Capítulo 41

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Narrado por Carlota:

Após as confissões ditas e feitas por Megan era impossível continuar em sua casa como se nada tivesse acontecendo. Estava com muita vergonha, se não fosse por ela teria me envolvido sexualmente com ela. Tudo estava fora do lugar, não sabia por onde começar a ajeitar, parecia que cada problema estava sucumbindo a pouca sanidade mental que ainda tinha.

_ Pelo menos não tem como piorar. - Pensei inocentemente.

Andei até o apartamento da Sarah pois precisava do meu transporte para ajeitar alguns assunto pendentes. Foi extrmenate estranho entar no estacionamento e não subir para vê-la. Senti um sentimento que deveria baixar a guarda e não estragar o que temos, mas o orgulho e o rancor ainda possuía cada célula presente no meu corpo.

_ A senhorita aqui tão cedo. - O porteiro se assustou ao me ver entrar.

_ Vim apenas pegar a minha bicicleta. - Falei soltando um sorriso.

Esse porteiro deve achar que sou uma viciada em droga, sempre aparecendo nos momentos mais inoportunos. Apenas pego a bicicleta e pedalo até a praça mais próxima.

Minha mente não parava de pensar em várias informações juntas e misturadas. Estava tão cansada de pensar que minha vontade era descolar a cabeça do meu corpo. Aproveito aquele silêncio para ler um dos livros que sempre me acalmava e me levava a uma direção.

_ É sério que vai começar a morar na rua. É sério isso Carlota. - Sarah gritava dentro do carro.

Eu apenas mostrei o dedo do meio e continuei deitada no banco da praça lendo meu livro. Ao notar que a Sarah estava indo para o serviços já me arruma para não perder mais um dia de trabalho. Estava com sentimento ruim, já esperava pelo pior.

No café da Margarita só havia chegado eu, fiquei esperando sentada na frente do estabelecimento já que não tinha a chave. O dia estava nublado e sem dúvidas em poucas horas iria cair um chuva bem forte e violenta.

_ Já chegou querida. - Margarita sai do carro com algumas caixas de farinha.

_ Olá Margarita. Sim, já cheguei. - Falei soltando um sorriso tentando parecer normal.

_ Pegue essas caixas que estão dentro do carro e leve para a dispensa. Após isso vá para minha sala. - Falou abrindo a porta.

_ Margarita eu sei que foi um erro ter misturado serviço com relacionamento. Eu peço desculpas por toda essa situação. Prometo não fazer nada que prejudique os meus deveres no café. Só peço que me deixe ficar, as coisas estão mais difíceis que o normal para mim.

_ Bom Carlota eu particularmente não tenho nada haver com a sua vida. O que faz ou deixa de fazer não condiz a mim julgar. Ivan é um menino crescido e sabe o que faz, não quero parecer arrogante mas prefiro não me envolver. Entende ? - Perguntou.

_ Achei que iria me demitir por conta de todo mal entendido. Estou aborrecida por não ter dado certo com o seu filho Margarita. E por ter extremo respeito e carinho pela senhora estou te falando tudo isso.

_ Fico lisonjeada com a sua sinceridade. O motivo de eu ter te chamado aqui é que preciso da sua ajuda.

_ Compartilhe suas ideias comigo Margarita. - Digo sorrindo em saber que ainda tenho uma fonte de renda.

_ Sebatian fez uma encomenda para seu aniversário e pediu exclusivamente pelo café. Quero que vá levar as rosquinhas e ficar a disposição do salão. Você faz isso por mim ?

_ Sem dúvidas Margarita. - Falei sorrindo.

Sebatian era o ex marido da Megan, estava ansiosa para conhecê-lo  pessoalmente. Além disso estava feliz por saber que o café estava cada vez mais famoso.

_ Se é só isso estou indo me ajeitar. - Falei me despedindo e indo para sala aonde fica os armários dos colaboradores.

Me assunto ao ver Ivan entrando no café com um semblante bem  sério e triste. Nem parecia o mesmo homem que havia conhecido a meses atrás. Tudo passava como um filme na minha cabeça, desde a primeira vez que fiquei admirada com tal beleza.

_ Carlota.

_ Ivan. - Falei vendo ele passar de forma madura, sem nenhum tipo de sentimento.

Coloquei meu uniforme e fui ajudar as meninas da cozinha a preparar os primeiros pães do dia. O cheiro de café e bolo de cenoura me causava barulhos estranhos na barriga de tanta fome. Fazia um bom tempo que não colocava nada na boca, estava até sentindo meu corpo tremer e a visão me falhar. Como não gostava de mostrar indisposição continuei a trabalhar até tarde da noite.

Foi difícil sair do café e não ter rumo algum. Deixei a bicicleta no trablho pois não gostaria de ser roubada novamente. Decidi andar até um barzinho aonde poderia dançar e beber até o dia seguinte. Mesmo sendo uma ideia tola era única ideia que me passava a cabeça.

_ Oi gatinha. - Um homem alto e barbudo sentou -se ao meu lado.

_ Olá. - Falei demonstrando um certo desinteresse.

_ Posso beber com você? - Ele perguntou passando as mãos na barba.

_ Claro. - Falei soltando um sorriso.

O tal do homem era gente boa, pagou minhas bebidas e ainda por sinal ficamos conversando até altas horas da madrugada. Fazia tempo que não jogava conversa fora com um desconhecido. Sentia. Como se tivesse ética novamente e com ele esquecia os meus problemas. Mesmo não sendo o que exatamente procuro em um homem ele sabia me tirar diversos sorrisos com o seus senso de humor.

_ Carlota, você quer ir para minha casa ? Que tal? - Perguntou bebendo um gole da bebida que estava em sua mãos esquerda.

_ Eu topo. Assim podemos se conhcer melhor. - Falei já muito bêbada.

Eu sempre exagerava na dose de bebida, amava beber até esquecer de tudo, tinha muito facilidade em ficar bêbada ao ponto de acordar em uma praia. Me sentia liberta quando esquecia de toda minha realidade, com todos os problemas que me rodiava até um cigarro eu fumava para acalmar os músculos que sofriam por ter nascido na pele de uma demiolada como eu.

_ Que porra é essa? - Acordei ao lado de um homem que realmente era um completo desconhecido.

O Amor não é obvio Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora