Capítulo 91

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Sofia

McKinney fica á 70 quilômetros da nossa cidade, o que dá uma média de uma hora se a estrada estiver vazia. Localizo-me no mapa e cutuco Amélia que ainda está dormindo.

— O que aconteceu? — ela questiona, perdida.

— Nós conseguimos o nome da cidade, partiremos em alguns minutos.

— Mas... — Amélia coça os olhos e senta na cama. — São três horas da manhã.

— Só temos até o domingo para descobrirmos, se perdemos tempo para chegar lá, só iremos nos atrapalhar.

Amélia boceja.

— É, você tem razão.

— Eu consegui o endereço de uma antiga casa. — Noah diz abrindo a porta de supetão e caminhando até mim. — Fica numa parte mais remota da cidade, vamos ter que pegar informações antes de...

— Ou, ou! — Corto-o e rio sem jeito. — "Vamos"?

Noah cruza os braços e me encara.

— Sim, vamos. Eu, você e Amélia.

— Não!

Ele arqueia as sobrancelhas e respira fundo.

— Eu não vou poder ir? Tive todo esse trabalho e não vou nem descobrir do que se trata?

— Sim! — Afirmo. Eu não queria o Noah metido em nada que tivesse haver com a Emma, tenho medo que ela possa atingi-lo de alguma maneira.

— Sofia, — Amélia me chama e puxa-me pelo braço. — eu acho melhor o Noah ir. É uma cidade desconhecida, não sabemos como as pessoas de lá são e somos apenas duas garotas franzinas e curiosas. Eles podem ser hostis.

Estalo a língua e encaro Noah.

— Tudo bem, você vai. — Digo. — Mas prometa que não vai questionar nossas perguntas.

Noah concorda.

— Eu estou indo pela companhia.

...

A estrada está livre e conseguimos chegar dentro de uma hora. A placa diz "Bem vindo(a) á McKinney" sinto um frio na barriga porque estar nessa cidade significa que podemos descobrir coisas horríveis sobre a Emma e acabar de uma vez com tudo isso.

Ou não, também.

Noah dirige e faz algumas paradas para saber onde é o hotel que ficaremos. A cidade é muito pequena, ainda menor que a nossa, e é basicamente uma praça, igreja, um comércio minúsculo e algumas casas. O Google alertou para a quantidade de habitantes, não sei o que eu estava esperando.

Estrategicamente, o hotel ficava próximo ao colégio e a antiga casa que Emma morava. Não que nessa cidade alguma coisa ficasse afastado, de fato.

Após pegarmos as chaves do quarto (eu e a Amélia dividiríamos um, e Noah ficaria sozinho em outro – claro), colocamos as malas dentro e tornamos a sair.

— Onde vocês querem ir primeiro? — Noah questiona enquanto descemos as escadas.

— Ao colégio dela? — Amélia arrisca e sacudo a cabeça.

— Não acho que eles irão simplesmente soltar informações sobre a Emma, é um colégio... — digo e Noah me encara.

— É uma cidade pequena. — ele murmura. — Alguém vai falar.

...

O Colégio McKinney é, provavelmente, o maior estabelecimento da cidade – me lembrem de nunca mais reclamar de onde eu moro, por favor!

Garotas VenenosasOnde histórias criam vida. Descubra agora