Capítulo 31

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Estevam

Faziam cerca de 2 semanas que Laura não me atendia. Ela me transferiu o dinheiro das sessões de fisioterapia, mas me bloqueou no WhatsApp.

Eu realmente não entendi, pois achei que ela tinha aproveitado aquela noite tanto quanto eu. Confesso que ainda estou surpreso pelo que aconteceu, mas temia que ela tivesse problemas com o marido devido às marcas que deixei nela.

Estava precisando de dinheiro para pagar algumas dividas que meu pai tinha. Minha irmã estava procurando emprego, mas não tinha encontrado nada, então eu tenho que me sustentar e sustenta-los.

Estacionei a moto no terreno onde as corridas costumavam acontecer e desci, sentindo o cheiro de terra. Atrás dos muros de ferro, ouvia barulho e via as luzes das motos.

Tirei o capacete e entrei pela porta camuflada por uma árvore. Estava cheio hoje, muita gente usando droga ou bebendo.

– Quanto tempo! Senti um tapa em minhas costas e olhei para trás. Cadu me olhava com um sorriso de orelha a orelha.

– Eu não viria se não tivesse precisando de dinheiro. O abracei e sorri.

– Eu sei! Te conheço. Deu alguns tapinhas em meu braço e tirou o cigarro de maconha da boca, soprando a fumaça para cima. – O Angelo está ali. Apontou com o olhar.

– Será que ele me deixa competir? Olhei para Angelo e voltei o olhar para Cadu, pegando o cigarro da mão dele e tragando.

– Eu acho que sim. Você é um dos melhores dele. Soltei a fumaça pelo nariz e devolvi o cigarro para ele.

– Mas demorei muito pra vir aqui. Ele deve estar com raiva. Dei uns tapinhas de leve no rosto de Cadu e me virei.

– Eu tenho pó. Você quer? Cadu falou e eu olhei para ele, negando.

– Você tem que parar de usar essas merdas. Fui até Angelo que me olhou e cruzou os braços.

– Ora, ora! Sorriu. – Está precisando de dinheiro né? Me abraçou pelos ombros e caminhou comigo.

– Sim. Eu estou sem tempo de vir. O olhei. – Posso correr hoje? Olhei para as motos no terreno disputando o primeiro lugar em meio aos obstáculos.

– Pode. A corrida está valendo três mil, mas te darei apenas um terço disso, por ter demorado tanto para aparecer.

– Pelo menos metade Angelo... Cruzei os braços e olhei para ele.

– Não, um mil ou nada feito. Me olhou sério e suspirei.

– Ok. Cadê a moto e a roupa? Ele apontou para um canto. Olhei e fui até lá.

– Ora, ora... Jessica cruzou os braços abaixo dos seios.

– Tudo bem? Me abaixei e dei uma olhada na moto.

– Sim. Onde você se meteu? Ficou entre mim e a moto e se sentou, passando sua perna na minha.

– Muito trabalho. Me levantei olhando para ela e pegando o macacão.

– Tanto assim que não tem tempo nem para olhar minhas mensagens? Passou a mão por meu quadril.

– Vou me trocar. Coloquei o capacete na moto. – Diga para Angelo que já vou entrar. Ela assentiu e eu entrei na estrutura que construíram ali para guardar as motos.

Procurei um canto reservado e me despi, ficando apenas de cueca. Peguei o macacão e o cheirei, para me certificar que estava limpo. Senti mãos me abraçarem por trás e passarem por meu abdômen.

Olhei para trás e Jessica estava lá, me olhando com aquele olhar que um dia já me tirou do sério.

– O que você está fazendo aqui? Suspirei.

– Você está diferente. Me empurrou e eu acabei sentando em um banco que tinha ali.

– Eu não tenho tempo para papo furado Jessica. Tentei me levantar, mas ela forçou meu ombro, me mantendo sentado.

– E para foder um pouco? Você tem tempo? Se sentou em meu colo.

– Não, tenho uma corrida agora. Apertei sua coxa, tentando afasta-la de mim. Mesmo eu não querendo, meu amigo de baixo começou a dar sinal de vida, até porque Jessica era uma bela de uma gostosa.

– A corrida só começa daqui 10 minutos. Rebolou devagar.

– Você sabe que 10 minutos não são o suficiente pra mim. Peguei em suas pernas e segurei com força, me levantando com ela. Me virei e a sentei no banco.

– Eu sei que você quer. Passou a mão sobre minha cueca. Suspirei e coloquei meu membro quase ereto pra fora me aproximando dela. Com a outra mão peguei em seu cabelo e aproximei seu rosto dele.

Ela sorriu e colocou a língua pra fora, abrindo a boca. Penetrei meu pau em sua boca e fechei os olhos.

Jessica começou a chupar devagar, enquanto passava a mão por meu abdômen. Gemi rouco sentindo sua língua quente em meu pau, que já estava totalmente ereto.

– Estevam! Angelo falou firme e abri os olhos assustado, tirando meu pau da boca de Jessica e o colocando dentro da cueca.

– Porra, me assustou. Olhei torto pra ele.

– Se troca, já vai começar. Deu as costas e eu suspirei.

– Vai lá gato, depois a gente termina. Jessica passou o dedo nos lábios, os limpando e se levantou, saindo do ambiente.

Peguei o macacão e o coloquei, fechando o zíper na lateral do corpo. Coloquei o tênis e saí. Peguei o capacete na moto e encaixei em minha cabeça, afivelando o encaixe abaixo do queixo.

Subi na moto e liguei, acelerando a mesma sem dar partida. Sabia que esse tipo de atividade, além de ilegal era perigosa, mas eu gostava e precisava do dinheiro, então era isso ou nada.

– Fica de olho naquele ali. Angelo apontou para um dos motoqueiros que me encarava. – Você é melhor que ele, mas ele costuma trapacear.

Assenti positivo e dei partida, indo até a arena devagar. Me juntei aos demais e todos aceleraram as motos, gerando uma nuvem de fumaça em nossa frente. Aguardamos a bandeirada e assim que ela passou por nós, demos partida e arrancamos.

Acelerei o máximo que pude e comecei a sentir as pedrinhas batendo em minhas pernas e o barro sujar meu tênis. Em minha frente, apenas o rapaz com quem Angelo pediu para que eu tomasse cuidado.

A moto subia e descia nos barrancos, muitas vezes fazendo com que eu me afastasse do assento e voltasse em seguida. Os gritos ao redor da arena tornava tudo mais competitivo.

Cerrei os olhos e acelerei na decida, ultrapassando o cara. A moto subiu e eu consegui vê-lo no canto do olho. Quando as rodas da moto tocaram o chão, eu vi seu pé esticado e sua moto se aproximando da minha. Ele queria me derrubar.

A chegada estava perto e se ele me derrubasse agora, eu com certeza perderia. Andei em zig zag confundindo ele, que colocou a perna novamente na moto. Agora estávamos lado a lado. Eu precisava desse dinheiro então derrapei em sua frente, o que o fez frear e a minha moto se arrastou até a chegada. Fui arremessado pelo chão, mas cheguei em primeiro lugar.

Senti quando minha pele da perna esquentou e vi Angelo correndo em minha direção.

AmanteWhere stories live. Discover now