Capítulo 35| Passado de Sophia

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Saímos da casa da Naty e encontramos a Sabrina na casa dela. Fazemos todo o caminho a pé, inclusive da casa da Sabrina até o barzinho, ela mora bem perto do centro.

Chegando no barzinho e não encontro o Caio. Droga! Cada dia que passa sinto mais sua falta. Nunca senti isto por outro homem. Queria muito que ele fosse somente meu, apesar de imaginar que minha mãe não aprovaria qualquer tipo de relacionamento que eu tenha com ele.

Encontramos uns outros dois caras, um deles é o da Sabrina. Eu não vou nada com a cara dele, sabe quando a energia da pessoa não bate com a sua? Parece que eu vejo a face do mal estampada em seu rosto e isso me provoca arrepios.

Eles nos convidam para ir de carro até a casa de um terceiro. Não quero ir, não me sinto bem perto dele, mas sou voto vencido e sou obrigada a aceitar.

Entramos no carro e seguimos para casa do outro cara. O da Sabrina é quem dirige e faz isso muito mal. Parece que a rua é toda dele, não para em faróis fechados, não respeita contramão, parece que nem chegou a tirar a carteira. Eu que não tenho noção nenhuma de direção, devo dirigir muito melhor do que ele.

Sigo o caminho inteiro morrendo de medo, sinto meus joelhos batendo de nervoso. Merda, por que fui aceitar! Mas também como poderia imaginar que seria um passeio com muita emoção?

Chegamos ao destino, onde pegam mais um cara para voltar ao barzinho que estávamos. Se soubesse que seria algo tão simples, tinha esperado lá mesmo, mesmo não gostando de ficar sozinha.

O que estava no banco do passageiro, passa a ficar atrás conosco, indo praticamente deitado em nosso colo. Logo que o cara que buscamos entra no carro, ele pergunta:

- E aí, da onde veio este carro?

- Do meu tio. – responde o affair da Sabrina rindo.

- Seu tio? – ele volta a perguntar e começa a vasculhar o porta luvas. Acha uma carteira, abre, pega um documento e completa. – Você tem um tio que chama Antônio? Mas ele não se parece nada com você... Conta essa? – pergunta de forma irônica, sabendo do que se trata. Meu pavor só aumenta, meu Deus estamos em um carro roubado!!! Sinto vontade de chorar! Não quero participar disto, mas o que eu posso fazer agora?? Pedir para descer? Não tenho a menor noção de onde eu estou!!! As outras duas não estão nem aí, será que sou a única desesperada?

Graças ao bom Deus chegamos sãs e salvas. Fico com vontade de descer e beijar o chão. Ficamos conversando um tempo ainda e eles decidem passarem a noite em uma cidade vizinha.

As duas antas estão super animadas e aceitam ir. Só de pensar na possibilidade, meu corpo estremece. A Sabrina ainda pergunta:

- Você tem certeza de que não vai? Hoje você vai dormir na minha casa e só poderá ir para lá quando voltarmos, pensa bem, levaremos umas duas horas e meia de viagem e provavelmente demoraremos umas duas horas lá, portanto não devemos voltar em menos de 5 horas. Você vai ficar sozinha? Parece que o pessoal foi todo para uma balada nova, ficará vagando pela rua completamente sozinha.

- Prefiro mil vezes dormir na rua do que entrar neste carro novamente.

- Aí Soph como você é bobinha.

- Boa viagem, meninas. – respondo desacreditando da opinião delas.

Será que eu é que sou a bobinha da história? Sei que o Caio também não é a virtude em pessoa, mas não acho que ele chegue a este ponto, pelo menos espero.

Me junto a um casal e mais um carinha que são amigos do Caio. Pelo menos terei companhia por algum tempo.

Eles decidem sair de lá para ir a um outro barzinho. No meio do caminho passamos por uma casa em construção e o casal se anima a entrar. Ah não, não quero ficar sozinha com o Bruno. Olha que eu não sou muito de escolher, mas não estou com a mínima vontade de beijar a boca dele.

WAKE ME UP | STRONGLYOnde histórias criam vida. Descubra agora