LOS ANGELES
Setembro, 2010Depois de um banho demorado, vesti uma calça de moletom e saí do quarto, ouvindo vozes vindo da sala. Caminhei até lá, onde encontrei minha mãe e Clarice conversando.
— Como o meu filho tem se comportado? – Minha mãe perguntou e eu revirei os olhos.
— Meu Deus, parece que eu ainda tenho cinco anos e estou ouvindo você perguntar isso para a minha professora! – resmunguei e me sentei na poltrona sob os olhares delas.
Clarice riu e se virou para minha mãe, respondendo:
— Ele é um ótimo rapaz, senhora Thompson. Você o criou muito bem. Não há com o que se preocupar. – Ela olhou para mim, sorrindo. – E eu acho que as notas dele vão ser excelentes nesse semestre – brincou, piscando o olho para mim e eu ri.
— Ele tem se alimentado direito? – Ela perguntou e eu recostei a cabeça no encosto da poltrona, soltando um suspiro audível.
— Mãe, para! – ralhei e olhei para ela.
— Eu só quero saber se você está bem!
— Eu estou ótimo!
— Não se preocupe quanto a isso, senhora Thompson, Phillip sempre come o que eu deixo pronto para ele jantar.
— Obrigado, Clarice – agradeci, olhando para ela, e desviei o olhar para minha mãe. – Satisfeita? Agora pode parar com essas perguntas porque eu não tenho mais doze anos.
— E isso são modos de aparecer na sala? Vai vestir uma camisa.
— Meu Deus! – exclamei, jogando novamente a cabeça para trás. – Não bastava ser assim em Miami, vai ser assim aqui em Los Angeles também? Dá um tempo! Eu estou no meu apartamento, posso ficar do jeito que eu quiser!
— Olha o jeito que você fala comigo, mocinho, eu ainda sou a sua mãe.
Eu suspirei, impaciente.
— Bem, eu vou deixar vocês a sós e preparar o café da manhã. Algum pedido especial? – Clarice perguntou, se levantando.
— Faz um café bem forte pra mim. Eu vou precisar – pedi e ela assentiu, se retirando.
Aquele era o único jeito de aturar a visita de minha mãe.
Dona Sylvia me visitava com frequência. Pelo menos uma vez por mês, ela vinha a Los Angeles para me ver e saber como estavam as coisas. Mas em toda visita, ela me tirava a paciência, pois sempre fazia perguntas demais e queria se meter em tudo.
— E agora? Posso saber onde você passou a noite? – Ela torceu o corpo, virando-se para mim.
— Eu já respondi.
— Meu Deus, Phillip, eu não te criei e permiti você vir para LA para passar a noite gastando dinheiro com prostitutas! – reclamou e eu ri.
— Se eu te falar onde passei a noite, você vai preferir as prostitutas.
— Não me diga que você estava de novo com a Cindy – disse e eu me mantive calado, porém sorri, olhando para ela. – Phillip! Eu não acredito nisso.
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Obsessão: Los Angeles - Vol. 2
Fanfiction[Vol.2] Nessa continuação de 'Obsessão: A História de Phillip Thompson', Phillip segue firme na sua obsessão por Melanie Swanson. Internado em uma clínica contra a sua vontade, Phillip enfrenta a sensação de aprisionamento físico e mental. Privado...