Capítulo 73

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– Vamos Estefani... Estevam colocou a mão em seu ombro. – Passamos a noite toda aqui, vamos para casa, descansar...

– Eu ainda não acredito no que aconteceu! Ela se levantou e abraçou Estevam, que passou as mãos por seu cabelo.

– Vocês querem que eu os deixe em casa? Estou de carro. Perguntei olhando para os três.

– Não é necessário, o motorista do meu pai está nos esperando lá fora. A menina que estava agarrada em Estevam a alguns minutos atrás, disse.

– Vocês são parentes? Olhei para a menina e para Estevam.

– Na verdade não. A menina passou a mão nos braços e corou. – Somos só amigos.

– Eu agradeço a ajuda de vocês, mas eu estou de moto. Estevam olhou para nós duas. – A Estefani vai comigo para casa. Obrigado por ter vindo Laura! Abraçou a menina e eu arqueei a sobrancelha.

Laura? Sério que ele arrumou uma ficantezinha com o mesmo nome que o meu? Eu não estou criando uma cena de ciúmes na minha cabeça não, né? Pigarreei e Estevam me olhou.

– Obrigado também, Laura! Me abraçou e beijou minha bochecha.

– Fiquem bem! Qualquer coisa me liguem. Sorri ladino e saí andando na frente.

Apressei o passo e fui para o meu carro. Quando entrei, soltei um grande suspiro. Meu Deus, como é difícil estar perto dele e não sentir nada.

Liguei o carro e vi os três saindo do cemitério. A menina se virou para ele e o beijou. Mas não foi um beijo qualquer, foi um beijo de língua bem quente por sinal. E ele retribuiu!!!

Dei partida e fui embora. Não suportava ver aquela cena e não ficar com muita raiva de mim mesma.

Cheguei em casa e minha sogra estava cozinhando. O cheiro estava bom e em todo o ambiente, parecia ser algo que eu gostava, mas estava forte, chegou a dar um embrulho no estômago.

– Oi amor. Você demorou. Marcus estava sentado no sofá e me puxou para um selinho.

– O pai da sua secretária morreu... Falei e ele se endireitou no sofá. – Eu entreguei as coisas para o Gustavo, mas fui ao cemitério depois prestar condolências.

– Não era necessário... Marcus respondeu com desânimo. – Mas foi um gesto bonito. Sorriu ladino.

– Eu sei que não, mas fui mesmo assim... Tirei o casaco. – Que cheiro é esse?

– Minha mãe está fazendo sua comida favorita.

– Lasanha? Arqueei a sobrancelha.

– Sim. Ele sorriu.

– O cheiro está um pouco forte, né? Passei a mão no nariz.

– Para mim está normal... Se levantou e foi até a cozinha.

Fui com ele e minha sogra estava dando uma de mestre cuca. A cozinha é claro, estava uma bagunça.

– Oi querida! Estou fazendo lasanha. Sorriu e me mostrou a travessa de vidro com à montagem.

– O Marcus me... Coloquei a mão na boca ao sentir ânsia e corri para o banheiro. Me abaixei no vaso e comecei a vomitar.

– Amor, está tudo bem? Marcus veio atrás e pegou em meu cabelo.

– Sim. Só esse cheiro... Respirei fundo.

– Você adora o cheiro de lasanha. Me ajudou a levantar e eu limpei a boca, dando descarga em seguida.

– Eu sei, mas ela deve ter colocado alguma coisa que deixou com esse cheiro. Saí do banheiro.

– Você está bem minha filha? Minha sogra veio correndo até mim.

– Sim. Sorri ladino e ela pegou em minhas mãos.

– Você sempre gostou da minha lasanha... por isso resolvi fazer. Me olhou preocupada.

– Eu sinto muito. Eu adoro sua lasanha. Não sei o que aconteceu. Você colocou algo diferente? O cheiro está bem forte.

– Não, eu coloquei o que sempre coloco. Mas já me senti assim... Olhou para Marcus.

– Não entendi... Arqueei a sobrancelha.

– Quando eu estava grávida de Marcus eu também me sentia assim, enjoada... qualquer cheiro me dava ânsia. Voltou a me olhar.

– Ah não... Sorri. – Mas eu estou bem. Não tenho sentido isso. Foi apenas hoje.

– Uma hora os sintomas tem que começar né minha filha. Passou a mão em meu rosto. – Enfim, isso não é assunto meu. Vou voltar para a cozinha. Quer que eu prepare outra coisa?

– Não. Não se incomode. Eu como isso mesmo. Obrigada pela preocupação. Apertei sua mão e fui para o quarto.

– Qual a probabilidade? Marcus veio atrás de mim.

– Eu não estou grávida Marcus. Suspirei.

– Eu não tenho certeza. Passamos uma semana toda transando sem camisinha. Em todas eu gozei dentro. A menos que você esteja tomando anticoncepcional, a probabilidade de gravidez é bem alta.

– Não estou tomando anticoncepcional, mas não estava em meu período fértil, então a probabilidade é pequena. O encarei. – E está muito cedo para ter sintomas.

– Mas não é nula. Se aproximou. – Você com um bebê meu. Sorriu e me abraçou.

– Eu não quero engravidar agora Marcus.

– Tinha que ter falado, para que eu me protegesse. Passou as mãos por minha cintura e beijou meu pescoço.

– Eu sei... fui tola. Suspirei e me afastei.

– Vou na farmácia aqui em baixo comprar um teste, para tirarmos a dúvida. Pegou sua carteira e saiu do quarto.

Me sentei na cama e mexi os dedos de forma nervosa. Eu não queria engravidar naquele momento, mas inconscientemente talvez sim, caso contrário não teria permitido que Marcus gozasse dentro, como ele mesmo disse.

Suspirei e após uns cinco minutos, Marcus voltou para casa. Ele entrou no quarto e me entregou a caixa do teste. Era um teste digital.

– Eu comprei um de fitinha também. Caso esteja grávida, vamos saber a quantidade de semanas, mesmo que nem seja necessário, imagino eu.

– Como assim? Peguei o teste e arqueei a sobrancelha.

– Partindo do pressuposto que transamos a duas semanas, você estará com menos de um mês.

Fui para o banheiro e fiz o teste, conforme o que pedia na embalagem. Fiz os dois, para ter certeza do resultado.

– Pronto! Estão no banheiro. Falei para Marcus e fui para a sala.

Me sentei no sofá e encostei a cabeça, olhando para o teto. Soltei um longo suspiro e fechei os olhos. Assim fiquei por alguns minutos.

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