Capítulo 4

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"Nem o príncipe Ellion nem Carlton querem nos matar agora. Tudo o que eles querem é nossa rendição. É o suficiente para o duque mostrar sua submissão ao príncipe", disse Luisen.

"Se o que o príncipe deseja é nossa submissão, não devemos ser fracos de coração e recuar ainda mais!" argumentou o general. "Nossa honra como governante do sul está em jogo!"

"A honra alimenta você?!"

O general ficou furioso. "É isso que o Duque de Anies deveria dizer?! O dono desses campos dourados está assustado com o cachorro de um príncipe ilegítimo?"

"Isso não foi o que eu quis dizer. Estou... com medo, sim. Mas tomei essa decisão por todos nós."

Se o príncipe desistisse do ducado, Carlton esmagaria brutalmente o território. Se isso acontecesse, o resultado não seria melhor do que o futuro desolado que Luisen experimentou antes.

"...Quando você insistiu em apoiar o segundo príncipe, você disse a mesma coisa." afirmou o general. "Você disse que foi uma decisão tomada para o bem de todos nós, mas o que aconteceu agora? Você só perdeu soldados e riquezas, você foi tachado de traidor. É por isso que eu implorei para você não se envolver na política central!"

Luisen calou a boca. Para ser honesto, ele não tinha nada a dizer sobre isso – é verdade, ele era complacente e incompetente. Ele nunca havia considerado seriamente as consequências de uma guerra civil, nem a disputa pela sucessão.

Ele vivia como um rio que flui. Porque ele era um parente do segundo príncipe, ele ficou perto dele. Não houve outras considerações sérias.

"Meu senhor, você não está apenas com medo? Você vai implorar por sua vida quando se render? Você não pode se sentir responsável como um lorde, especialmente quando a situação já se tornou tão grave?", um dos conselheiros alegou.

"É o bastante. Vamos apenas fazer o que temos feito até agora. Meu senhor deveria voltar e terminar sua garrafa de vinho. Ou tome um banho. Você cheira fortemente a álcool."

As palavras do tesoureiro, que não continham nenhuma expectativa, penetraram no coração de Luisen mais do que a reprimenda áspera do general. Os conselheiros ignoraram Luisen e retomaram a discussão que estavam compartilhando antes que ele aparecesse.

Luisen não pôde responder a nenhuma de suas repreensões. Suas intenções eram boas – ele queria salvar todos na sala de conferências – mas era difícil transmitir seus verdadeiros sentimentos.

Apenas o gentil mordomo se aproximou de Luisen.

"Jovem mestre, você deve estar alarmado. Por favor, fique à vontade para descansar em seu quarto. Os anciãos do castelo cuidarão dos assuntos."

Ainda um jovem mestre. Mesmo tendo passado mais de vinte anos desde que Luisen se tornou o senhor, para o mordomo ele ainda era 'jovem mestre'. Não um senhor para confiar e seguir.

Este também não era um problema exclusivo do mordomo. Nenhuma pessoa nesta sala de conferências confiava nele como um lorde.

Um sentimento de frustração e desamparo simultaneamente se formou dentro de Luisen. Ao contrário de sua corrida anteriormente vigorosa para a sala de conferências, ele voltou para sua câmara com passos lentos.

"Eles querem dizer bem, mas..."

Luisen se encolheu. Era impossível até mesmo xingar seus conselheiros, considerando que ele nunca havia trabalhado corretamente como um lorde antes.

Seus pais morreram quando ele tinha seis anos, e ele se tornou duque. O general era o lorde interino e passou muito tempo tentando transformá-lo em um nobre de verdade. O general provou ser rigoroso, e Luisen foi inevitavelmente arrastado contra sua vontade. Ele muitas vezes fugia de seu tutor e se escondia no sótão. Assim, ele tinha pouco conhecimento de artes marciais, história e etiqueta.

Circumstances Of A Fallen Lord (PT-BR)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora