Capítulo 64. Descanse em Paz, William [🔥]

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🔥= leve, mínimo de detalhes.

֎֎֎

MIAMI
Outubro, 2012

Na manhã seguinte, eu quis ir ao cemitério onde William havia sido sepultado. Como eu não havia participado do sepultamento, eu quis ir lá e me despedir dele. Eu sentia essa necessidade de fazer isso, para me livrar da culpa de uma vez por todas.

Levantei da cama, tomei um banho e me arrumei.

Ao me ver arrumado, Michael quis saber para onde eu ia e, quando eu respondi, ele disse que ia comigo. Não porque ele queria ver o cemitério onde William estava enterrado, ou para eu não cometer nenhuma estupidez, ele apenas estava entediado e queria sair.

Meu pai já havia saído, quando eu e Michael descemos para tomar café da manhã, e isso não havia acontecido por acaso, eu estava mesmo esperando ele sair primeiro, para depois sair. Eu não queria que ele ficasse me fazendo perguntas.

Na noite anterior, quando ele chegou em casa do trabalho, ficamos conversando no escritório sobre o caso que eu estava trabalhando e ele me deu valiosos conselhos de como conduzi-lo. Mas logo depois de encerrarmos este assunto, ele voltou a perguntar sobre a minha ligação para William. Como eu tinha ganhado tempo e pensado sobre tudo o que envolvia essa pergunta, eu respondi a sua pergunta de mais cedo e qual tinha sido o meu questionamento para William e o seu conselho. Combinando as duas coisas, dava o tempo exato da ligação.

Se o meu pai tinha alguma suspeita do assunto da minha ligação para William, eu tinha acabado de vez com ela.

Eu fiquei tentado em perguntar para ele sobre Dylan ter conversando com ele sobre eu estar morando em Los Angeles, mas eu não sabia como tocar neste assunto sem levantar suspeitas. Eu poderia contar sobre o que havia acontecido na igreja, mas, se meu pai não tocou nesse assunto, ele não sabia sobre isso ou, ele estava ocultando isso de mim. Então era melhor que eu fingisse que não sabia de nada.

Durante o jantar, eu comuniquei a ele que eu e Michael teríamos que ir para Stock Island no fim de semana e disse a ele o motivo, quando ele questionou o porquê. Como eu tinha combinado com Michael mais cedo, ele confirmou tudo e ainda inventou que sempre teve essa vontade de construir um pequeno hotel ou resort em Key West ou Stock Island, e que agora com a aprovação do conselho do grupo, ele precisava ir lá para decidir o tipo de hospedagem e possíveis locais, além de fazer contatos.

Meu pai acreditou tanto nisso que ele falou com empolgação para Michael sobre Stock Island e Key West e deu dicas de locais para ele olhar, além de dizer alguns nomes que Michael poderia entrar em contato para ajudá-lo.

Após terminarmos o café, eu e Michael saímos de casa no carro que ele alugou. Passamos em uma floricultura e comprei algumas flores para levar. Michael estava dirigindo, enquanto eu ia informando para ele o caminho, sentado no banco do passageiro e com um fone de ouvido em apenas uma orelha.

Eu tinha passado a noite anterior toda monitorando o celular de Melanie para saber se iam contar sobre eu estar morando em Los Angeles. Porém, como eu suspeitava, nada foi mencionado sobre isso. Mas nada impedia que contassem no dia seguinte e, por isso, eu continuaria espionando, mesmo que eu tivesse certeza de que não iam contar. Por conta disso, eu achei melhor usar fones de ouvido e uma bateria portátil para manter o celular carregado.

— Pronto. Chegamos. – Michael avisou e eu levantei o olhar para frente. O carro já tinha entrado no cemitério e ele conduzia em uma velocidade lenta. – E agora?

— Mais à frente vire à esquerda e depois à direita – respondi e seguimos como eu havia informado. – Pare. Aqui está bom – pedi, já tirando o cinto de segurança. Michael parou o carro e eu tirei o fone de ouvido. – Toma – passei para ele o celular com os fones e a bateria –, fique ouvindo até eu voltar. Eu não vou demorar muito. – Puxei a maçaneta da porta, pegando as flores que comprei, e saltei do veículo.

Obsessão: Los Angeles - Vol. 2Where stories live. Discover now