Capítulo 24 | Sophia

2.1K 300 61
                                    

- O quê? – ele pergunta assustado.

- Desculpa Trevor, mas já me machucou duas vezes, não sei se estou afim de esperar por este um mês e correr o risco de você voltar dizendo que encontrou alguém por lá e que está apaixonado, ou que agora que voltou sabe que, sei lá, quer conhecer alguém novo, que não te lembre em nada ela. Parece que por mais que eu tente, por mais que eu faça de tudo para que você não pense nisso, sempre tem o fantasma da Anna para me atormentar. Eu de verdade adoro ela, por todo seu jeito meigo de sempre querer ajudar as pessoas, por tudo o que ela fez e faz por mim, mas não quero viver à sombra de ninguém, nem dela. – pronto falei, coloquei tudo para fora, quase que nem respiro.

- Você está certa! Não posso obrigá-la a isso, mas gostaria muito.

- O que posso te oferecer em primeiro lugar é a minha amizade. Vou adorar continuar a trocarmos nossas dicas de filmes, livros e conversas sem sentido, mas não vou me iludir que terei você no final deste um mês. Depois quando você voltar, conversamos pessoalmente e aí vemos no que isso vai dar.

- Tudo bem, por mim fechado. A única coisa que não queria era perder o contato com você, gostei muito dos momentos em que tivemos juntos e não queria perder tudo isto por que não consigo me livrar dos meus pensamentos. Mas pode deixar que vou conseguir e então poderemos conversar sobre nós.

- Ok, agora vamos comer que o cheiro disto aqui está maravilhoso. – falo tentando mudar de assunto, senão ficaríamos nesta mesma ladainha pelo almoço todo... E se ele realmente gostasse de mim, se ele realmente quisesse que eu curasse as suas feridas, ele ficaria do meu lado, não? Então vamos deixar o barco correr e depois vamos ver o que sobra disto tudo.

Realmente o prato que ele escolheu é perfeito e maravilhoso, o salmão promove uma festa em minhas papilas gustativas, o que me dá vontade de sorrir. Será que sou a única louca que sente vontade de ficar rindo quando como alguma coisa boa? É igual a sensação de quando comemos um chocolate muito bom, parece que ele até nos abraça.

- Posso saber do que você está rindo?

- Da sua excelente escolha. Adorei o sabor disto aqui. – falo apontando com o talher.

- Não é bom mesmo? É o meu prato preferido, tinha que te mostrar.

- Nossa, acho que se tornou o meu também. – respondo rindo.

- Tem muitas outras coisas que gostaria de te mostrar... Você não quer ir para meu apartamento saindo daqui? Assim te mostro meu diário...

Será que devo cair nesta conversinha? Mas também o que eu tenho a perder? Já sei que ele não me pedirá em namoro e que em pouco tempo viajará, então... Fico um tempo olhando para ele, tentando decifrar o que ele quer dizer com isso...

- Diário? – pergunto desconfiada.

- Não é um diário comum de acontecimentos do meu dia, igual aos antigos adolescentes, é tipo um diário de bordo, de todos os lugares legais por onde passei, em viagens ou não, onde escrevo tudo o que é bom, como se fosse um programa de dicas de viagem.

- Ah que interessante.

- Quero deixar com você, assim você poderá conhecer o que tem de melhor pela cidade. – filho da puta, ele não quer que eu o esqueça de jeito nenhum durante este tempo... Isso, judia do meu pobre coração.

- Mas acho que não poderei pagar por lugares como estes. – falo olhando ao redor daquele restaurante extremamente chique.

- Trouxe aqui só porque você é especial, mas tem muita coisa de rua também, que eu adoro.

WAKE ME UP | STRONGLYDonde viven las historias. Descúbrelo ahora