Antes - Parte 2

649 63 8
                                    

Vinte anos atrás.

Quando um Deus começa a amar, sua existência se torna mais doce e completa. O vazio que por milênios ele carrega dentro de si é preenchido, mesmo que seja por um curto período de tempo. 

Com Apolo não foi diferente, a primeira vez que viu Demétria Doherty sentiu seu coração preenchido, não sabia se era coisa de Afrodite, há como sua irmã gostava de provocar paixões momentâneas em seus irmãos, nada muito ofensivo era apenas o jeitinho dela de deixar eles mais contentes como Ares ficou, mas no caso dele, não era "obra" da Deusa, até para ela existia limites e com amor verdadeiro ela não mexia.

Demétria se tornou o próprio Sol para Apolo, ela era seu tudo e logo o amor dos dois cresceu e floresceu. Porém, nem tudo era perfeito, como o ditado diz " Somente Zeus é perfeito" é por mais belo  que o amor de Apolo e Demétria poderia ser ele era invejado.

Outro Deus tinha se encantado com a mortal e Deus pior não poderia ser, em seu tempo longe de sua esposa ele havia visto a bela jovem e a quis. Deuses não ligam muito para questão de fidelidade em suas uniões, a prova disso é o próprio pai do Olimpo, em seu tempo longe de sua esposa o Deus tentou de todas as formas cortejar a bela jovem até que em uma noite se aproveitando de um momento de fraqueza da mesma que havia se desentedio com seu amado por motivos provocados pelo Deus invejoso cedeu ao Deus e os dois chegaram aos atos de fato, foi apenas uma noite, um noite que deixou um fruto.

A bela jovem, a bela Demétria se entendeu apos com seu amado, deixando o Deus ainda mais furioso por ser deixado pelo Sol em pessoa.

Alguns meses depois, Apolo e Demétria descobriram a gravidez, teriam dois bebes, Demétria esperava duas crianças.

Os meses se passaram e o parto chegou, infelizmente a bela jovem teve complicações, era um ser frágil e um parto normal de gêmeos exigiu muito dela. 

Ver o corpo da amada sem vida foi sem dúvidas uma das piores dores que Apolo sentiu, junto com ela um dos  bebes havia ido, mal imaginava ele que o bebe morto ao lado da mãe era seu filho de fato.

Apolo pegou o pequeno bebe, o pequeno guerreiro como ele chamou em seus braços ele sabia que não poderia ficar com o menino, pelo menos por enquanto, apesar da longa existência e dos outros filhos, ele não fazia ideia do que fazer com o bebe, então deixou com a avó ate ter idade suficiente.

Apolo o chamou de Kyler, era o nome que sua amada tinha escolhido para um dos filhos, como ultimo ato de amor por ela ele deu este nome a criança.

O outro Deus sabendo da morte da bela jovem jurou destruir o amor dos seus, ele jurou que se ele não podia sentir o amor puro e sincero de um mortal nenhum outro Deus sentiria.

Lívia Caroline Bergmann, era um jornalista que havia viajado para Grécia para conhecer mais sobre a cultura do país para a coluna da revista/jornal onde trabalhava, era comum essas viagem para a jovem, em um dos passeios ela por acidente entrou em um antigo templo do Deus da Guerra, o mesmo se encontrava lá. Conhecidencia  ou destino? Isso é algo que ninguém sabe ao certo até hoje. A atenção do Deus foi atraída pela a jovem, no começo era mais uma aventura das tantas que ele tinha pelo mundo, porém, seu mundo se abalou com a presença da jornalista. 

Passaram alguns meses juntos em momento algum o Deus revelou o que ele era, antes tivesse feito isso, o Deus invejoso descobrindo o novo amor do Deus da Guerra tratou de cumprir a promessa que tinha feito, sabendo que a pobre mortal não sabia sobre o que realmente o amado era tratou de mostra-lá arrastando em uma das varias guerras criadas pelo o Deus da Guerra. Lívia ficou em choque e fugiu, ela  sem saber carregava o fruto do amor entre ela e o Caos.

O Deus da Guerra tentou suportar a falta da amada mas isso durou apenas uns meses, ele foi atrás dela e a quando a encontrou a viu com um linda barriga, estava quase perto da jornalista dar a luz, ele apareceu para ela,  e ela tentou fugir, mas não se foge do amor. 

Por mais que tente ele sempre estará em seu peito.

Enfim os dois se entenderam, o que a jornalista poderia fazer,  ela amava aquele Caos. O Deus precisou ir embora mais a promessa que ele voltava antes do bebe nascer ficou. 

Foi a ultima vez que ele a viu com vida.

O Deus invejoso descobrindo que o amor dos dois era mais forte que o próprio Caos da Guerra resolveu destruir o "mal" pela raiz.

Um simples copo de água envenenado foi usado, Lívia  caiu no chão da sala  da casa da irmã que quando chegou chamou a ambulância e seguiram para o hospital.

Lívia só conseguiu pedir para irmã protege-se sua pequena filha do Deus sombrio, infelizmente Olivia entendeu que este Deus era o pai da bebe.

Lívia morreu antes de da a luz a sua filha, a pequena teve que ser tirada as presas de dentro do corpo morto da mãe. 

Quando o Deus voltou, encontrou apenas o corpo da amada e sua pequena filha nos braços da tia, Olivia o culpava pela morte da irmã, ela não deixou que o Deus chegasse perto da pequena filha recém nascida e ainda o fez jurar que não iria se aproximar da criança. O Deus estava destruído por dentro, ele não entendia o que havia acontecido, Lívia parecia bem quando ele partira. Atendendo o pedido de Olivia ele jurou não se aproximar, afinal, um Deus quase sempre cumpri suas promessas.

O Deus invejo não satisfeito apareceu para o casal de tios da pequena, ele propôs uma ajuda, um encanto que afastaria o Deus da Guerra da pequena menina, os dois o interrogaram do porque a ajuda, o Deus invejo apenas alegou que era um presente para a pequena, ela não merecia um pai como o Caos, mal sabiam eles que aquilo era não tinha nada a haver de fato com a pequena, era apenas para causar dor  no outro Deus.

O encanto foi feito e o Caos e até mesmo a Discórdia não conseguiram chegar perto da pequena, sorte deles que o Amor a vigiava.

O Amor achou um jeito de ajudar, era incomodo a dor que Guerra sentia mesmo que não demostrasse, ele havia perdido a unica coisa que o trazia a humanidade e o fruto dele.

Então a Guerra começou a visitar a sua filha pelos sonhos,  nenhum encanto poderia separar o sangue que os uniam e assim ele viu sua pequena crescer, ela tinha muito da mãe, as sardas no nariz, a falta de tamanho e o belo sorriso.

Infelizmente, o Deus invejo não parou apos destruir o amor da Guerra, ele continuou, outros Deuses e Deusas sofreram o mesmo, até que o Sombrio teve a ideia de usar Deuses contra Deuses, era um plano teoricamente fácil, afinal, os Deuses por si só já viviam quase em guerra, exemplo disse era a Discórdia e o Amor. 

Ele até conseguiu ajuda de um semideus para isso, mais não foi bem sucedido.

Durante a execução de seu plano algo chamou sua atenção, o fruto da sua amada do passado para ser mais exato. 

Ele apenas ligou os pontos.

Ao procurar o jovem rapaz apenas usou as palavras certas, o mesmo já se sentia estranho consigo mesmo. Ali o pai reconheceu o filho e o filho reconheceu o pai.

Quem diria que uma unica noite mudaria a vida de tanta gente?!

Filha de AresWhere stories live. Discover now