Capítulo 18

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Narrado por Megan:

A melhor coisa era saber que não precisaria enfrentar a fila enorme para entra nessa tal balada. Como éramos vips apenas passamos direitos com as nossas pulseirinhas de cor roxa.

_Amiga essa balada está nota dez, olha o quanto de gente bonita. - Gritava Cristal.

As meninas começaram a dançar e rapidamente cada um começou a ir para um canto, eu como não conhecia ninguém  apenas fui para o bar pedir uma cachaça para esquentar o corpo.

_O que vai querer ?

_ Uma cachaça da mais forte. - Falei olhando para o lindo barman que estava na minha frente. Ele usava apenas uma calça social enquanto seus músculos ficava todo exposto.

Quando comecei a beber observei uma menina de capuz dentro de uma balada. Achei estranho então sentei mais perto. A menina era a tal Carlota do café da Margarita, eu me espantei quando vi que era ela.

Quando o destino quer ele faz qualquer coisa mesmo. Não estava acreditando que ela estava do meu lado. Tomei coragem para conversar com a mesma o destino não me daria uma segunda chance.

_ Oi - Falei reciosa.

_Oi. - Ela me respondeu sem nem ao menos olhar para minha cara.

_ Tudo bem?

_Olha eu não estou afim de paqueras só vim porque meus amigos são chatos para um caralho e eu só estou aqui para beber. Vim justamente com essa roupa para ninguém notar que estou aqui.

Meu coração doeu com a brutalidade da menina. Eu tinha certeza que iria fracassar com ela hoje. A mesma estava com todas as pedras nas mão prontas para tacar no primeiro que vir atazanar sua paz.

_Tudo bem. - Falei continuando a ficar em seu lado e bebendo minha bebida.

Quando a menina teve a humildade de olhar para o lado e ver que  supostamente eu não era o homem que ela achou que estava falando, ela  se assustou. Provavelmente ela estava confusa por conta de toda  bebida que estava ingerindo e o som estava bem alto.

_Desculpa, opa pera aí você é aquela Megan.

_Sim, a de ontem do café.

_ Você acha que sou louca né?

_Não, eu tenho certeza que Patrick foi um filha da puta com você.

_Que bom que você sabe da índole das pessoas que  você chama de amigo.

_ É- Falei sem querer explicar que eles não era meus amigos.

_ A gente pode começar de novo você não acha? - Eu falei dando um tiro no escuro.

_Sim. Prazer eu me chamo Carlota.

_Prazer Carlota eu me chamo Megan. Está assim por qual motivo ?

_ Eu não sou rica igual você. O meu serviço é importante para mim. Eu sei que pessoas como você nem lembram das pessoas que estão embaixo mas nós também temos contas para pagar e necessidades. Eu não tive um papai rico que me deu tudo como você.

_ Olha ela fez o dever de casa e sabe quem sou eu.- Falei saindo.

Eu não tinha ido para aquela balada para ouvir o que todos acham que eu sou. Eu vim como Megan apenas Megan, e não como filha do juiz ou como advogada e nem como dona da empresa, só Megan essa noite.

Voltei a sentar aonde eu estava sentada antes de ver a Carlota. Alguns homens começaram a me paquerar mas a única coisa que conseguia fazer é ficar de olhos fixados na tal menina.

A balada ja estava mais vazia, era por volta de 4:00h da manhã. A menina continuava no mesmo lugar, sozinha e bebendo aquelas bebidas que ela misturava tudo. Eu fiquei um pouco decepcionada, achei que após sair de perto dela, ela iria correr atras de mim, para pelo menos me pedir desculpas. Eu não estou acostumada com as pessoas falando o que querem na minha cara, normalmente as pessoas pensa duas vezes o que vai falar para mim.

O bar estava fechando e a garota continuava no mesmo lugar, esperei algum amigo dela chegar para buscá-la e levá-la para casa. Mas ninguém foi ajudar a menina. Eu então levantei e levei a mesma para o meu carro. Ela estava cem por cento bêbada. Sem racionalidade nenhuma. Eu estava refletindo como uma pessoa pode beber a esse ponto. Qualquer  pessoa poderia fazer mal a ela na situação que ela se encontrava.

Eu não tinha noção nenhuma para onde levar a mesma. Não queria levar ela para minha casa pois eu nem  conhecia ela. Mas por falta de opção tive que fazer isso. Era essa opção ou deixar ela na rua, obviamente que eu não ia deixar a moça em qualquer lugar, então levei a mesma para minha casa. Carlota estava tão ruim que tive que me esforçar para leva-lá nos meus braços.

Chegando no meu apartamento levo ela para o quarto de visita e ajeito ela na cama para dormir confortavelmente, tiro seus sapatos e jogo algumas cobertas para não passar frio a noite. Saio do quarto aonde ela estava e vou para sacada beber um chá gelado para fazer a desintoxicação das bebidas que havia ingerido e encarar a noite que por sinal estava muito bonita.

********

Acordo por volta das 6:00h da manhã, em pleno domingo. Estava sentindo um friozinho na barriga já que odiava dormir com muitas cobertas pois me sentia sufocada. Levanto faço toda minha rotina com a pele e vou para a academia do condomínio fazer meus exércitos matinais.

Chego em casa por volta das 8h:30min. Não tinha nada diferente então provavelmente Carlota ainda estava dormindo. Vou para cozinha e retiro da geladeira as frutas cortadas e algumas coisas para preparar o café da manhã. Quando estou fazendo meu leite de amêndoas já que não tomo leite de vaca vejo Carlota saindo do quarto através do reflexo que o micro-ondas me dava. Ela para perto da parede, move sua cabeça encostando para jogar seu peso para a parede e fica me observando. Provavelmente estava com muita dor de cabeça por conta da bebedeira.

_Fiz café preto bem forte para você. - Falei vendo ela se assustar com a minha voz já que estava de costa.

_C...Como eu vim parar logo com você? - Falou séria. 

_ Pergunta para os seus amigos, que te deixaram lá sem ninguém. "Logo comigo". Qual é seu problema? - Falei já brava.

A menina respirava fundo, via no seu olhar o quanto provavelmente estava desconfortável por estar na minha casa.

_ Agradeço por ter me ajudado. Mas já tô indo. - Falou indo em direção a porta.

_ Você tem medo de mim. - Eu falei fazendo um gesto de não com a cabeça e soltando um sorriso de indignação.

_ Eu? Medo de você? Aonde você tirou isso ?

_ Bom é isso que seu rosto está passando. Vem sente-se aqui, eu não sou um monstro como você acredita que sou. Eu juro que não coloquei veneno em nada.

_ Fico mais calma em saber isso. Acho que se quisesse teria feito já né? - Falou se sentando na mesa que eu havia preparado.

_ É- Falei rindo em ver que a mesma estava morrendo de fome.

O Amor não é obvio Where stories live. Discover now