e o Matheus estava saindo - agora só quer saber dele, esqueceu de mim?

Foguete: ele é mais legal que você - ri sarcástica.

Anna: ele não acha isso - falei baixo segurando a risada.

Foguete: duvido! Eu sou um tio incrível, e ele sempre fala isso. Vou perguntar ele
- subiu as escadas rápido.

Ret: mais criança que o muleque - falou rindo e vindo ba minha direção - tudo bem?

Anna: tudo sim, e você? - ele me abraçou, passei meus braços na cintura dele deitando em seu peito.

Ret: tem como não está bem com uma mulher dessa na minha casa? - ri sem jeito. William levantou meu queixo com a ponta dos dedos e me deu um selinho - gostosa..

Anna: vou ficar mal acostumada com tantos elogios

Ret: você merece mais que elogios, princesa - me deu outro selinho. Mordi o canto interno da minha bochecha e abaixei o olhar, ele levantou meu queixo outra vez e me olhou sem entender - o que foi? Fala comigo, princesa

Anna: tenho medo disso não ser real. Acho que isso - apontei pra mim e ele - é só criação da minha mente

Ret: olha pra mim - olhei em seus olhos - se o certo for viver esse mínimo de ilusão, eu vivo sem pensar duas vezes. Então deixa sua imaginação fluir, enquanto isso a gente transa

Amante Do Perigo  - Filipe RetWhere stories live. Discover now