Jardim das Rosas

810 59 16
                                    

Matthew

-Esse lugar me da arrepios – Matthew olhou para Lisa, a menina abraçava o próprio corpo – dá? – O grupo seguia pelo jardim de Hades, era um local bem cuidado cheio de rosas e cravos vermelhos - até que é um lugar bonito – Erick disse olhando em volta – isso que o torna arrepiante – ele se virou e viu Lisa olhando para uma rosa. -Comparado com Tártaro isso aqui e o Campos Elísios – Estela disse olhando para Matthew, uma onda de calor o invadiu ao ouvir a menção de tal lugar, lugar que ele traiu seu sangue e quase havia perdido a vida. – Qualquer lugar é melhor que lá – Matthew se virou para frente e continuou andando em direção ao castelo sendo seguido de perto pelos outros.

 Estela tentando fazer um trança em seu cabelo, assim como Lisa, Erick rodando sua espada na mão e Millus olhando em volta atentamente e pensando– q que acontece se falharmos?– Todos viraram em direção a ele e ele continuou – digo, claro, iremos morrer mais e o resto se Hades vencer .. – os outros, por mais que não admitissem já tinha pensando nessa possibilidade, seria o fim de tudo, quando tudo foi criado, antes mesmo dos Titãs, foi criado o equilíbrio e mesmo depois da queda dos Titãs o equilíbrio permaneceu. Os Deuses embora sejam (salvo alguns, uma mínima porcentagem) concentrados apenas em si próprios presavam por esse equilíbrio afinal era o único sentido real da existência deles, alguns até já tentaram acabar com a humanidade ou ainda tentam, exemplo Ares, mas era algo necessário, é algo necessário para fazer as coisas girarem. Mas, se eles morressem? O que aconteceria? A única noite que Luna ficou morta já causou sérios danos, pelo mundo, a Lua não apareceu quando deveria aparecer, as marés ficaram desordenadas fora outros problemas.

– Ele não vai vencer – Matthew olhou para o grupo de semideuses que se olhavam, a maioria dos semideuses presentes e os não presentes só conheciam os pais/mães Deuses, embora não seja muito comentado, muitos mortais quando descobriam o que seus amores eram realmente tinha reações controversas, alguns queriam usar isso para beneficio próprio, usar a divindade do Deus para conseguir coisas materiais ou supérfluas, muitos fugiam, como a mãe de Lívia e outros como no caso de Millus, quando a relação gerava frutos abandonavam as crianças para o pai/mãe divino criar, não que nenhum Deus não tenha feito algo para contribuir ou ate mesmo deixar um filho de lado, como na antiguidade. Mas, a maioria li só tinha o pai/mãe Deus e como qualquer outra pessoa normal era terrível imaginar perder o pai/mãe. Matthew sabia muito bem disso, ele era uma exceção, pode viver com os pais juntos durante um tempo, mas por egoísmo de sua mãe perdeu isso e mesmo teno pouco tempo com Hermes era terrível pensar no Deus morto, agora imagine para os assim como Lisa e Millus que foram criados pelos pais, ate mesmo Erick que não convivia tanto com o pai assim, imagine o que causaria para eles perder a única família que tinham.

- Vamos acabar com ele, já fizemos isso uma vez e vamos fazer de novo – Estela disse empunhando a espada – essa mortal da mais medo que Ares as vezes – Erick disse rindo fazendo Estela lhe da língua.

Os cinco seguiram pelo jardim das rosas malignas (como Lisa havia batizado o local) – silencio – Millus sussurrou fazendo os outros pararem, Matthew retirou a besta do ombro e apontou a armar – todos juntos – disse em um sussurro os outros se aproximaram formando um circulo. Millus e Erick ficaram em posição de ataque – tem alguém nos observando – Estela disse olhando por entre as flores, se tem uma coisa que ele tinha aprendido convivendo com Cérbero Junior era notar quando alguém, no caso algo a observava o cão tinha o péssimo habito de ficar na forma de chihuahua e andar pelo castelo de Ares seguindo os seus moradores. Ele se virou com a espada em punho – eu sei que você esta ai – ela falou em um tom mais alto apontando a lamina da espada para as rosas sem sair da formação.

- Que menina esperta – todos olharam para o outro lado – estou observando vocês a tanto tempo, e a mortal foi a primeira aperceber – Matthew apontou a besta para a mulher ruiva parada em sua frente com uns passos de distancia- não perder seu tempo, filho de Hermes – a mulher abriu um largo sorriso exibindo sua dentição branca, branca até de mais – quem é você? – Matthew não falou ainda com a besta apontada para mulher – me chamo Inzia – ela disse se aproximando, de perto dava para notar o contrates da sua pele branca com seus longos cabelos ruivos – vocês não deveriam estar aqui – seu olhar ficou distante e Matthew podia jurar que um pouco tristes também. Lisa ficou fitando a menina de longos cabelos – você é uma ninfa – os olhares de Inzia foram para menina – si.. sim- sua voz vacilou – sou a Ninfa das rosas – ela deu um sorriso triste. Matthew buscou na memoria buscou exatamente a imagem da rainha das ninfas Hérmia, elas eram parecidas – você se parece com Hérmia – a menina deu uns passos para trás – Hérmia, min. – Lisa agora sabia de onde já conhecia o rosto da ninfa – ela é sua mãe não é? – Inzia não disse nada por alguns minutos – ela esta viva? – os cinco se olharam – ela esta. – Inzia ficou em silencio novamente, um brilho em seus olhos floresce – eu sou a princesa Inzia – ela disse depois de uns minutos - e porque você esta aqui? Por que se virou contra sua mãe? – Lisa a olhava – ela não teve escolha – Estela disse olhando para meninas, era obviou nem as ninfas eram tão pálidas assim – ele te matou não foi? – a menina concordou com a cabeça, era isso que ele estava fazendo, matando os filhos de Desuses e criaturas para usa-los contra seus pais – e me mandou matar quem entrasse no castelo dele – a ninfa disse segurando as lagrimas, ela não queria machucar ninguém, como nunca diz. Inzia ainda se lembrava da manhã que foi morta, ela mais um híbridos estavam dos campos de Andrômeda era um lugar lindo até que Hades surgiu com um menino um pouco menor que parecia ser um sol, ela ficou para dar tempo dos menores fugirem, suas irmãzinhas fugirem. Ela ainda sentia a dor no peito causada pela espada o atravessando. Inzia levantou a cabeça e olhou para o grupo – me desculpem, eu eu... – ela deu um grito alto e estridente fazendo os outros tamparem os ouvidos, Inzia caiu de joelhos e colocou as mãos dentro da terra e levantou a cabeça. Seus olhos estavam por inteiro brancos , tudo começou a tremer era como se um terremoto os atingissem – corram – foi tudo que ela conseguiu falar antes de perde o controle sobre sua essência .

Filha de AresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora