Obsessão: Los Angeles - Vol. 2

Capítulo 43. Possibilidades

LOS ANGELES
Setembro, 2012

No dia seguinte, eu me dediquei a apenas uma coisa: descobrir tudo sobre a vida de Nick Carter. Eu nem fui para a firma. Liguei para a minha secretária Denise, nos primeiros raios de sol, e avisei de que trabalharia no escritório de casa, pedindo que me enviasse todos os documentos que precisaria para aquele dia.

Tomei meu café da manhã sem pressa e depois fui para o escritório, avisando Clarice de que eu trabalharia em casa e que não queria ser incomodado.

Fechei a porta e me sentei na cadeira, ligando o monitor. O meu computador estava sempre ligado, para eu não perder tempo em esperar o sistema iniciar, mas eu sempre tinha que digitar a senha de bloqueio de tela. Digitei o nome dela e a tela se abriu, revelando uma das minhas fotos favoritas dela como plano de fundo. Era a foto dela dormindo de bruços na cama, completamente nua. Eu amava olhar para o seu corpo nu. A perna dela estava levemente dobrada, fazendo a curva do seu bumbum aumentar. O seu rosto estava sereno e o seu cabelo posto de lado, esparramado por cima do seu braço e travesseiro. Eu era, sou, completamente fascinado, louco por ela. Só de imaginar que Nick poderia ter a chance de vê-la assim, de tê-la, tocar em sua pele e sentir o seu cheiro, beijar a sua boca e o seu corpo, e invadir o que era somente meu, deixava o meu sangue fervendo. Eu estava determinado a fazer qualquer coisa para impedir que isso acontecesse.

Abri a imagem em tempo real da casa dela e a vi no quarto, se arrumando às pressas para ir trabalhar.

— Está atrasada. Como sempre – comentei olhando para a tela e balancei a cabeça para os lados. – Não toma jeito mesmo.

Ela sempre foi assim, desde os tempos de colégio. Eu sempre ficava esperando ela se arrumar, saindo apressada de casa.

Alcancei o meu celular e liguei para Greg que me atendeu estranhando o horário da minha ligação.

— Qual é a emergência? – Ele perguntou com a voz de sono.

— Eu preciso que me passe os dados de uma placa.

— E precisa disso para a essa hora da manhã?

— É, Greg, agora!

— Você sabe que eu moro em Las Vegas e trabalho em um hotel cassino, né? Eu passo a madrugada acordado.

— Greg, eu sei que você faz isso em cinco minutos. Anota aí – falei e disse a ele os números e letras da placa. – Vou ficar esperando.

Encerrei a chamada, sem esperar ele dizer alguma coisa.

Dez minutos depois, recebi um e-mail dele com as informações que eu queria, além de uma mensagem dele no corpo do e-mail.

"Nickolas Gene Carter?! Que merda é essa? Por que precisa dos dados dele? Você tem noção de onde está se metendo, Phillip? Ele é contratado de uma gravadora que tem um exército de advogados! Pega esse arquivo e exclua esse e-mail, e se der merda, não me envolva nisso!"

— Cagão. Foda-se que ele tem advogado, eu sou advogado. Estou pouco me lixando para isso!

Baixei o arquivo que ele me mandou e imprimi a folha. Depois eu excluí o e-mail que ele mandou, como ele pediu. Olhei os dados impressos na folha e abri o programa de rastreio. Digitei os números na busca e esperei dar a localização. Quando o ponto vermelho apareceu, os dois endereços não batiam. O mapa dava a localização de uma casa à beira-mar em Malibu, e no papel em minha mão o endereço era outro. Como eu sabia que ele tinha rompido o noivado, eu só pude pensar que ele estava morando em Malibu, enquanto o outro endereço era a casa que ele morava antes com Lauren.