Capítulo 67. O Retorno de 'R'

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STOCK ISLAND/KEY WEST
Outubro, 2012

A casa de Nick Carter em Key West era uma típica casa de litoral. Em um tom verde água, de porta e janela de madeira, a casa era cercada por verde e palmeiras e com uma cerca baixa branca.

Eu e Michael estávamos dentro do carro do outro lado da rua, afastados da casa, mas era possível ver o carro deles parado na área da garagem. Eles levaram as compras para dentro da casa e, minutos depois, somente Nick apareceu, pegando as bagagens e levando-as para dentro. Depois disso, nenhum dos dois apareceram mais.

— E agora? O que você pretende fazer? – Michael quis saber, virando o rosto para mim.

— Por enquanto, nada – respondi, sem desviar o olhar da casa. – Provavelmente eles vão sair para comer, mas eu posso monitorar a localização deles de casa. Eu apenas queria ver qual era a casa dele.

— Então, a gente pode se divertir um pouco por aqui? – Ele perguntou e eu virei o rosto para ele.

Michael estava com o sorriso típico de quem queria foder. Depois de tantos anos convivendo com ele, eu já conhecia ele bem até demais.

— Sério mesmo que você está pensando em foder? – questionei e ele desfez o sorriso.

— Às vezes eu fico mesmo em dúvida se você sabe que eu sou ninfomaníaco e o que é ser ninfomaníaco. – Ele respondeu e eu estalei a língua, olhando novamente para frente. – Deixa eu explicar de uma maneira mais definitiva: por mim, eu faria sexo nas vinte e quatro horas do dia, até mesmo dormindo! Sexo para mim, é mais necessário do que me alimentar, dormir e até mesmo beber água! Ficou claro agora?

— Vai se tratar, Michael. Aproveita que estamos na Flórida e, no caminho de volta para Miami, eu te deixo na clínica.

— Só se você ficar lá comigo e tratar a sua obsessão, Phillipeta – retrucou e eu mostrei o dedo do meio para ele. – Vamos ou não?

— Não tem nenhum bordel ou clube de stripper por aqui.

— Não preciso disso, apenas me leve para um bar e eu faço a minha mágica – disse ele, com um sorriso convencido no rosto.

— Tudo bem. – Eu cedi. Eu devia muito a ele por me ajudar tanto nessa minha loucura. – Vamos para um bar.

Dei a partida no carro e saímos.

Fomos para um bar e nos sentamos nos banquinhos no balcão. Pedimos duas cervejas e ficamos conversando, enquanto Michael procurava a sua presa.

Em trinta minutos, ele tinha três alvos em potencial. Uma delas estava no balcão com uma amiga, que ele imaginou um sexo a três. As outras duas estavam em mesas separadas. Uma estava com mais três mulheres e elas pareciam estar em uma viagem de aventuras.

— E então? Já se decidiu? – Eu quis saber.

— Hm... Não.

— Qual é a dúvida? Você não se importa com aparências ou coisa alguma, apenas quer meter o seu pau numa boceta – falei e o bartender me olhou. – Perdeu alguma coisa? – perguntei para ele que se virou e saiu.

— Você é um poço de simpatia! – Michael zombou.

— Ele que é enxerido! Fica ouvindo as conversas dos outros – falei, virando o gargalo da garrafa na boca. Michael riu, fazendo o mesmo. – Mas então?

— Você tem razão. E como bem sabe, esse não é mesmo o problema.

— E qual é?

— Bom... quando você está a procura por uma foda no bar, você tem que saber quem está a fim da mesma coisa que você. Ainda mais ainda sendo de tarde. Geralmente se consegue uma foda mais rápida à noite. Sendo assim, as chances de conseguir uma foda no bar à tarde, precisa acontecer especificamente com um tipo de mulher.

Obsessão: Los Angeles - Vol. 2Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang