Circumstances Of A Fallen Lord (PT-BR)

Capítulo 37

Um aldeão trouxe uma cesta cheia de pães e distribuiu seu conteúdo para as pessoas que circulavam na praça. Luisen sentou-se com os aldeões e comeu o pão – era um sabor que ele não experimentava há muito tempo. O interior não era macio, mas mastigável - quanto mais mastigava, mais doce ficava.

"Como é, meu senhor?"

"Delicioso. Você realmente trouxe a doçura inata da velha bruxa enterrada."

"Estou um pouco ansioso pelo sabor da manteiga."

"O que podemos fazer - não temos nenhum."

Os aldeões conversaram confortavelmente uns com os outros na frente de Luisen. O jovem senhor estava orgulhoso de que seus cidadãos pareciam ter se acostumado com sua presença.

Enquanto comia o pão, Luisen começou a fazer algumas perguntas, "Houve algum acontecimento estranho na propriedade?"

"Algo estranho?"

"Talvez tenha ficado excessivamente nebuloso ultimamente – então as pessoas podem desaparecer? Ou talvez eles estejam confusos sobre as datas? Houve pessoas que passaram por algo estranho assim a caminho do ducado?" Luisen perguntou.

"Hmm... Não tenho certeza..."

"Casos de pessoas desaparecidas acontecem de vez em quando, mas..."

"Que tal rumores de um mágico? Ou uma fada do mal?"

"Muitas criaturas vivem na floresta, mas não tenho muita certeza sobre fadas..." Os aldeões não pareciam se lembrar de nada importante.

"Ah, acho que a névoa tem estado mais forte ultimamente. A neblina vem vindo dessa direção desde que o novo reservatório foi construído na primavera passada."

"Por causa do reservatório? E não por qualquer outro motivo?"

"É claro. Tem sido excepcionalmente ruim desde que o reservatório foi construído."

"Entendo..." Luisen assentiu. Então, a névoa que o enviado de Vinard havia atravessado era um fenômeno natural?

Luisen, que suspeitava de interferência sobrenatural – magia ou algo semelhante – perdeu força. "Então eles estavam mentindo? Por que eles mentiriam tão descaradamente assim?"

Na noite anterior, o general lhe dissera que conhecia o senhor de Vinard e seu filho há bastante tempo; eles eram leais à família Anyes. Em sua opinião, o depoimento do enviado não deve ser descartado como pura mentira.

Luisen passou o dia inteiro pedindo informações até sua cabeça doer - ainda assim, não havia nada para mostrar por seus esforços. "Essas pessoas, como eu, estão trancadas em propriedades há mais de um mês... elas não podem saber da situação lá fora."

Luisen arrancou pedaços enormes do pão que segurava; mesmo em tempos de crise, seu apetite era voraz.

Enquanto Luisen estava correndo aqui e ali na aldeia, Carlton terminou as negociações de rendição. Depois de deixá-los sozinhos durante a noite, os enviados de Vinard pareciam voltar à realidade. Eles queriam finalizar os termos rapidamente e voltar para casa; Carlton, por sua vez, elaborou compromissos que agradaram a ambos.

Depois de assinar os termos de rendição, os enviados de Vinard deixaram o ducado às pressas. Carlton e seus homens também estavam voltando para o castelo - já em clima de comemoração e autocongratulação.

"Finalmente, é hora de partir. A comida estava deliciosa e os criados nos serviram bem."

"Soa como algo que você nunca diria. Você disse que estava frustrado com as oportunidades perdidas de marchar para a batalha."