Capítulo 44

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– Amor? Quem era? Marcus disse se espreguiçando na cama. – Não está muito cedo?

– Era a Bruna. Voltei para cama e me cobri. – Está bem cedo. Vou dormir mais um pouco.

– O que ela queria? Me olhou.

– Queria saber se estava tudo bem e dizer que estava com inveja. Ri e Marcus me puxou para cima dele.

– Ela reclama de boca cheia. Aquele anel que ela ganhou foi a coisa mais cara que o Diego poderia dar para ela. Colocou meu cabelo atrás da orelha.

– Ela sempre quis tudo, você sabe disso. O olhei nos olhos. – Até você. Falei baixo.

– Oi? Pigarreou. – Como assim?

– Ela comentou uma vez o que aconteceu com vocês numa festa que estávamos todos nós. Quando a gente ainda ficava.

– Mas eu achei que era você. Apertou minha cintura.

– E ela achou que era Diego, e está tudo bem. Ri. – Eu estava brincando. Encostei minha testa na dele.

– Não se brinca com essas coisas Laura. Beijou meu pescoço.

– Você não vai querer dormir agora, né? Encolhi o pescoço sentindo um breve arrepio e ele negou com a cabeça.

Ri e me sentei em seu colo.

– Por que não vamos pra neve? Parece que o dia será lindo. Apoiei as mãos nas pernas.

– Podemos ir, mas antes temos que resolver outro problema. Segurou em minha cintura e eu senti seu volume.

– Engraçado que seu desejo por mim voltou rapidinho. O olhei de soslaio e ele se sentou na cama, ainda comigo em seu colo.

– Agora estou mais dedicado a você! Pegou em minha nuca e beijou meu pescoço. – Eu não estava prestando atenção na mulher que eu tinha em casa. Me desculpa Laura.

– Tudo bem, mas o que mudou? Passei as mãos por seus ombros.

– O filho que você carrega. Me olhou nos olhos e suspirou. – Eu te amo incondicionalmente Laura.

– Marcus, seu nariz... O olhei preocupada quando seu nariz começou a sangrar.

– O que tem? Ele passou o dedo no nariz e olhou para sua mão.

– Você está se sentindo bem? Saí de cima dele e ele se levantou, indo para o banheiro.

– Sim, deve ser o frio. O ouvi assoar o nariz. – Vamos passear? Voltou para o quarto e me olhou sorrindo.

Estevam

Depois do segundo fora que levei da Laura, tinha quase certeza que não voltaria a vê-la.

Resolvi olhar seu Instagram e vi fotos sobre uma viagem que ela resolveu fazer com o Marido. Parecia estar feliz. Talvez tenha sido só sexo mesmo.

Com isso também fiquei desanimado para atender e, colocando na ponta do lápis, compensava mais correr com Angelo, do que atender pela fisioterapia.

– Você vai vir amanhã? Angelo me deu o dinheiro da corrida.

– Sim. Tentarei vir todos os dias. Guardei o dinheiro e peguei o capacete.

– Avisa com antecedência se não vier. Boa noite!

– Estevam! Jessica gritou de longe. – Me da uma carona?

– Eu não tenho outro capacete. Esperei que ela se aproximasse.

– Eu tenho, só preciso de uma carona. Sorriu.

– Te espero lá fora. Fui até a saída enquanto ela foi pegar o capacete.

Coloquei meu capacete e subi na moto. Alguns instantes depois, Jessica apareceu com o capacete na cabeça e sorriu, subindo atrás.

– Não quer me levar pra sua casa? Passou os braços por minha cintura.

– Não. Ri. – Vou te levar pra sua casa. Liguei a moto e dei partida.

Ela não morava longe da Arena, então em poucos minutos chegamos. Namoramos por um tempo, então tinha uma consideração muito grande por Jessica. Por mais que não tivesse dado certo, ela se tornou uma grande amiga.

– Não quer entrar? Ela desceu da moto e tirou o capacete me olhando.

– Não. Já está tarde! Preciso ir embora pra descansar.

– Meus pais estão acordados. Ela olhou pra dentro, observando algumas luzes acesas. – Entra só pra dar um oi pra eles. Sempre perguntam de você.

– Ta, mas rápido! Desliguei a moto e desci, tirando o capacete.

Entramos em sua casa e seus pais estavam na sala, assistindo TV. Eles me olharam surpresos e depois olharam pra Jessica, que foi para seu quarto.

– Estevam! Que visita boa. A mãe dela se levantou e veio ao meu encontro, me dando um abraço.

– Faz tempo que você não vem aqui menino! O pai dela se levantou e se aproximou também, apertando minha mão.

– Pois é! Muita coisa, me formei recentemente, então tenho me dedicado bastante a isso.

– A Jessica podia ter um pouco de juízo, assim como você. A mãe dela disse dando uns tapinhas em meu rosto.

– Ela só tem 20 anos. Logo arruma algo. Sorri colocando as mãos no bolso. – Bom, eu já vou. Só vim dar um oi.

– Vocês não voltaram? O pai dela perguntou e eu neguei com a cabeça.

– Estevam, vem aqui! Jessica gritou do quarto.

Pedi licença para os dois e fui até seu quarto. Aparentemente, não tinha ninguém, porém quando entrei, a porta se fechou atras de mim. Quando olhei, Jessica estava apenas de lingerie.

– Fica comigo hoje. Me abraçou e beijou meu pescoço.

– Jessica, não temos mais nada. Ri e me afastei, segurando sua cintura.

– Não precisamos ter nada. Tirou o capacete de meu braço e o colocou em algum canto, me jogando na cama.

– Mas eu não quero te iludir! Tentei levantar, porém ela sentou em meu colo.

– Você não está me iludindo. Tirou minha camiseta e passou a não por minha nuca, me beijando em seguida.

Retribuí o beijo e passei as mãos por sua cintura, enquanto ela rebolava devagar em meu colo. Ela passou sua língua na minha e apertou seu corpo no meu.

– Jessica... Falei entre o beijo. – Hoje não. Suspirei e ela me olhou estática.

– O que deu em você? Falou brava com os braços cruzados.

– Seus pais estão ali na sala... Peguei firme em seu quadril e a sentei na cama, me levantando.

– Você não se importava com isso quando a gente namorava. Eu te conheço! Me fala o que foi. Ela se levantou e me abraçou por trás.

– Eu estou apaixonado por uma mulher Je. Suspirei. – Mas ela é casada. A olhei angustiado.

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