Capítulo 15

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Narrado por Carlota:

Após um mês ________________________

Mais o tempo passava mais familiarizada eu estava com a minha nova rotina. Trabalhava das 7:00h à 15:00h da tarde. Era bem mais cansativo que meu antigo emprego, o café da Margarita estava sempre cheio, com isso se tornava  bem mais atarefado que meu antigo emprego.

_Por que o café está assim ???

_ Que bom que chegou cedo querida. Hoje é aniversário da Megan. Dona dessa empresa da frente!!!! Alguns amigos dela alugaram o café apenas para essa ocasião.

_ Alugaram tudo? Só vai ter eles ? - Falei impressionada.

_ Sim, todos os aniversários dela eles comemoram aqui .- Falou sorrindo.

_Que bom, deve render uma boa grana para o estabelecimento. - Falei indo vestir meu uniforme.

O dia estava totalmente diferente do habitual, todos corriam de um lado para outro como se esse fosse o evento mais importante da empresa.

_Por que tudo isso Emma ? - Falei vendo todos agindo com muita euforia.

_ A gente está falando de uma mulher bem mal amada amiga. Ela sempre trata alguém mal ou faz algo estúpido. Ela é aquelas mulheres que não têm nenhum um problema e usa disso para infernizar a vida dos outros. - Falou rápido e se embolado toda.

A Emma ainda estava contextualizado  tudo aquilo que ela estava falando, quando derrepente a porta do café é aberta. Os amigos da tal Megan havia chegado. Eles eram pessoas grandiosas só de olhar você já sentia a diferença de classe social e os olhares de pena rondando pelo ambiente. Naquele momento entendi a euforia dos meus colegas de trabalho.

Sentados a mesa via pessoas rudes, aquilo nem pareceia uma comemoração de aniversário, parecia um funeral. Todos usando preto e com roupas extremamente elegantes. Tinha em volta de cinco pessoas no café, eles estavam esperando a Megan chegar para começar a tal comparação.

_ Olá gente!! - Falou Megan chegando com um grande sorriso no rosto.

_ Happy Birthday To You [...] - Todos cantavam.

Ela era uma mulher muito bonita, alta com cabelos loiros até os ombros, ela usava uma calça preta um coturno e um sobretudo extrmenate elegante. Tinha um olhar sério, possuía um sorriso muito bonito e unhas pintadas de preto. Tudo nela era harmônico, tudo fazia total sentido, cada detalhe era tão dela.

_Puta merda, como algumas pessoas têm tanta sorte e outras não? - Falei rindo com a Emma.

_ Sim amiga, ela é arrogante de tão bonita.

_ Sortudo o homem que tiver ela nos braços. - Falou Sah

_Eu viraria lésbica por ela. - Falou Emma. _Na verdade não sei, ela é perfeita mas ao mesmo tempo é muito fria.

_ Ela é bonita sim, mas não tudo isso. - Falei indo levar um chá para mesma.

Todos ficavam observando quando uma das meninas servia a única mesa presente no café. Eu caminhava lentamente até a mesa para não cometer nenhuma burrada. Sem dúvidas essas pessoas gastariam muito no café e qualquer erro cometido com elas eu poderia comprometer o meu emprego. Porém iria trata-las como trato qualquer  outro cliente do café. Para mim essa gente são apenas gente como a gente.

_Bom dia!! Alguém gostaria de chá? - Falei chamando atenção de todos.

_ Nossa, até que para uma garçonete você é bonitinha.  - Falou um homem engravatado que estava junto a todos na mesa.

Até que para uma garçonete você é bonitinha. Eu queria mandar esse senhor educadamente para puta que pariu esse acumulo de células que é apenas um peso a mais para o planeta terra. Eu não iria agradecer seu comentário desnecessário.

_ Alguém vai querer chá? - Repito ignorando totalmente o comentário feito pelo acúmulo de células.

_Olha ela sabe lidar bem com uma situação. - Falou uma moça que estava com eles.

_Pode fazer o que você está sendo paga para fazer, vem me servir. - Falou o mesmo homem que fez o comentário.

Educadamente e ainda com sorriso no rosto fui para perto do mesmo e enchi sua xícara com o chá que eu estava oferecendo. Ele então aproveitou por estar tão perto dele e passou calmamente as mãos na minhas coxas e foi subindo rapidamente. Provavelmente ninguém estava vendo já que sua mão não passava da altura da mesa. Quando senti sua mão percorrendo pelo meu corpo não pensei em outra coisa do que jogar o chá quente em sua cara. A temperatura do chá infelizmente não estava quente o bastante para fazer grandes estragos, ele provavelmente só iria ter uma queimadura de primeiro grau em algumas partes do rosto e em seu peito que estava todo molhado e grudento. Todas ali presente se assustaram com o meu gesto imprudente.

_Essa menina é louca ? - Gritava uma mulher.

Margarida sai correndo da sua sala para acudir o senhor que gritava de dor, as minhas colegas de trabalho corriam para pegar algumas toalhas para o mesmo, enquanto as companheiras do homem estavam indgnidas com a minha má atitude.

_Eu não voltarei aqui se a mesma não ser demitida. Nunca passamos por uma situação tão desagradável. - Falou uma das mulheres a mesa.

_Por que você fez isso Carlota? Você trabalha tão bem aqui !!! Por qual motivo tomou essa atitude? - Falava Margarita tentando entender.

_Ele me assédiou, passou as mãos em minhas coxas. Eu não irei aceitar nenhum homem nojento tocando em mim. - Eu comecei a chorar descontroladamente. Tudo isso me recordava do meu passado sombrio que eu tentava esquecer todos os dias da minha vida.

_ Ele nunca faria algo do tipo sua vagabunda. - Gritava a mesma mulher que pedia pela minha demissão.

_Eu não trataria ninguém com falta de respeito Margarita. Você sabe o quanto preciso desse emprego. Eu sempre tratei todos da melhor forma possível.

_ Eu não posso tolerar atitudes como essa no meu estabelecimento. Pegue suas coisas e saia. - Falou Margarita.

Eu estava desconsolada, havia acabado com a minha vida perdendo esse emprego. Estava me julgando por ter jogado o chá, deveria ter apenas saído de perto e fingido que nada acontceu. Ninguém liga para a dor de ninguém, quando se trata de uma simples garçonete ela é apenas um objeto.

_ Ok. - Falei entre lágrimas indo para a salinha dos funcionários tirar o uniforme.

_ Amiga eu acredito em você. - Falava Emma indo atrás de mim.

_ Amiga ele passou as mãos na minhas  coxas. Eu não suportei vê-lo tocando em mim. Eu não deveria ter jogado o chá mas não pensei em outra coisa.

_Está tudo bem. - Falou me abraçando. _A gente vamos provar que você não fez por mal. - Falou saindo.

Eu não sabia o que Emma iria fazer, mas nada iria mudar o meu comportamento. Estava tão desesperada que só sentia minhas mãos tremerem. Encostei minha cabeça no armário velho que tinha na salinha e me permiti chorar como um bebê.

_Amiga vem aqui. - Gritou Emma na outra sala.

Fui até a mesma que estava verificando as câmeras de segurança e graças a Deus uma das câmeras pegavam o homem passando a suas mãos em mim. Eu me senti aliviada, mesmo sabem que aquilo não justificava eu ter jogado chá nele e poderia muito bem ser demitida.

Não iria provar nada de cabeça cheia, troquei de roupa e fui em direção a saída. Aquele pessoal imundo ainda estava presente no restaurante. Eu optei por nem encarar, apenas sair sem dizer uma se quer palavra.

O Amor não é obvio Where stories live. Discover now