Filha de Ares

Bem vindos

Eles  se sentiram como se estivessem caindo em um abismo sem fim, Livi conseguiu apenas segura a mão de Estela quando o turbilhão veio e os separaram ela não fazia ideia de onde Matthew e Kyler haviam parado, só havia escuridão e claro, os gritos estéricos  de Estela, quando ela sentiu o empaqueto no chão.

-Livi, Livi acorde - Livi abriu os olhos e viu Estela, ela estava toda amassada e rasgada e com arranhões no rosto - Tela?  - Live disse com dificuldade, sua cabeça doía, ela deve ter batido em algum lugar durante a queda ou quando caiu. Ela levou a mão até a testa para ver se não havia sangue escorrendo, ficou aliviada quando viu que não. Estela ajudou Livi a se levantar, a escuridão em volta delas só aumenta, Estela tirou o celular e dentro de sua blusa ligou a lanterna - bem melhor - ela apontou a lanterna para Livi - onde  estão os meninos? - Estela movimentou a lanterna o redor delas mas não viu nada alem de roxas - não devem estar longe - Livi falou mexendo na bolsa e achando uma lanterna. - Já estamos em Tártaro, Livi? - Possível que sim, não sei exatamente porque nunca fui lá.

As duas começaram a andar em algo que parecia ser uma caverna, o lugar cheirava a  enxofre e carne podre, Livi pegou Rubia da suas costas e empunhou, quanto mais fundo andavam mais o cheiro de podre aumentava - Tela, pare acho que ouvir algo - Livi tomou a frente quando algo a atacou a derrubando no chão, Estela gritou  - calma, somos nos - quando Estela apontou a lanterna viu Matthew em pé com uma adaga na mão e Kyler em cima de Livi - já estou me acostumando a ficar em cima de você - Kyler disse a fitando - acho melhor você fazer um regime, Ky - Livi disse e logo depois lhe deu um selinho e ele saiu de de cima dela.  Estela olhou de relance para Matthew  podia jurar que ele estava pensando e enfiar aquela adaga nas costas de Kyler.

Os quatro seguiram juntos  pela caverna, Estela na frente com a lanterna e o punhal que ganhará de Kyler, Matthew logo atrás dela e Livi e Kyler na reta guarda. 

- Não aguento mais esse cheiro - Estela disse olhando rapidamente para trás - eu que achava que o cheiro de sangue no campo de guerra era ruim, mais isso... Livi tampou o nariz -  isso já sacanagem - Kyler a olhou e riu - me pergunto como Perséfone aguenta - todos riram do comentário de Kyler - o amor e cego caro Kyler, e sem olfato também - Livi disse rindo.

Eles continuaram andando pelo que parecia ser horas  até acharem uma luz forte  e vermelha - uma saída - Matthew sorrio olhando para Livi  que retribui com um sorriso de lado - você sera minha novamente -pensou ele. Estela parou quando chegou até a ponta da caverna, um rio completamente negro com o que parecia ser pedaços de pessoas  flutuando nele, mas não pedaços de membros como nos filmes de terror. Os pedaços eram como ectoplasma que se mexiam dentro dele - meu Deus o que é isso - Estela sussurrou, ela podia jurar que uma cabeça esta a encarando. 

- Estige, o rio dos mortos - Estela olhou para atrás e viu Matthew - uma vez Hermes me disse sobre ele, ele separa o mundo dos vivos e os mortos e quem cai nele tem sua alma levada - Estela se arrepiou - espera, como vamos a travesar? eu não quero ter minha alma tirada de mim, quero dizer sou nova para isso e como ela vai voltar de novo? ela volta né? podemos dar a volta que tal, assim não precisamos nos molhar e nem ter a alma levada.- Ela olhou para os três semideuses, eles estavam a olhando com a mesma cara de complexidade - Estela, você não sabe nada sobre mitologia não é? - Kyler disse pegado algo na mochila e colocando no bolso da jaqueta. - Não muito, porque? - era o que eu pensei - Ele disse passando na frente dela com Livi e Matthew rindo atrás dele - O que?  o que foi? - Estela olhou sem entender  - vamos Tela, apenas vamos - Livi saiu puxando a amiga.

Eles andaram pelas margens do rio, Estela ficou na outra ponta pois jurava que tinha uma cabeça a olhando, até que eles chegaram a um a espécie de porto, um homem alto e com uma túnica com capuz preto estava em pé nele - Bem vindo ao Tártaro - sua voz era fria e não dava para enxerga seu rosto pois o capuz o cobria por inteiro, Kyler se aproximou e tirou algo do bolso da jaqueta, eram moedas e ouro, deu para escutar a risada do homem - venham  - disse Kyler, e os outros o seguiram até o barco, quando o homem alto entrou Livi o fitou - queremos ir até  Hades.

 Dentro do barco eles ficaram um na frente do outro, Estela e Matthew de uma lado e Kyler e Livi de outro. Estela não para de encarar o barqueiro - ele se chama Caronte é o barqueiro do mundo dos mortos - disse Kyler prendendo agora os olhares de Estela, ela não disse nada e voltou a olhar  Caronte, Livi olhava para o rio, via rostos de pessoas entre outras partes passando e se perguntava que mal elas haviam feito para passar o resto da eternidade assim. - Estão escutando esses gritos? - Estela se encolheu dentro do barco, Caronte olhou para baixo - são gritos das almas sendo punidas e queimando no fogo.

O barco parou em um pie de madeira todo esburacado e com algumas tabuas aparentemente soltas - aqui termina sua viagem, espero que achem o que procuram filho de Hermes, Apolo e Ares - os quatro saíram do barco e viram barqueiro sumir numa nevoa vermelha.

Eles atravessaram a ponte com cuidado pós o fim do abismo que fica a baixo dela não era visível. Quando chegaram ao fim da ponte Livi  abriu a mochila de Kyler  e Cérbero saiu dela retomando sua forma original - Cérbero era cão de guarda aqui- Livi disse passando a mão em uma das cabeças deles - ele deve saber onde Ares e os outros devem estar - Matthew a fitou - Cão de guarda aqui? 

- Sim, meu pa .. Ares ganhou ele a algumas seculos e desde de então ele é nosso mascote oficial- ela sorriu olhando para os três encontrando o olhar de Kyler atras delas.

Matthew os olhou e seu sangue ficou mais quente que o próprio fogo do inverno - então nos vamos atras e Hades? - ele disse para interromper os olhares - acho melhor só tentamos achar os pais de vocês - Estela que respondeu e Livi e Kyler concordaram.  Kyler se aproximou e Cérbero que estava com as três linguás para fora - ache meu pai para mim, carrinha.

Cérbero abaixou as cabeças, farejou o chão e saiu correndo com os quatro atrás de si.