Capítulo 88 | Sophia

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Olho ao redor e ela está a uns 80 cm de distância.

- Me diz que foi você que jogou ela ali.

- Não, não fui eu... Não me lembro em que momento isso aconteceu...

- Como ela foi parar ali?

- Não tenho certeza...

Começo a entrar em crise.

- Por favor, tente se lembrar... Se não terei que tomar uma providência.

- Calma, deve ter sido apenas no final, quando não tinha mais energia para nada. Acho difícil ela ter caído no meio do caminho.

- Não sei, estamos tão besuntados de óleo, pode ser que tenha caído.

- Calma, não se preocupe com isso agora. Nossa noite foi tão maravilhosa...

- Como calma? Não posso pensar em um filho agora.

- Não precisa pensar, tenho certeza de que estava encapado em todo momento "crucial".

- Tem que estar encapado sempre, depois de ter gozado.

- Eu sei minha menina... Somos adultos, mesmo se acontecer algo...

- Não, não podemos antecipar as coisas

Fico alucinada, puta merda por que eu não comecei a tomar a porra do anticoncepcional? Sou uma anta mesmo. Na mesma hora começo a fazer as contas na minha cabeça para ver se eu estou no meu período fértil, mas a anta aqui não lembra direito o dia correto. Merda. Fico quieta um tempo, ao ver o meu desespero, ele se levanta rapidamente e me abraça:

- Calma minha menina, está tudo bem. Eu te amo muito e se algo acontecer vou amar ter um filho com a sua cara, o seu jeito...

- Um filho?! Você acha que agora é uma boa hora para isso? Sou muito nova, quero conquistar muitas coisas na minha vida.

- E você vai conquistar pode ter certeza, independente de qualquer coisa.

- Vou tomar um banho.

- Vou com você.

- Não, por favor. Preciso pensar.

- Soph, não aconteceu nada. Não teria como a camisinha escapar e ir tão longe. Com certeza fui eu que tirei no final. Veja a porra está dentro dela.

- Está??

- Sim. - ele pega e me mostra. Mesmo assim não estou muito convencida, afinal nesta noite foram muitas loucuras. - Vou tomar banho. - repito e o deixo.

Não sei o que passa em minha cabeça, mas estou tão revoltada comigo mesma, que não quero que ele me toque. É estranho, pois o amo demais, mas não quero vê-lo agora.

Ligo o chuveiro bem quente e deixo que a água caia em minhas costas na tentativa de me acalmar.

Poderia tomar uma pílula do dia seguinte, mas quando era pequena uma amiga da minha mãe tomou e passou muito mal. Ela praticamente teve uma hemorragia, então minha mãe fez eu prometer que eu nunca tomaria isto. Nem sei se o que ela tomou foi isso realmente, mas quando a moça começou a passar mal, chamou minha mãe para ajudá-la e eu fui junto, a cena daquele sangue todo não sai da minha cabeça, não queria ir contra o pedido da minha mãe. Não é certo quebrar uma promessa. Vai que sou "penalizada" por isso, afinal, mãe é mãe. Bom, tenho um tempo para pensar, afinal pode se tomar até 72 horas depois, certo? Depois que eu dormir, creio que conseguirei pensar melhor.

Demoro um tempo no chuveiro e quando saio, vou direto para a cama. Ele ainda está tomando banho, então aproveito para me animar em meio ao edredom.

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