Obsessão: Los Angeles - Vol. 2

Capítulo 72. Xeque-Mate

LOS ANGELES
Outubro,2012

Lauren se debatia dentro da banheira, desesperada, tentando de todo jeito se livrar da pressão que eu fazia em cima dela. O seu rosto estava voltado para baixo e as bolhas de ar subiam na água, com o grito que ela deu embaixo d'água.

Deixei ela submersa por um pouco mais de trinta segundos e a puxei, tirando-a da água para que ela respirasse. Ela puxou fortemente o ar e eu voltei a empurrá-la, afundando-a novamente na banheira. Fiz isso repetidas vezes, aumentando gradativamente o tempo que ela ficava submersa, até ela ficar sem forças, cansada, totalmente sem fôlego.

Quando eu me dei por satisfeito, a puxei, tirando-a da banheira e ela se sentou no chão, se apoiando com os braços na borda da banheira.

— Isso foi somente uma amostra do que você fez Melanie passar – falei, com a minha boca próxima do ouvido dela. – Para a sua sorte, ela está viva, senão você teria o mesmo destino. Faça novamente algo com ela e você vai saber exatamente como é. Se alguma coisa acontecer com ela, você vai sofrer as consequências! Eu vou estar de olho em você, Lauren, conte isso para ela, ou para qualquer pessoa, e eu levo essas fotos para a polícia e te denuncio por tentativa de homicídio.

Soltei ela, que deitou no chão sem forças, respirando fundo e tossindo.

— Quem... Quem é você?

— Alguém que você não vai querer ver de novo – respondi e saí do banheiro.

Desci a escada, saindo tranquilamente da casa pela porta da frente.

֎

Entrei no meu apartamento e me deparei com Michael sentado no sofá da sala. Ele foi logo questionando o que eu havia feito e eu sorri, retirando as luvas.

— Você sabe exatamente o que eu fiz – respondi e ele inclinou a cabeça para trás, levando as mãos ao rosto.

— Phillip, Phillip... o que foi que você fez?

— Nada... Relaxa, ela está bem. Eu apenas dei uma lição nela, uma pequena amostra do que vai acontecer com ela, se ela fizer alguma coisa com Melanie novamente.

— Caralho, Phillip! Você pode se encrencar nessa! – Ele disse, nervoso, levantando-se do sofá.

— Quem é o cliente e quem é o advogado aqui? – questionei com ironia e ele me olhou da mesma forma.

— Parece que, ás vezes, o advogado sou eu mesmo. – Ele respondeu e eu ri. – Você não pensa!

— Eu não penso?! – perguntei rindo.

— As vezes, parece que não. Você pensou que ela pode ir à polícia?

Eu ri, inclinando o corpo para trás.

— E dizer o quê? Que alguém entrou na casa dela e quase a afogou na banheira? – respondi e ele me olhou, estupefato.

— Você... Você, o quê?! Meu Deus, Phillip, você é maluco mesmo!

— Ah, ela mereceu! – ralhei. – Ela deveria era agradecer por eu ter dado apenas um susto nela. O que eu queria mesmo era que ela se afogasse mesmo, queria que ela perdesse a consciência como a Melanie perdeu! Eu só não fiz isso porque, de jeito nenhum, eu ia colocar a minha boca na dela para fazer reanimação!