Capítulo 1

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Narrado por Carlota :

_ Se você não levantar agora para ir comprar pão na padaria dos Thompson você não está cumprindo com as suas tarefas de casa dona Carlota e isso significa que vai fazer meu almoço por um mês.- Gritava Sarah

_ Eu estou cansada Sarah e hoje é sábado. - Falei tão baixo que quase nem eu ouvi minha própria voz.

_ Eu falei para você não voltar da boate tão tarde. Você sabe que quando você bebe fica pior que um mendigo.

_ Você sem dúvidas é a mãe que eu não tive. - Falei levantando e abrindo as enorme janelas que meu quarto possuía.

O dia começa com a temperatura nas alturas, está tão calor em Nova York que a vontade era andar nua pela cidade. Aproveito que o dia está com um céu azul quase sem nuvens para caminhar pelo Central parque. Hoje era sábado, muitas famílias já pela manhã estavam reunidas no parque dando voltas de bicicleta. Os parques é o lugar mais deprimente para quem não tem uma família, parece que você está em um filme romântico onde você só consegue vê famílias perfeitas e felizes ao seu redor.

Dei uma boa caminhada para ressusitar meu corpo após um quase coma alcoólico que eu tive. Nunca sabia a hora de parar com as bebidas, isso concerteza ainda me trazeria problemas.

Já que havia um mostro fingindo ser um ser humano mais conhecido como Sarah morrendo de fome em casa aproveitei o caminho de volta para passar na padaria que havia perto de casa. Vendia uns pães deliciosos e com porção mágicas. Você come um e depois disso a vontade é comprar toda padaria.

_ Que bom que trouxe os pães Cah. Eu não vou mentir, estou morrendo de fome.

_ Sim !!! Mas Sarah conta uma novidade porque com fome você sempre está.

_Não fala assim, quando voltar para reeducação alimentar você vai ver!!

_ Vou ver você reclamando de fome!!! Como das outras vezes que tentou reeducar esse poço sem fundo que chama de estômago.

Sarah é minha melhor amiga a tempos, nos conhecemos em uma biblioteca, na época o único lugar que me deixava feliz era estar rodiada pelos livros, passava horas e horas para escolher o livro perfeito para ler. Eu sempre falo que a leitura salvou a minha vida. A única forma rápida e barata para sair de algumas situações perturbadoras que passei, mesmo que fosse apenas um momento. Era através das viagens pelo mundo que fazia através dos livros que eu esquecia como eu estava com fome, ou o quanto machucada eu estava. Sarah tem vinte cinco primaveras mas age como se tivesse quarenta. Odeia sair de casa e vive pegando no meu pé para exatamente tudo. Eu sempre brinco com ela que ela é a mãe não tive. Pois diariamente enche o saco e fica gritando como se fosse uma louca. Sasa trabalhava em uma importante emissora de televisão. É repórter de noticiário cujo pai é dono. No dia que nos conhecemos estava fazendo uma filmagem em uma das bibliotecas mais velha de Nova York. Notícia essa que também falava sobre um dos livros de uma artista desconhecida que fez muitos sucesso na Argentina.

Vim morar com ela depois de dois meses de amizade, quando eu praticamente não saia mais da sua casa. Sasa mora em um apartamento no centro. Trabalha muito para ter uma vida confortável e tem pais maravilhosos que sempre apoiam suas decisões. Ela sempre está sorrindo, é uma cópia barata de um psicólogo pra mim. Além de tudo é a pessoa que eu mais confio, sabe toda minha história com meu pai e com Edgar, meu amigo.

_ Sarah a empresa aonde eu trabalho mandou um e-mail. Eu estou sendo demitida. Filhos de uma péssima mãe. - Falei em choque lendo os e-mails em um notebook antigo que eu tinha.

_ Por qual motivo ? Tem aí no documento de demissão? - Sarah falava apreensiva.

_ Cortes de funcionários. A empresa está falindo. Como não tenho faculdade nem cursos, sou a primeira demanda a ser demitida. - Falei entre lágrimas.

_ Amiga você pode trabalhar na empresa do meu pai. Ele gosta de você como uma filha.

_ Não Sarah eu já me sinto um peixe fora d'água. Não quero mais favores. Eu vou mandar currículos. Só espero conseguir a tempo de te ajudar a pagar o apê.

Eu nunca gostei de me acomodar nos esforços de outras pessoas. Não aceitei morar de graça na casa de Sasa. Trabalhava muito para rachar o apê. Mesmo sabendo que ela tinha dinheiro suficiente para pagar sozinha. Não conseguiria morar de graça sem ajudar com nada.

_Amiga olha para mim. - Chamava minha atenção estralando os dedos. _ Você não precisa pensar em pagar o aluguel. Você sabe que ganho muito bem !!! Além da mesada do papito.

Os pais de Sarah começaram de baixo igual a mim, eles sem dúvidas eram a minha inspiração. Eles sempre me motivavam a ser alguém melhor. Eu gostava muitos do meu tios do coração. Apesar disso, não gostaria de trabalhar na empresa do pai da Sasa. Eu não tinha especialização, estaria roubando a vaga de uma pessoa que estudou a vida toda por aquele emprego.

Logo após receber a notícia já me arrumei para ir a empresa assinar alguns documentos, iria aproveitar essa oportunidade para na volta começar a entregar currículos.

Fui para o meu antigo serviço de bicicleta, tentaria economizar de todos os jeitos para usar o dinheiro que por direito vou receber para pagar as contas.

Sai do meu serviço muito triste, eu realmente gostava de trabalhar como atendente em uma loja de perfumes cujo nome não é reconhecido. Andei pelas ruas de Nova York sem rumo algum. Só pensando o que teria que fazer dessa vez para sobreviver.

_ Olá bom dia, gostaria de entregar o meu currículo. - Falava pela nona vez só naquele dia.

Meu pés já estavam calejados de tanto andar, minhas roupas já estavam amassadas e meu cabelo já estava no ápice do puro óleo. Como a noite já estava por vim decidi parar e voltar para casa. Sabia que Sarah iria me animar e falar para ter fé que tudo iria dar certo na hora certa. As vezes me pergunto o que seria de mim sem ela, são poucas as pessoas que tem a sorte de conhcer um espírito tão bom como o dela.

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▪︎ Gostaram do primeiro capítulo desse livro ?

▪︎ Estão preparados ? Essa história é cheia de dramas !!!

▪︎Brigas vai sem dúvidas definir esse livro !!!!!

▪︎Não esqueçam da ☆ !!!!

O Amor não é obvio Where stories live. Discover now