Capítulo 92

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Narrado por Carlota:

Estava desesperada. José está visivelmente abalado e sentia que a culpa era minha por ter invadido a sua casa. Todos estavam desesperado, ele estava sentido muita dor no peito. Tentava se comunicar e não conseguia ele estava se engasgando.

Me aproximei da multidão de pessoas que estavam tentando fazer alguma coisa pelo Sr.José! Quando observei uma veia saltada imediatamente lembrei de uma situação que vivenciei na rua.

Voltando ao passado [...]

Enquanto dormia em uma buraco perto de uma ponte, já que nas praças estavam muito perigoso por conta de alguns grupos de marginais que passavam a noite usando drogas. Escutei um grito na rua treze, que era a rua aonde morava um senhor de idade que tinha acabado de perder sua mulher em um fatal acidente de carro. Ele tinha seus quase setenta anos e mesmo estando muito debilitado após a morte de sua esposa ainda morava sozinho. Já que os filhos não se importava com o bem estar do pai. Sem pensar duas vezes escondi minahs mochilas no buraco que estavas para me certificar que não iria  ser roubada e corri para a tal casa.

_ Eu vou morrer. Estou sentindo muita dor. - Falou de forma embaraçosa mas consegui interpretar.

_Qual é o nome do senhor?

_ Me chamo Frankie. Tenho setenta anos e moro sozinho. - Falou entre gemidos de dor.

_ Ok senhor Frankie eu vou ligar para uma ambulância. - Falei pegando um celualr que estava no sofá.

A socorrista que me atendeu explicou de foram calma que a única forma de salvar a vida daquele senhor era fazendo um procedimentos com as mãos para para aliviar a pressão. Explicou que muito provável estava com uma obstrução. Por isso do desconforto. Naquele momento eu não sabia o que fazer, se eu não fizesse nada ele iria morrer e se ajudasse ele poderia simplesmente mata-lo.

Fui seguindo todas as suas orientações e mesmo com muito medo eu consegui ajudar aquele senhor a sentir um pouco melhor. Em poucos minutos depois a ambulância chegou e levou o mesmo para um hospital. Não soube muita coisa depois disso, já que dias depois peguei um ônibus para Nova York.

_ Sai de perto garota. - Josi levemente me empurrou. _Se não vai ajudar pelo menos não atrapalha.

_ Isso é coisa de família. Você deveria ir para o quarto. - Megan falou sem nem ao menos olhar para o meu rosto.

Ela não tinha o direito de estar chateada comigo, eu era a única vítima de tudo que estava acontecendo. Mas sabia que não era o momento ideal para se discutir uma relação amorosa. Por um momento pensei em subir e deixar que as coisas acontecesse como tinha que acontecer. Mas nunca me perdoaria por não ter feito a minha parte.

_ Eu sei como ajudar ele. - Falei chegando perto do pai de Megan.

_Não toque no meu marido. - Dona Marta me olhava com pudor.

_ EU QUERO QUE VOCÊS SE AFASTEM. - Gritei. _ Megan liga para uma ambulância.

_Ele não precisa de uma ambulância. Ele não está fazendo o tratamento do coração. O doutor falou apenas para ligar para ele. É apenas uma crise e você nem certificado tem para estar fazendo esse teatrinho.

_ Já vi que com vocês não tem conversa. Ele está com alguma obstrução.- Falei brava. _ Megan presta atenção! Se eu não fizer isso o seu pai vai morrer. Me escuta pela menos uma vez na vida.

_ T...Ta bom!

Após isso pedi algumas coisas para realizar procedimento. Mesmo com muito medo fiz aquilo como se tivesse muita propriedade no assunto. Fui por trás fazendo uma massagem na parte inferior das costas. Fazendo com que ele colocasse para fora um pedaço de carne mal mastigada. E quando finalmente estava terminado as socorristas entraram e deram continuidade.

_ Vocês tem sorte de terem uma médica com vocês. Ele sem dúvidas não iria sobreviver se não tivesse tomado essa decisão temporária. Vamos levar ele no Memorial. - Falou entregando as documentações dele para Dona Marta.

_ Obrigada. - Megan falou me abraçando forte. _Se não fosse você eu nem sei.

_ Megan eu só quero um banho quente e a minha casa. Amanhã eu vou voltar. Quero um tempo para processar tudo. Essa viajem me abriu certos questionamentos. E preciso achar a resposta. E preciso fazer isso sozinha.

_ Tudo bem! E...Eu estou perdida também. Um tempo vai ser bom para ambas. Eu sei que quando estou com raiva falo coisas desnecessárias. Mas saiba que eu não quero perder você. Eu te amo muito Carlota.

Não falei nada. Apenas entrei no nosso quarto e me permitir sentar no chão e chorar tudo que estava engasgado. Me senti mais leve após me permitir chorar. A noite estava fria e solitária. Da janela dava para ver alguns chalés, a vista era muito bonita. Passei alguns minutos admirando e depois fui para o banho.

Tudo estava mais leve, como se um peso enorme estivesse saindo das minahs costas. Dona Marta encheu a boca para me chamar de aberração e agora teria que erguer a cabeça para me agradecer por ter salvo a vida de seu marido. Eu não precisava ser reconhecida pelo que fiz. Mas iria ser divertido ver eles reconhecendo que a aberração fez algo pela família Carter.

Tudo era tão irônico. Parecia até um capítulo de um livro de romance aonde no final as coisas realmente dão certo. Mas a vida real era tão mais complicada. Não via expectativa de um futuro ao lado de Megan. Só queria voltar para minha rotina sem graça e comemorar de forma calorosa a minha ida para faculdade.

_ Está bem? - Megan entrou no quarto?

_ Sim! Na verdade sendo bem sincera não. Eu não estou nada bem. Estou me sentindo exausta. Hoje foi um dia longo e cheio de adjetivos extremamente maldosos. Eu nunca achei que Alaka seria tão ruim como está sendo. Mas não quero discutir com você! Eu vou dormir. - Falei me virando.

Ela percebeu que as minhas roupas já estavam jogadas na mala. Eu sabia que nem tudo era culpa dela. Ela também não esperava que sua família fosse tão cruel. No final de tudo estávamos apenas sobrevivendo a tudo que estava acontecendo. Demorei para pegar na sono e o que mais me incomodou foi o fato da mesma não ter dormido na mesma cama que eu. Eu literalmente não sabia como me sentir diante toda situação estressante que estava passando.

O Amor não é obvio Onde as histórias ganham vida. Descobre agora