Capítulo 12

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Narrado por Megan:

Os dias são intensos na empresa Carter, sou dona da maior empresa de advocacia de Nova York, faço o possível e o impossível por essa empresa. Meu pai construiu  cada lugarzinho aqui existente com muito esforço. Nossa empresa é a maior herança que a minha família poderia construir, a maioria dos funcionários de alto cargos são integrante da minha família. Todos se ajuntaram para um bem e maior "ganhar dinheiro".

_ Miranda mande esses documentos para a assessoria. Quero por favor que me mandem a documentação do caso 183788.

_ Sim senhora.

_ Fala para o Gilson arrumar a droga do ar condicionado da minha sala e desmarque todas as reuniões para hoje. 

Eu estava tão cansada de trabalhar, eu basicamente vivia para isso. Eram poucos os momentos que desmarcava uma reunião e simplesmente tirava um tempo para mim.

Fui para o meu apartamento que estava extremamente  organizado e vazio, moro sozinha a quase três anos, foi difícil  a minha adaptação aqui nasci em um pequena cidade do Alaska e sempre rodiada de amigos e família, quando completei meus dezoito anos me mudei para o Canadá para estudar Direito em umas das melhores faculdades jurídicas do mundo. Sair de casa foi como dar uma facada no coração da minha própria família. Eles acreditavam que iria me casar após terminar o ensino médio com um senhor que estava prestes a bater as botas. Posso me considerar a ovelha negra da família por sempre tomar decisões que me beneficie em primeiro lugar. Minha mãe sempre fala que sou egoísta e mal agradecida por ir embora depois de todos os sacrifícios que ela teve que fazer para me dar uma boa educação. Eu desde muito cedo fui uma garota determinada estudei muito e passei muitos anos para conseguir provar para meu pai que eu era bem mais do que ele precisava. Na época que entrei na empresa estávamos passando por momentos difíceis além dos cortes de funcionários por conta de alguns processos que estávamos recebendo a empresa estava falhindo com o golpe que meu pai levou do próprio irmão. Após um bom gerenciamento e negociações eu consegui salvar a empresa a partir desse momento eu comecei a comandar a empresa conforme aquilo que eu acreditava. Vamos se dizer que eu ressucitei o nome do meu pai e da empresa que naquele momento não valia mais nada e que provavelmente iria ser vendida por preço de banana. Na frente da sociedade eu sou uma puta mulher, sou formada na melhor faculdade que um estudante de direito gostaria de se formar, tenho uma currículo de tirar o chapéu, sou muito atraente minha genética não nega da onde vem tanta beleza, sou dona de uma empresa que me dá condição financeira de sustentar meus pais e ainda meu irmão e sua família.

Você deve estar se perguntando o que ela tem de errado ? 

Perante a minha família eu tenho muitos defeitos, alguns eu até aceito. Eu não sou a melhor pessoa para se conviver tenho muitas manias e costumes que dificultam a convivência comigo. Além do fato de eu estar solteira no auge dos meus trintas anos eu me assumi bissexual a exatamente três anos atrás. Foi por esse motivo que sai da antiga casa dos meus pais e vim morar mais perto do meu serviço. Foi isso que animou minha mãe para de fato a voltar para o Alaska e esquecer que tem uma  filha que perante ela só trás problemas. Meu pai como já está idoso e não pode deixar minha mãe sozinha teve que aceitar deixar sua preciosa empresa na minha mão.

Eu gosto de viver da forma que vivo, eu me acomodei em aceitar todas as coisas que me machucam, eu aprendi a lidar com toda essa pressão psicológica. A verdade é que eu me acostumei a ser uma pessoa infeliz e por isso faço da vida de outras pessoas vulgo meus empregados um inferno. As pessoas ao meu redor conhece uma parte de mim que é cem porcento moldada por aquilo que eles querem ver de mim, a mulher poderosa, perfeita e que muitas gostariam de ser. Eu criei um personagem de mim mesma e é raramente que posso ser eu mesma normalmente na frente dos únicos amigos de verdade que eu tenho.

Algumas das coisas que o meu eu verdadeiro gosta e quase ninguém sabe é tocar violão eu viro outra pessoa quando estou escrevendo as minhas canções, mesmo sabendo que meu pai se chateie por sempre me forçar a gostar de piano e violino que são instrumentos que ele considera de respeito. Passo horas no meu quarto tocando e comendo as comidas que faço pois amo cozinhar esse dom eu posso falar que absorvi com a minha mãe. Anos vendo ela cozinhar para virar dona de casa e mulher de algum amigo do meu pai. Infelizmente não sou uma mulher fácil de se conviver e a maioria dos homens que na minha vida apareceu era apenas para agradar meu pai. A maioria das pessoas presentes na minha vida são pessoas com algum interesse em subir ou ganhar algum cargo na empresa.

Por eu ser mulher eu precisei lutar muito para estar aonde estou hoje, nasci em uma família totalmente conservadora, com grandes princípios e cultura pré estabelecidas. Explicar para os meus pais que a única filha mulher deles queria ser advogada igual o pai foi um constrangimento para família Carter. Eu basicamente nasci para ser mãe e dona de casa enquanto meu irmão nasceu para ser o advogado que meu pai tanto queria.

Minha família mora no Alaska, após a minha mãe ter um câncer no colo do útero ela prometeu realizar todos os seus sonhos e um deles era voltar a morar  uma pequena cidade do Alaska. E foi isso que ela fez ao acabar o tratamento do câncer e descobrir minha sexualidade.

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Bjs autora.

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