Capítulo 56

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Passei a mão entre as pernas e olhei para ela, suspirando.

– Preciso de um banho. Me levantei e Gustavo ficou me observando.

Fui para o banheiro e entrei no box, abrindo o chuveiro em seguida. Comecei a me lavar e Gustavo entrou no banheiro, ajeitando seu membro na cueca. Ele lavou suas mãos e o rosto e se olhou no espelho.

– Laura, não precisa se preocupar com o que aconteceu hoje, eu sou estéril. Me olhou enquanto secava as mãos.

– Oi? Parei de me lavar e olhei pra ele. – Estéril?

– Sim! Eu não costumo contar isso para as mulheres com quem eu transo, mas sei que você é uma boa pessoa, então estou te contando. Eu não posso ter filhos.

Respirei fundo tentando assimilar a informação e terminei de me lavar.

– Isso foi uma escolha sua ou aconteceu alguma coisa? Saí do chuveiro e me sequei.

– Foi uma escolha minha. Foi para o quarto.

Me enrolei na toalha e fui atrás dele. Ele se sentou na cama e eu vesti uma camisola.

– Acho que já está na hora de ir. Olhou no relógio em seu pulso.

– Se quiser conversar sobre isso, sou uma ótima ouvinte. Deitei na cama e olhei para ele.

– Desde muito cedo era muito cobiçado. Se deitou ao meu lado. – E isso não é querendo me gabar. Por mais que tivesse um rostinho bonito, era gordinho e as meninas só se aproximavam de mim porque minha família tinha dinheiro.

– Difícil acreditar que você era gordinho. Olhei para ele.

– Eu era... Riu discretamente. – Certa vez, fiquei com uma menina, perdi minha virgindade com ela e, um tempo depois, ela apareceu grávida, dizendo que o filho era meu.

– E ai? Perguntei curiosa.

– E ai que o bebê nasceu e não tinha nada a ver comigo. Meu pai resolveu fazer um teste de DNA e o filho não era meu. Depois disso as pessoas se afastaram de mim.

– Eu sinto muito. Passei a mão por seu peito.

– Não sofro mais com isso. Passou sua mão por cima da minha. – Ai depois disso eu acabei a escola e antes de entrar na faculdade fiz uma mudança radical na rotina. Ia para academia todos os dias, não comia mais besteiras e fiquei assim.

– Muito gostoso por sinal. Ri envergonhada.

– Sim, e as mulheres começaram a se aproximar de mim. Herdeiro de uma fortuna, dono de uma empresa, malhado... Todas as mulheres queriam estar comigo, e eu sempre fui muito ingênuo.

– E de onde veio a ideia de ser estéril? Olhei em seus olhos.

– A mesma coisa que aconteceu quando eu era um patinho feio. As mulheres tentavam aplicar golpes do baú e eu resolvi que nunca seria pai, a menos que adotasse uma criança. Com esse casamento arranjado eu duvido que ela vá querer adotar algum.

– Nós nunca daríamos certo, pois meu maior sonho é gerar um bebê. Olhei para o teto e ele me observou.

– Eu congelei algumas amostras de sêmen, caso mudasse de ideia algum dia. Sorriu.

Fechei os olhos e me imaginei engravidando novamente. Por mais que tenha ficado grávida por pouco tempo, foi uma experiência incrível gerar uma criança.

Meu celular tocou e eu apertei os olhos, bocejei e vi que já estava de manhã. Peguei o mesmo e era meu despertador. Desliguei e olhei para o lado, Gustavo estava lá, dormindo, com o braço por cima de mim.

Ele abriu os olhos devagar e se esticou na cama. Passei as mãos no rosto e senti uma leve dor de cabeça.

– Bom dia Laura. Sussurrou rouco.

– Bom dia Gustavo. Não sabia que dormiria aqui. Me sentei na cama.

– Você dormiu e eu acabei pegando no sono em seguida. Se sentou também. – E você não assinou a rescisão, então se eu tivesse ido embora teria que voltar aqui. Não que isso seja um problema! Me olhou de soslaio e levantou.

Fiz um coque no cabelo e ele voltou com o papel na mão, apoiando-o em meu colo junto a uma caneta.

– Onde eu assino? Peguei a caneta e ele apontou no papel.

– Não vai ler? Ele perguntou enquanto eu assinava.

– Não, eu confio em você. Sorri e entreguei o papel. Ele pegou e voltou para a sala. Me levantei da cama e arrumei os travesseiros.

– Eu gostei de ficar com você. Gustavo disse me abraçando por trás.

– Mas isso não vai acontecer novamente. Endireitei meu corpo e ele desceu a alça da camisola, beijando meu ombro.

– Você não gostou? Passou as mãos por meus seios. Me arrepiei e mordi os lábios.

– Gostei, mas não serei a outra e nem procuro nada sério agora. Seu celular começou a tocar. – Seu celular... deve ser algo importante.

– Não vou atender... Sussurrou e me jogou na cama.

Caí de quatro e o olhei de soslaio, levantando minha camisola. Gustavo se aproximou e senti quando fui penetrada. Gemi baixo e apertei o lençol.

Ele começou a meter forte e rápido, enquanto gemia baixo. Seu celular tocou novamente e ele foi fundo, me arrancando altos gemidos. Gustavo pegou minha camisola e a puxou com força, fazendo meu corpo inclinar para trás.

Meu celular começou a tocar e eu tentei olhar para a tela, mas Gustavo colocou seu corpo mais pra frente, estocando rápido e forte.

– Gustavo, calma... Murmurei, afastando um pouco seu corpo do meu e ele diminuiu os movimentos.

– Desculpa... apertou minha bunda e seu celular voltou a tocar.

– É melhor você atender. Me desencaixei dele e me sentei na cama, olhando séria para ele.

Ele respirou fundo e deu a volta na cama, colocando seu membro dentro da cueca. Pegou seu celular e atendeu.

– Eu espero que seja importante Estefani.

Me olhou sem paciência e eu deduzi que ele estava falando com a irmã de Estevam.

– Ok, e como ele está? Passou a mão no rosto e mudou sua feição. – Ta, pode deixar que eu falo com ela. Tchau!

Deixou seu celular no criado mudo e me olhou sério.

– Aconteceu alguma coisa? Perguntei preocupada.

– Sim! Mas quero que fique calma. Se sentou na cama. – Marcus passou mal na empresa e foi levado para o hospital.

AmanteWhere stories live. Discover now