Capítulo 25. Primeiro Contato

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LOS ANGELES
Setembro, 2010

— Eu, o quê?! – Ele perguntou, abismado. – Eu não fiz nada! Não coloquei nada no copo dela. Você está maluco? – disse na defensiva, completamente chocado e revoltado com a acusação que fiz.

— É claro que você vai negar, mas eu vi!

— Pois você viu errado!

— Você colocou alguma coisa na minha bebida?! – Ela questionou ele, pasmada e tensa.

— Não!

— Colocou, sim! Eu estava ali e vi quando você tentou beijá-la e aproveitou que ela desviou para fazer isso!

— Eu não fiz nada disso! – Ele rebateu a acusação, indignado.

— Fez, sim, eu também vi! – Michael disse, ficando ao meu lado e o homem indignou-se.

— Mas que merda é essa? – exclamou. – Eu não vou permitir ser acusado de algo que eu não fiz! Eu quero que vocês me provem que eu fiz isso!

— Ah, você quer prova? Então vamos ver se você não fez mesmo isso – falei, erguendo a taça a uma altura que eu pudesse ver o fundo. – O que é isso aqui? – Apontei para o comprimido se dissolvendo no fundo.

— Meu Deus, você ia me drogar! – Ela exclamou, assustada, recuando.

— Não! Não fui eu quem colocou isso aí! – exclamou, nervoso. – Você tem que acreditar em mim. – Ele deu um passo para frente e eu me coloquei na frente dele, ficando entre ele e ela.

— Não, ela não tem que acreditar em você, porque agora ela tem a prova do que você fez!

— Já disse que não fui eu quem colocou isso no copo dela! – exclamou.

— Ah, e quem foi então? Vai acusar quem? O barman? – questionei, apontando para o barman que estava vendo toda a acusação, assim como outras pessoas ao redor.

— Eu não coloquei nada – respondeu o barman. – Eu só coloquei a taça aqui.

— Eu sei, eu vi que não foi você, foi ele! – falei, acusando o homem.

— Não foi eu! Eu não sei quem foi, mas não foi eu!

— Cara, eu vi! Ele também viu! – falei, apontando para Michael. – Assume logo o que você fez.

— Mas eu não fiz isso! Eu não vou assumir algo que eu não fiz! – Ele berrou, irritado.

— Certo, já que é assim, só há uma maneira de resolvermos isso. Eu chamo a polícia e vamos todos resolver isso na delegacia.

— Cara, não faz isso, por favor, não precisa disso – pediu, juntando as mãos. – Eu já falei que não fui eu.

— Chama logo a polícia e tira esse filho da puta daqui! – Uma mulher gritou, e outras mulheres ao redor concordaram, enfezadas.

Eu podia jurar que se eu e Michael não estivéssemos ali, "resolvendo" a situação que eu mesmo criei, elas já teriam partido para cima dele.

— O que está acontecendo aqui? – perguntou um segurança do bar e me virei para ele.

— Ele colocou algo na bebida dela – respondi, apontando respectivamente para ele e para ela, que estava atrás de mim.

— Eu já falei que eu não fiz isso! – Ele falou para o segurança, sem saber como se defender. – Eu não sei porque eles estão me acusando de uma coisa que eu não fiz!

— Porque nós vimos. – Michael falou. – Nós estávamos ali – ele apontou para onde estávamos antes – e vimos ele fazer isso.

— Viram o quê, se eu não fiz nada?

Obsessão: Los Angeles - Vol. 2Donde viven las historias. Descúbrelo ahora