O Amor não é obvio

Capítulo 75

Narrado por Carlota:

O tão sonhado dia do vestibular havia chegado, estava respirando fundo e contando de um a três para não surtar. Mesmo com muito medo e ansiedade me levantei da cama e rapidamente ajeitei um café da manhã reforçado. Muito cereal e ovos postos a mesa, comi tudo de forma veloz e fui para um ponto que ficava algumas quadras da casa da Sarah.

O tempo estava favorável para um dia confortável de prova, ao entrar no ônibus percebo o quanto estava nervosa para fazer essa prova. E de forma instantânea percebo da última vez que passei por essas ruas ao lado da Megan. Que me apoiou de forma significativa.

Após o último acontecimentos não trocamos mensagens, eu realmente não podia mais me envolver nessa história. Mesmo que a nossa transa foi muito boa, nunca mais iria acontecer. Tentava raciocinar tudo que aconteceu como uma forma de despedida. Megan tinha diversos problemas para resolver e tinha uma verdadeira mulher ao seu lado. Pérola tinha tudo aquilo que eu sentia que faltava em mim. Vendo a paisagem pelo ônibus só me recordava de alguns momentos incríveis que já passamos juntos. Era inevitável o sentimento de que alguma coisa estava faltando.

Chegando na Universidade vejo aqueles adolescentes correndo de um lado para outro me deixando desconfortável. Tento não pensar muito, fecho os meus olhos em meio aquela multidão e tento tranquilizar tudo aquilo que estava me atormentando.  Não podia fazer a bendita prova com a cabeça em outro lugar! Eu não podia mais uma vez me sabotar. Tirar o meu direito de ter uma vida melhor. Eu devia isso a o meu próprio "eu". Precisava me concentrar na prova e dar o meu melhor.

Meu coração acelera quando escuto rapidamente um som alto e constante dos  sinos da escola soarem de forma frenética. Mesmo nervosa não perco tempo olhando os meus colegas de prova, tento ao máximo focar apenas em mim, sem me distrair com coisinhas fúteis. Ao passar o tempo de prova, o carinha que estava sentado a frente da minha mesa abriu um salgadinho de queijo insuportável. O meu desespero começo ao ouvir ele mastigando o seu terrível salgadinho.

Minha vontade era gritar com o sujeito desprovido de senso que estava usufruindo de um alimento tão fedido e que por sinal fazia muito barulho. Era nítido que não era a única pessoa desconfortável com tal situação. Para relaxar os músculos e a cabeça faço uma pausa para ir até o banheiro fazer uma caminhada e seguir com a minha prova.

Diferente da primeira vez me sentia capaz de estar naquela sala. Não me julgava pela vida desgraçada que havia tido. Ao contrario disso, estava me sentindo muito bem com fato de muitas coisas que estavam nesta prova eu tinha estudado e aprendido.

Meu estado pisiscologicos estava bem na medida do possível. O interessante é que me planejei para estar nesta sala. Havia estudado técnicas de concentração para não perder o foco e nem ter um crise de ansiedade durante o teste. 

Após quatro horas consecutivas de prova relaxo no chão de um dos enormes corredores que a universidade possuía. Estava me sentindo leve após a longa prova. Minhas expectativas não era de ganhar uma bolsa de primeiro lugar, mas estava com muita fé em que conseguiria alguma coisa com esse teste.

Voltei para casa animada e ansiosa para descobrir o meu desempenho na tal prova. Queria pode ter controle da máquina do tempo para ir direto para o dia do resultado dos testes. Só pensava nisso após fazer o vestibular.

Os dias foram bem longos. Mais eu pensava no resultado mais demorava para chegar o tal final de semana. Os resultados sairia na primeira semana no mês em uma segunda feira.

_ É hoje amiga. - Sarah se animava ao me ver roendo as unhas.

Exatamente na madrugada entre domingo e segunda eu estava na frente de um computador antigo que possuía no meu quarto juntamente com Lipe e Emma que esperavam ansiosos pelo resultado.

_ Já era para ter saído esse resultado já são meia noite e dois. - Eu dizia já impaciente.

_ Bem agora o site vai travar. - Emma resmungava.

_ O sistema está congestionado! É normal esses problemas quando há um grande demanda de usuários acessando o site.

Esperamos por mais alguns segundo e derrepente o tão sonhando resultado chega.

🌈 APROVADA 🌈  [...]

_ EU PASSEI. - Gritava de alegria.

_ CARALHO CARLOTA.  - Felipe pulava de alegria.

_ Minha amiga vai para faculdade. - Emma pulava na cama de tanta alegria.

_ Sarah me basílica. Eu só posso estar sonhando. - Corria até a Sarah que estava com Matt assistindo um filme.

_ Não me diga que você passou. - Levantou do sofá indo me abraçar.

_ Parabéns Carlota. Você merece muito! Espero que aproveita muito essa nova fase da sua vida. - Matt me abraçou também.

_ Tenho que comemorar! EU PRECISO BEBER. - Falei pulando de alegria.

_ Amanhã a gente trabalha mocinha. - Emma falou tentando me acalmar.

_ Eu não me chamo Carlota se nao sair para beber nem que seja uma latinha só! - Falei indo para o quarto.

Eu ainda não estava acreditando que havia passado em uma faculdade de tal patamar. Estava me sentindo muito feliz. E fazia muito tempo que não me sentia tão realizada comigo mesma. Suspeito dizer que nunca fiquei tão feliz não estando bêbada.

Enquanto me arrumava para ir para um barzinho que tinha a algumas quadras da minha casa eu lutava com fato de que queria fazer uma maquiagem legal mas não conseguia me contentar apenas com um sorriso de orelha a orelha. Chorava por um motivo de alegria. Não estava conseguindo guardar para mim tal sentimento.

Fui para o barzinho sozinha pois nenhum casal se atreveu a sair plena segunda feira para beber uma comigo. Sentei em um dos banquinhos vazios perto de umas mesas vazias que ali possuía. O bar  estava até que cheio para uma madrugada de domingo. A maioria das pessoas estavam perto dos músicos que tocavam uma banda de Rock. Enquanto eu estava conversando com o barman que sempre ouvia as minhas histórias.

_ Hoje você não vai ouvir uma história triste. - Falei pegando uma garrafa.

_ O que aconteceu ? - Ele perguntou curioso.

_ Passei na Faculdade dos sonhos. - Falei bebendo um vasto gole.

A bebida descia rasgando, sentia então o meu corpo esquentar. Uma calor enviados meu corpo e a vontade de fazer coisas toscas também. Estava muito feliz para me privar de fazer o que gostaria de fazer. Nada e nem ninguém poderia estragar a minha pequena comemoração.