Capítulo 35

1.5K 122 1
                                    

Narrado por Megan :

O tempo obviamente passou, é um sistema  inevitável, tudo que realmente tem que acontecer acontce. O mais sensato da minha parte foi me afastar principalmente quando Carlota assumiu um relacionamento sério com Ivan. Eu posso de fato ter muitos defeitos, mas paquerar uma pessoa compromissada concerteza não entra para minha lista de pecados. Eu devagarzinho fui me afastando, deixando de conversar todos os dias até ela parar de vir aqui em casa para estudar. Eu no começo fiquei bem triste, pois a consideração pela nossa amizade foi no ralo, eu queria ter motivos para ter raiva dela para o processo ser mais fácil.

Nesse meio tempo, eu obviamente precisava de alguém para me fazer esquecer Carlota então aceitei um relacionamento com a Fram. Nos duas juntas é um verdadeiro desastre, ela realmente não nasceu para estar em um relacionamento sério, principalmente comigo que sou cheia de regars e padrões.

_ Não deixa as coisas jogadas na minha casa Fram.

_Tá bom Megan. Você está certa e eu errada como sempre.

_Você nunca entende o que eu falo para você. -Gritava aos quatro ventos em plena 7h da manhã.

Quando fui para cozinha organizar alguns pratos para o almoço antes de ir para empresa consigo vê a porta se abrindo rapidamente 

_ Carlota? - Pergunto sem entender.

_ Eu nem sei por que eu vim aqui Megan, eu. - Falou nervosa e choramingando.

_ Calma, senta aqui. - Falei nervosa.

_ E...Eu vou para casa. Eu sei que errei vindo aqui, eu só consigo vacilar com as pessoas que me querem bem. Eu só consigo vacilar comigo. Eu to rodiado de gente vazias.

_ Não precisa pedir desculpas e nem se explicar. - Falei sentando e ela simplesmente deitou no meu colo.

_ Eu preciso desabafar com você, eu fiz tudo errado. O Ivan é um cara bacana não vou tirar esse título dele, mas a circunstância foram péssimas. Amiga foi tiro de todos os lados, eu tô tão mal.

_ Você precisa esclarecer essa situação com ele e não com a Megan bonitona. - Franrchesca entra na sala já brava.

_Franrchesca não se mete em assuntos que não lhe convém. - Digo sem pensar.

_ Megan eu posso ser tudo, mas eu não sou trouxa eu não sinto verdade alguma nessa menina, quer choramingar vai em outro lugar. Não é assim que funciona. A amizade de vocês é tóxicas como  a droga do nosso relacionamento. - Falou saindo.

_ Desculpas; eu vou embora. - Falou correndo para porta de saida.

A Carlota conseguia me desestabilizar apenas com a sua presença, que já me deixa nervosa. Ver ela mal concerteza me deixava triste, eu odiava pensar que ela não estava feliz.

Acabei deixando ela ir para dar um tempo, as vezes achamos que precisamos de outra pessoa para se sentir bem mas o melhor caminho é a solidão, a melhor escolha e pensar com a própria cabeça. Do jeito que conhecia a mesma ela iria cai na gandaia novamente ou iria se trancar na biblioteca velha que tem no bairro dela.

Eu acreditava em muitas teses filosóficas para aguentar o peso de ser uma Carter. Mas nesse momento o meu coração gritava para ir atrás de Carlota e fazer a coisa certa. Peguei algumas chave e fui para o apartamento da Sarah. A chance da Carlota está em casa era muito baixa, mas optei por arriscar.

_ Olá Sarah, a Carlota está? - Perguntei sem passar muito ansiedade nas minhas palavras.

_ Olá Megan, ela não voltou para casa ainda. Hoje ela está fora de si, se puder cuidar dela eu agradeço. - Falou cabisbaixa.

_ Está tudo bem? - Perguntei curiosa mas apenas pelas suas expressões faciais já sabia que Carlota e Sarah tinham brigado.

_ Carlota é a melhor pessoa que eu já conheci na minha vida, ela é uma pessoa incrível e sei que você vê isso nela também. Só quero que você cuide dela por mim. Eu to um pouco ocupada agora. - Falou meio sem jeito.

_ Desculpas estar incomodando! Tchau. - Falei indo pegar o elevador.

Fui para a tal biblioteca velha e já tive a clara certeza que ela estava aprofunda nos livros quando vi a bicicleta velha dela encostada na lateral da biblioteca.

_Olá!

_ Que honra ter a Sr. aqui. - O senhor fala com um sincero sorriso.

_Que bom! - Falei devolvendo o sorriso e indo a procura da Carlota.

_ Está atrás de alguma livro específico? - O senhor pergunta vendo eu andar  de uma lado para o outro.

_ Na verdade de uma moça, muito bonita de cabelos loiros olhos claros e estatura baixa. A menina da bicicleta que sempre está aqui.

_ Sorte que você me falou que estava a procura dela. - Falou rindo. _ Ela praticamente uma extensão dessa biblioteca. Ela está no telhado, quando está triste prefere ler lá. - Falou mostrando uma antiga escada que parecia nem aguentar o peso de um corpo.

_ Obrigada. - Falei subindo as escadas com um pouco de medo.

Os prédio de Nova York eram enormes, mas para minha sorte esse tinha um tamanho bem menor do que de costume. As paredes vermelhas de bloquinho dava um ar mais antigo para o lugar. As árvores que cobria a faixada lembrava um pouco dos campos do interior da Flórida e o cheiro de livro velho me lembrava os longos períodos de estudos nas universidades que estudei.

_ Então aqui é seu refúgio. - Falei chamando atenção da Carlota que chorava muito.

_ Não acredito que ele passou meu esconderijo. - Falou soltando um sorriso.

_ Se eu fosse você eu iria brigar com ele, por compartilhar esse lugar incrível comigo. - Falei me sentando ao seu lado.

_ Por que você sempre vem ?

_ Como assim Carlota  ?

_ Por que você sempre está comigo ? Mesmo depois de tudo que fiz, depois de ter tacado o foda-se para nossa amizade e ter aos poucos me afastando de você. Que por conhecidencia do destino é a única presente aqui para ouvir minhas lamentações.

_ Eu estarei sempre com você. Mesmo voce achando que nossa amizade é tão insubstituível. Me machucou suas atitudes dos últimos meses. Mas eu sou mais do que uma pessoa machucada. Antes de todo as pequenas características sobre quem eu sou ou como me sinto eu sou sua amiga Carlota.

_ Eu tive isso que você fala com poucas pessoas. - Falou fechando o livro que estava na sua mão.

O Amor não é obvio Onde histórias criam vida. Descubra agora