Capítulo 6

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Narrado por Carlota :

Hoje era um dia extremamente frio, estava sem dúvidas abaixo de zero graus.  As árvores estavam completas de neve, as casas ainda estavam com decoração de Natal fazendo o bairro ficar extremamente charmoso. Mesmo não comemorando o Natal não negava a beleza que essa época trazia para as redondezas. Edgar finalmente entrou de férias, isso significava que passaria a maior parte do seu tempo em casa. A minha moradia na sua casa já era algo normal, eu seguia a sua rotina e ajudava ele com todas as coisas possíveis, como por exemplo pagar contas, ir ao mercado, levar o gato no veterinário enfim fazias todas as obrigações de uma dona de casa. Já estávamos próximos do ano novo, Edgar não havia falado nada sobre irmos para o Chalé apenas Jasmine tinha citado que eles passariam no Chalé. Por mim eu passaria deitada comendo pipoca  assistindo séries. Nesse tempo que passamos juntos Edgar comprou um celular para mim, já que quando morava com meu pai eu usava o celular dele já que ele não gastava um centavo comigo.

Os dias tem passados de forma frenética e eu já tinha entregado muitos currículos. Sabia que em Janeiro tinha que me mudar para algum lugar. Com internet as coisas ficavam mais fáceis para mim. Entrei em contato com alguns abrigos e em grupos que davam  apoio a meninas que foram violentada. Esses grupos de apoio me ajudou muito a aceitar a minha vida. Não ficar me lamentando  por coisas que já aconteceram!!! A única coisa de diferente que poderia fazer era dar o melhor de mim para tudo e todos. Não podia virar uma menina amarga e rancorosa pois aquilo só faria mal exclusivamente a mim mesma.

_ O que tanto faz nesse computador ? - Falou Edgar entrando com um pote de Nutella na mão.

_ Eu estou mandando mais currículos, já mandei para no mínimo cem empresas. Como pessoalmente como online. - Falei nervosa por não ter retorno de nenhuma delas.

_ Tenta nesse site aqui. - Falou entrando em uma agência de empregos.

_Obrigada Edgar. - Falei sorrindo.

Passei a tarde mandando e-mails para as empresas, nesse época de neve tudo ficava mais complicado. As vendas diminuía e quase ninguém contratava. Eu precisava arrumar alguma coisa para ganhar dinheiro. Eu não iria me permitir morrer de fome novamente.

_ Vou passar o final de ano com aqueles amigos que passaram o Natal aqui. Você quer ir ?

_Vou ficar!!! Tudo bem para você? Se for a Pamela vai surtar e não quero estragar o ano novo de vocês !!! - Falei ainda mandando currículos.

_ Vai por favor, a Jasmine está toda animada e mandou mensagem que vai te levar pelos cabelos. - Falou rindo.

_ Ela é doidinha né? - Falei rindo. _Tudo bem então.

Eu não estava nem um pouco animada para ver Pamela novamente, ela iria aprontar alguma coisa eu sentia isso. Fiz a minhas malas enqunto Edgar fazia a dele.

_ Lá tem piscina aquecida leva biquíni. - Ele falou pegando algumas blusas no pequeno closet.

_Edgar - Falei rindo. _ Eu não tenho biquíni, a únicas coisas que tenho são algumas calças e blusas. - Falei mostrando para o mesmo.

_ Temos tempo, vamos passar no shopping aproveitamos para almoçar lá.

_Claro que não, eu vou preparar comida e eu não quero ver você gastando dinheiro com coisas que não preciso. Minhas roupas são o suficiente para mim. E nem de piscina eu gosto, fica em paz. - Falei sentando  cama e encarando o mesmo.

_Eu gosto do sei jeitinho humilde, gosto do seu olhar, mesmo as vezes sentir que ele está distante daqui.

_Não fala essas coisas eu fico sem graça. - Falei baixando a cabeça.

_Eu só falo a verdade Carlota. - Falou sentando ao meu lado. _Eu gosto muito de você. Você é diferente de tudo que eu admiro. Eu não consigo imaginar você lá fora sozinha ou sendo machucada.

_ T...Tudo bem Edgar.  Falei levantando e acabando com aquele assunto.

Fomos de carro para o tal chalé, no carro só tinha eu  Edgar ele decidiu ir direto para o Chalé sem passar na casa de seus amigos. Pamela mandava áudios enorme para ele, provavelmente me xingando. Eu ia olhando  paisagem  e pensando na sorte que tinha de ter encontrado Edgar. Se não fosse ele eu e estaria morta. Eu sentia que ainda fazia pouco por ele. Eu sabia como retribuir tudo aquilo que ele faz por mim. Mas isso iria me matar por dentro. Mas talvez esse era o preço.

_ Está tudo bem ? - Falou ainda olhando estrada.

_Sim, está tudo bem. - Falei soltando um sorriso.

Eu acabo caindo no sono, fazia tanto tempo que não pegava uma estrada, para mim viajar pegar uma estrada era uma terapia.

_Desculpa Carlota. - Falou Edgar me acordando. _A galera vai chegar amanhã. O carro do Pedro deu problema.

_ Tudo bem. - Falei saindo do carro.

_ Eu vou pedir uma pizza para gente. Vai entrando na casa está a noite é muito frio aqui fora. Eu levo as bolsas.

_ Deixa disso. - Falei pegando as bolsas e ajudando ele a levar para dentro.

A casa aonde estávamos era simplesmente umas das casas mais bonitas que já tinha entrado na vida. A casa possuia dois andares, três quartos, uma bela sala com lareira na parede e uma grande cozinha americana.

_Gostou?

_Gostei!!!! - Falei olhando tudo.

Comemos a pizza que o Edgar pediu e depois ficamos na sala esquentando as mãos, ouvindo música e  conversando sobre coisas fúteis. Em um momento o clima esquentou, Edgar chegou mais perto de mim, eu conseguia sentir sua respiração ficando mais forte. No seu moletom eu conseguia reparar um volume. Eu fiquei extremamente constrangida, meu rosto ficou vermelho como um pimentão.

_ E...eu vou tomar um ar. - Falei saindo. Eu não fazia ideia do que queria. Então decido ficar um pouco sozinha.

_ Não precisa ficar no frio, pode ficar aqui dentro. - Falou me chamando.

Estava muito frio, os quartos não tinha aquecedor, com isso decidi ir para o quarto aonde Edgar estava dormindo.

_ Está muito frio. - Falei entrando.

_Amanhã Pedro vai arrumar o aquecimento da casa. Se quiser dormr aqui.

Sem dizer nada, me deito na cama com Edgar e me sinto mais quente e segura com ele.

O Amor não é obvio Donde viven las historias. Descúbrelo ahora