Amélia
— Nós podemos brincar de "Quem sou eu?". — Sugere meu pai. — O que você acha, Amélia?
— Por que nós sempre temos que fazer esses jogos bobos durante o jantar? — pergunto, colocando muita comida na minha boca para disfarçar minha frustração.
— Não são bobos, são divertidos! — Ele exclama, animado. — Não é querida? — indaga á minha mãe.
— Com certeza. Então está decidido! Quem quer começar? — minha mãe pergunta, e meu pai levanta o braço animado como se fosse uma criança de cinco anos.
A campainha toca no exato momento em que meu pai vai começar a dar as dicas do seu personagem. Levanto da mesa feito um foguete e grito um "pode deixar que eu atendo" todo embaralhado. Eu iria enrolar o máximo de tempo que pudesse naquela porta, nem que fosse o senhor Leroy – meu vizinho de setenta anos – que estivesse querendo falar sobre o asfalto da nossa rua.
Abro a porta sem nem me dar ao trabalho de ver quem é, porque não é como se tivéssemos crimes e outras coisas nesse ovo de cidade.
É Josh quem está aqui.
— O que está fazendo aqui? — pergunto, e ele enterra as mãos dentro do bolso da calça jeans que está usando.
— Vim para me desculpar por mais cedo. Foi uma piada sem graça, eu não queria te deixar triste.
— Eu não sabia que fazia cara de bunda quando via os dois juntos.
Josh ri, e eu o acompanho.
— Não diria cara de bunda... Mas uma bem irritada, sim.
Solto um suspiro e quando estou prestes a responder, minha mãe coloca a cabeça no hall de entrada e diz:
— Josh! Bem que achei ter escutado mesmo a sua voz, querido. Venha se juntar a nós, estamos começando a jogar "Quem sou eu?".
Passo um olhar de súplica para ele. Josh Cohen, diga agora que você precisa de mim para fazer uma atividade do colégio... Vamos, diga agora!
— Eu adoraria, senhora Harley. — Josh diz, e entra na minha casa sem cerimônias.
Quando fecho a porta e caminho atrás dele, lhe acerto um murro nas costas.
— Não entendeu o meu olhar?
— Entendi, Amélia-ah. — Josh usa esse "apelido" que tanto odeio. Ele sempre faz uma voz grave no "ah" como se tivesse um problema nas cordas vocais. — Mas eu nunca dispenso a deliciosa comida da sua mãe.
— Ah, mas vá se ferrar! — Empurro Josh para o lado e passo na frente. Escuto suas risadas ao fundo, mas me mantenho séria e sento na minha cadeira. — Não é possível que você goste de jogar isso.
— Eu gosto, você é que sempre perde.
— Porque esse jogo não é justo! — queixo-me. — Sempre pego a mesma carta e vocês já sabem quem sou.
— A bruxa velha do oeste. — Josh diz, e minha mãe ri.
— Quem vai levar uma garfada agora? — Ameaço e meu pai se mete, dando risada também.
— Se acalmem crianças... Ah, esses hormônios de vocês não sei não. — diz ele.
— Papai! — reclamo, ficando avermelhada.
— Bom, vamos começar! — Josh fala de maneira animada. — E tudo bem, Amélia. Se dessa vez você pegar a carta da Dolly Parton de novo, eu irei fingir que não sei quem você é. — Tento relutar, mas acabo sorrindo.
Josh é um idiota.
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Boaaa noite maravilhosas!
Capítulo de hoje foi minúsculo, mas amanhã compenso com outro. Vou pensar direitinho e estabelecer 2 dias de postagens na semana (terça e sexta, eu acho).
Pra quem não está entendendo o Drew, eu digo que logo mais ele terá utilidade kkkkkk E está bem perto...
Beijocas com pipocas ❥
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BẠN ĐANG ĐỌC
Garotas Venenosas
Teen FictionAmélia Harley define sua vida em uma única palavra: tédio. Além de não fazer parte de nenhum grupo social do colégio, possui apenas dois amigos: Josh Cohen e Grace Hill - ambos considerados seus amigos para sempre. A única coisa que movimenta sua pa...