O Amor não é obvio

Capítulo 45

Narrado por Carlota:

_ Eu nunca tinha beijado uma mulher antes. Apenas selinho quando estava bêbada. - Falei assutada ao terminar de me deliciar nos lábios saborosos que Megan tinha.

_ Ao contrário de você já experimentei muitas bocas de vários tipo de mulheres mas nenhuma tinha a perfeição e diversidades de sentimentos que o seu beijo me trouxe.

_ Megan eu estou confusa. Não sei se podemos fazer isso novamente. Só quero deitar e relaxar um pouquinho. - Falei me levantando e indo dormir.

Dormir foi a última coisa que fiz dentro daquele quarto, meus pensamentos estavam a milhão, não parava de imaginar como seria se aceitasse as carícias de Megan, estava achando que esses remédios tinha mexido com a minha integridade de forma óbvia. Estava vendo as coisas com várias perceptivas diferente.

No dia seguinte estava ciente que iria voltar para o apartamento da Sarah, nem que fosse para pegar minhas coisas. Não poderia simplesmente morar na casa da Megan, tinha tirado os dias do meu atestado e a rotina começaria a voltar ao normal aos poucos. Megan prepara um delicioso café da manhã, que me deixava muito animada.

Mesmo após esses dias não me senti confortável em compartilhar com nenhum de meus amigos o que de fato estava acontecendo na minha vida. Mesmo com todos os fotores anti éticos gostaria de preservar a imagem de ambos. Eu não fazia mais parte da nova fase que eles foram inseridos. Só gostaria de acabar com esse drama
todo, sabia que ambos esperavam que voltasse para o apartamento e conversassemos os três. Por isso fiz o favor de mandar mensagem para Sarah dizendo que iria ir para casa.

_ Não te falei o que houve de verdade, pois é um assunto bem delicado. Como ja sabe sou rodiada de problemas e traumas. Eu não não sinto muito confortável mas sinto que devo compartilhar com alguém que vá me compreender de forma óbvia e me ajudar a tomar a melhor decisão.

_ Eu já sei que Sarah está grávida. - Falou sendo objetiva.

_ Sabe que o bebê dela é fruto de uma transa com o meu ex namorado ?  Falei rápido.

_ Está me dizendo que sua melhor amiga está grávida do seu namorado ? - Falou confusa.

_ Sim, exatamente isso. - Falei virando os olhos de raiva.

_ Que situação complicada, eu não faço a mínima ideia de como te aconselhar. Só seja madura o suficiente para levar essa situação da forma mais saudável para você. Tudo que rolou poderia ter matado você. Tudo bem ser fraco e sentir medo, agora desistir não é uma opção. - Falou séria.

_ Obrigada por estar aqui. Mesmo sem eu merecer eu sempre tenho sua melhor versão. - Falei sorrindo.

Após o café me arrumei rapidinho e com o cú na mão fui ver Sarah e esclarecer o que tinha que ser discutido. Estava tão nervosa que poderia me dar um colapso nervoso dentro do elevador. Tudo parecia passar rápido demais em poucos minutos estava na frente da porta de apartamento. Por algum motivo que minha mente não conseguia processar não conseguia simplesmente entrar, não me sentia mais com essa liberdade, um bloqueio enorme surgiu entre mim e toda a situação, nem tocar a campainha eu conseguia. No meu interior tudo estava quebrado e só conseguia chorar e me arrepender de ter vindo. Era frustrante estar vivendo uma situação tão inusitada e cheia de sentimentos envolvidos. A verdade é que não tinha coragem de entrar naquele apartamento e ver ambos juntos.

Quando ainda estou no chão sentada, pensando do que seria da minha vida o elevador se abre e vejo Ivan sair com algumas sacolas de farmácia. Nossos olhar rapidamnete se cruzam. Um sentimento de constrangimento me pertence nesse momento. Ele para na minha frente e nada diz só me olha e espera que fale alguma coisa.

_ Entre. - Fala rápido e demonstra seu desconforto ao começar a soar.

_ Já vou. - Falei secando as lágrimas.

Ele então entrou e deixou a porta aberta, consigo ouvir algumas conversas entra ele e Sarah, que me causa um certo embrulho. Só queria fugir daquele lugar. Então me levando e espero o elevador. Não tinha forças para resolver com eles. O que foi feito não tinha como mudar então decidi facilitar as coisas indo embora.

_ É isso mesmo ? - Sarah segura meu braço. _ Não veio aqui para conversamos? - Falou olhando nos meus olhos.

_ Eu sou fraca para um caralho, essa situação acaba comigo. Eu to muito sensível e descontrolada. É humilhante para mim estar aqui. Prefiro ir embora e acabar com isso logo. - Falei mexendo no cabelo de forma descontrolada.

Sarah sabia dos meus problemas e sempre foi uma base de apoio, nunca pensei que teria que fazer tudo sozinha. Nunca pensei que ela um dia seria um dos motivos das minhas crises de forma tão irracional e violenta.

_ Por favor entre. Só dessa vez. - Falou me  impedindo de entrar no elevador.

Respirei fundo e fechei os olhos, contei até trinta e sem dizer nada entrei no apartamento. Não conseguia parar de tremer, estava em uma situação aonde era bem fácil perder o controle.

_ Eu vim pegar as minhas coisas. - Falei com a mãos no bolso da blusa.

_ Sente-se. - Sarah falou. _ Amiga só de pensar que você descobriu da pior firma possível me deixa tão aborrecida. Eu não consigo nem falar com você direito. Não faço a mínima ideia do que está sentindo e tem toda razão em está morrendo de raiva de mim.

_ Eu tô bem. - Falei com a mão na testa.

_ O que acha melhor pra nós? - Olhou para eu e Ivan.

_ Ela não quer ter o bebê Carlota. - Ivan fala.

_ Eu não sei o que vocês querem fazer. Eu não faço parte dessa conversa. Esse filho vocês fizeram a dois e vai resolver tudo a dois.

_ Mas e você? - Falou já chorando.

_ Sarah não dá mais para fingir que tá tudo bem. E que tudo bem eu morar aqui. Isso tudo dói demais. Eu não aguentaria. Eu vou me afastar de vocês para que possam fazer a coisa certa para vocês dois. Não quero influenciar vocês a fazer a nada, porque não faço parte disso tudo.