Capítulo 44

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Narrado por Carlota:

Eu não sabia o que fazer, pensei em apenas fugir e deixar eles decidirem como iriam fazer com o novo integrante, ou até mesmo em desistir de mim, estava em uma situação difícil. Ivan já havia pegado a estrada, ela algumas horas teria que ver a cara de ambos e eu ainda não estava pronta. Não queria ser a causadora pelas complicações na nova gravidez de Sarah.

Peguei alguns remédio que tomo para controlar meus pensamentos e faço uma pequena bolsa para não ter que encarar todo drama familiar que iria rolar de um jeito ou de outro. Sai correndo, não iria conseguir no estado que estava encarar a cara de Ivan e de Sarah. Ele mudaram de forma negativa a minha vida. Estava em uma situação desconfortável por conta de ambos. Preferia a minha vida chata e sem graça aonde era quase invisível.  Antes de sair mando uma mesgaem para o celular do Ivan.

_ Ela está no hospital Santa fortuna. - Carlota.

Corro pelas ruas com meus fones no ouvido como se tivesse um destino. Eu só consigo correr o mais distante possível, só queria fugir para longe de todo aquele clima tóxico que estava me matando.

_ Está tudo bem? - Uma mulher perguntou.

Tomei tanto remédios que nem falar eu conseguia, sentia meu corpo formigar e começo a perder o sentindo enquanto corria na rua, o objetivo não era me matar e acabar tendo um convulsão no meio da rua. Mas como a minha vida é um conto de merda eu simplesmente apaguei.

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Acordei com alguns barulhos de gente tossindo, rapidamnete percebo que estou em um hospital. Tento abrir os meus olhos mas não consigo mante-los aberto. Estava fraca e sentia minha garganta seca. Tentava chamar por alguém mas ninguém movia um dedo para me ajudar. E quando finalmente consigo abrir os olhos e mexer meu corpo tento tirar todos os cateter que estava em mim.

_ Calma Carlota. - Ouvi uma voz família e rapidamnete percebo que é a voz de Megan.

_ Megan. Megan me tira desse lugar por favor.

_ Me escuta com calma. Você está segura. Está comigo. Não sai do seu lado nem para fazer um mísero xixi.

_ Você tem certeza ? - Perguntei chorosa.

_ Sim; agora você vai ter que ser boazinha e aceitar ajuda das enfermeiras e da pisiscologa que está aqui.

_ Tudo bem. - Falei segurando sua mão.

Foi exaustivo, conversei com milhares de enfermeiros e pisiscologicos e todo tipo de pessoas que trabalha em hospital. Já estava cansada de não ter nada para fazer e Megan me tratava como se fosse um bebê.

_ Estou bem, foi tudo um mal entendido. - Falei sorrindo.

Obviamente que no fundo todos sabemos o que resulta tomar muitos remédios ao mesmo tempo. Não sou tola e sei das consequências de tomar remédios fortíssimos em grande quantidade. Mas à um ponto em que o cérebro não aguenta mais tanta pressão e acaba pedindo arrego. Estava me sentindo vulnerável e sozinha. Eu sempre me sinto triste mesmo tendo bons amigos, me sinto vazia por dentro. Sempre acho que sou incapaz de amar, ou de ter alguém d verdade pelo simples fato de não ter mãe e nem pai. Sinto que essas virtudes foram roubadas de mim de forma cruel. Ver a pessoa que mais confiava no mundo me traindo mexeu demais comigo, além do fato de que as palavras bonitas que Ivan dizia para mim não passava de palavras vazia. Era frustrante para mim todo esse drama.

_ Você quer me matar do coração né? - Jasmine entrava no quarto junto com Edgar.

_ Gente pra que tudo isso ? Eu não acho necessário. Vão pra casa que aqui já tá tudo bem.

_ Você tentou se matar Carlota e ainda tem coragem de falar isso.  Eu não acreditei quando fiquei sabendo. - Grita Jasmine.

_ Como você está? - Edgar pergunta após me dá um abraço.

_ Tô viva. - Respondi com sinceridade.

_ Sarah está lá fora junto com Ivan e sua mãe. Estão bem abalados. Posso deixar entrar ? - Jasmine pergunta.

_ Não, pelo amor de Deus não. - Falou me lembrando do pesadelo que estava acontecendo.

Quando todos foram embora consegui parar e pensar no que tinha feito. E por um momento quis estar morta nesse momento. Era tanto sentimento ruim envolvido. Comecei a chorar e me lembrar de tudo que já passei.

_ Cheguei. - Megan entrou no quarto com algumas sacolas de restaurante. _ Me diga o que houve ? Você é uma pessoa tão feliz e do nada está na cama de um hospital porque tentou se suicidar.

_ Não quero falar sobre isso. Se você não conseguir respeitar o meu tempo eu peço que vá embora.

_ Tudo bem. - Falou soltando um sorriso falso.

_ Emma mandou avisar que não pode vir mas está torcendo por uma boa recuperação.

_ Diga obrigada. - Falei comendo as deliciosas comidas que Megan havia levado para o hospital.

_ Tudo bem.

Os dias no hospital foram tediosos e dolorosos, sai do hospital depois de dez dias sendo observada por psicólogos. Minha rotina mudou dramaticamente. Tenho que ir ao psicólogo três vezes por semana além do fato de que preciso ficar escrevendo como me sinto em um  diário todos os dias.

Fazia quatro dias que Megan estava cuidando de mim como nenhuma pessoa teve a coragem e ousadia de cuidar. As vezes me pegava analisando sua beleza e me perguntando como podia alguém se doar tanto por outro ser humano. Me sentia privilegiada por ter sua amizade. Ela realmente me fazia bem e mesmo eu sempre fungindo dela ela está sempre me resgatando.

_ Megan eu preciso falar uma coisa. - Falei nervosa.

_ Diga.

_ Eu quero pedir desculpas por mim. - Falei sem graça. _ Eu faço tudo muito errado. Prefiro sempre o caminho mais fácil e as vezes o mais conveniente aos meus medos e traumas. Acabado sempre fungindo ou escolhendo caminhos que só me afasta de todos e me prejudica de forma relativa.

_ Eu já disse que não precisa ter medo de ficar aqui. Eu não vou tentar nada que não queira e também como já deixou claro que não quer nada comigo irei te tratar com muito respeito. Me chateia você achar que não posso estar com você e que posso até desrespeita-lá. Eu sou uma mulher com muita ética, o jeito que você some da minha vida é sempre muito doloroso. Sinto que sente medo de estar aqui e de gostar de estar aqui.

_ Eu sinto muito medo. - Falei baixando a cabeça.

_ Não é isso que quero que sinta. - Falei me aproximando.

_ E...Eu. - Perdi o contexto da minha frase e selei meus lábios no da Megan.

Foi um beijo calmo mas cheio de desejos, não tinha como esconder toda atração que ali  tinha.  Era assustador a forma única e gostosa que ela me beijava. Nunca tinha sentido um gosto tão  unico e saboroso, aquele beijo estava me proporcionando muitos sabores e prazeres e obviamente aquilo me assustava.

O Amor não é obvio Where stories live. Discover now