Capítulo 74

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– Serei pai. Marcus sussurrou em meu ouvido, me dando um pequeno susto. Abri os olhos e o encarei. – Os dois deram positivo. Me mostrou os testes. O digital apontava para 1-2 semanas.

– Deixe-me ver. Peguei os testes e olhei atenta para ambos.

– Mãe, Pai!!! Marcus gritou e eu peguei forte em seu braço.

– Já vamos contar? Não é melhor esperar? Ir no médico e ver se está tudo certo, se eu realmente estou grávida?

– Não amor. Você está grávida. Dois testes deram positivo. Sorriu radiante. – Venham aqui!!!

Os pais de Marcus vieram até a sala e nos olharam atentamente.

– O que foi Marcus? Seu pai questionou.

– A Laura está grávida. Serei pai! Sorriu e foi até seu pai, que o abraçou forte.

– Que coisa boa minha filha! Minha sogra veio até mim e eu me levantei com um sorriso forçado. Ela me abraçou e eu retribuí. – Fico feliz que tenha ouvido meu conselho. Sussurrou em meu ouvido.

– Parabéns Laura! Meu sogro me abraçou.

– Obrigada. Retribuí.

– Vamos almoçar? Minha sogra perguntou animada. – Você deveria chamar seu pai para vir aqui a tarde e contar o que descobriu Laura. Minha sogra sugeriu.

– Talvez eu o chame. Sorri ladino e passei a mão no braço.

Ela se retirou da sala e Marcus me abraçou por trás, chegando perto de meu pescoço.

– Sei que não está tão feliz quanto queria, mas tente ao menos parecer animada com a gravidez. Sussurrou em meu ouvido e apertou minha cintura.

– Você sempre será controlador assim? Olhei para ele por cima do ombro e ele apertou seu corpo no meu.

– Você me conheceu assim querida. Desculpe se hoje isso não te agrada mais. Roçou sua intimidade em minha bunda e se afastou, indo para cozinha ajudar sua mãe.

Almoçamos e a tarde fomos a casa de meu pai, fazer uma visita e contar sobre a gravidez. Acabamos ficando por lá para a janta.

– Vamos pescar amanhã? Fiquem aqui. Meu pai sugeriu aos pais de Marcus.

– Mas não trouxemos roupas... A mãe de Marcus disse.

– Eu quero ficar. Aposto que você tem uma roupa para me emprestar. O pai de Marcus abraçou o meu e ele assentiu.

Minha sogra decidiu voltar conosco e amanhã meu pai levaria meu sogro para casa.

– Obrigada pela visita minha filha. Meu pai me abraçou enquanto se despedia.

– Amanhã nos vemos. Sorri e entrei no carro.

Marcus deu partida e fomos embora. O trajeto era um tanto longo e eu estava bem cansada por hoje. Marcus colocou a mão em minha perna e a apertou.

– Amanhã vamos sair que horas? Continuou dirigindo.

– Não sei. Até que você está animado para a quimio amanhã. Olhei para ele.

– Agora com um filho, eu quero estar bem para cuidar dele e vê-lo crescer.

– Bem, temos que levantar cedo. Peguei meu celular e o coloquei para despertar.

Quando chegamos em casa, fui direto para o banheiro tomar um banho. Estava um pouco enjoada e talvez o banho melhorasse essa condição.

Saí e Marcus entrou em seguida. Coloquei uma camisola e procurei um remédio para enjoo em minha bolsa de remédios, mas não encontrei. Fui até o quarto de hóspedes em que minha sogra dormia e bati na porta.

– Oi querida. Precisa de algo? Ela questionou me dando passagem.

– Você têm remédio para enjoo? Sorri ladino e ela foi até sua bolsa.

– Tenho sim. Procurou. – Tome. Me entregou uma cartela. – Eu já vou me deitar, precisa de algo mais?

– Não, apenas isso. Boa noite! Me retirei e fui para a cozinha.

Andei pela sala e olhei para fora na janela. A noite estava linda. Passei a mão na barriga e sorri. Eu estou feliz com esse bebê sim, só não com a situação em que ele virá.

Fui para a cozinha no escuro e peguei um copo no armário. Me virei para a pia o enchi com água do filtro. Tomei o remédio e coloquei o copo dentro da pia, apoiando as mãos na mesma em seguida.

– Você está aí! Marcus sussurrou e me abraçou por trás.

– Sim, vim tomar um remédio para enjoo.

– Se sente melhor? Perguntou perto de meu ouvido e pressionou seu corpo no meu.

– Sim, vamos dormir... Tentei me desvencilhar, mas ele me puxou, me forçando contra a pia.

– Faz tempo que não transamos em lugares que não sejam nosso quarto. Subiu minha camisola e apertou minha bunda.

– Sua mãe está ai Marcus! Vamos para o quarto. Tentei tirar sua mão de minha bunda e ele a pegou com força.

– Ela já está dormindo. Beijou meu pescoço e desceu minha calcinha até o meio das coxas.

– Marcus, eu não quero fazer nada aqui. Sussurrei brava e subi minha calcinha.

– Quando você fica manhosa assim, eu fico mais duro sabia? Cheirou meu cabelo e me apertou em seu corpo.

– Marcus, me solta! Empurrei ele com meu corpo e ele deu alguns passos para trás. – Faz isso novamente e você nunca mais vai me ver na sua vida! Falei brava e ele pegou em meu braço.

– Eu vou até o inferno pra te encontrar. Me encarou e me soltou.

Pisei fundo até o quarto e fui para o canto da cama, me cobrindo até a cabeça. Ouvi quando ele entrou no quarto também e fechou a porta.

– Desculpa Laura! É horrível isso. Você ter vontade de fazer as coisas e não conseguir, porque não está disposto o suficiente. Dessas duas semanas depois da primeira dose de quimio, hoje foi o único dia em que me senti bem e amanhã já ficarei ruim novamente.

– Você sempre tem uma desculpa, Marcus. Para com isso! Eu não sou mais aquela menina que você conheceu e que sedia a todos os seus desejos. Eu fui muito burra deixando que você fizesse o que queria comigo e agora estou vendo as consequências disso.

– Desculpa... ele me abraçou por trás e suspirou em meu ombro. – Vou me policiar.

– Marcus, você sempre fala isso. Mas você tem uns ataques e muitas vezes me obriga a fazer suas vontades. Olhei para ele por cima do ombro.

– Eu sei, eu sou o errado. Passou a mão em minha barriga. – As vezes eu fico pensando sobre as coisas que você fez na cama com outros homens e isso me deixa enfurecido.

– Mas eu estou aqui com você! Falei sem paciência.

– Eu sei amor. Me desculpa de verdade! Me apertou em seu corpo. – Eu te amo.

– Eu também te amo Marcus. Agora me deixa dormir. Suspirei e fechei os olhos.

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