Voltas

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A única coisa ruim de ser a dona de dois estabelecimentos sem sócios é que se der problema quem resolve é você. Por algum motivo a distribuidora descidiu que eu não precisava receber cerveja e não entregaram a mercadoria para mim. Resultando em eu fechar a loja mais cedo de música para ir até o escritório deles para resolver, já que por telefone estava impossível. O início problema era que o escritório e o depósito eram no mesmo local, onde várias fábricas ficavam, inclusive da Princesa Bonnibel. Terminado a conversa com um pedido de desculpas e uma compensação da parte deles, peguei a moto para voltar para casa. E assim teria feito se um ser não tivesse pulado o muro do Reino Doce, eu não tinha mais relações com você, mas não vou negar ajuda a alguém. Parei a moto e fiquei esperando para ver o que ele havia pego, minutos depois vejo a mesma sombra sair correndo de lá e ir embora. Como eu tinha um estabelecimento para abrir, funcionários para instruir e eu já estava atrasada. Resolvi seguir o meliante, apenas para me lembrar o quanto sou trouxa por você. Fui com a moto a uma distância razoável, a medida que eu reconhecia as ruas mais eu me preocupava. Quando vi o ser parado na frente da oficina do Simon e abrindo a porta para entrar tudo ficou escuro na minha mente. Parei a moto em um lugar seguro, não retirei o meu capacete e segurei o meu bastão retrátil para investigar. Entrei sem fazer nenhum barulho, como muitas vezes fiz na minha vida e procurei por ele.

As coisas não estava mais como eu havia deixado, tudo vazio, móveis estavam por toda oficina, mas algo me dizia que nos quartos não haviam mexido. Vi a sombra de costas para mim, deduzi ser um cara e pela raiva que eu senti por ter a minha casa invadida controlou minhas ações. Segurei-o pelo ombro virando e prensando com o bastão o seu pescoço, com a raiva isso o fez levantar alguns centímetros do chão. Analisei seu rosto e sabia exatamente onde tinha o visto antes, ele estava na mesa com a Íris e a Bonnibel, sua feição era assustada, mas por um breve momento fez-se um sorriso. Eu o soltei e me afastei para o lado rapidamente preparada para bater também em sua companhia. Vi o outro rapaz, que eu acredito ser namorado da Íris, bater no loiro a minha frente com um pedaço de ferro. Percorri meu olhar pelo local procurando mais pessoas e voltei para os dois a frente com um leve sorriso no rosto.

— O que fazem na minha casa? — Minha postura demonstrava poder e era exatamente isso que eu desejava mostra. — Respondam, agora! — Ordenei batendo a ponta do bastão atrás do joelho do que eu acreditava ser namorado da Íris.

— Se fosse sua a gente não teria conseguido morar aqui por tanto tempo — o loiro com a touca branca retrucou tentando me atacar com um soco, desviei fazendo-o desequilibrar um pouco.

— Então os babacas são sem tetos e invadiram a minha propriedade, espero que gostem de sentir dor — afirmei sentindo a adrenalina correr no meu sangue. Simon se esforçou tanto para ter a oficina do jeito que ele queria para dois moleques mexerem lá.

— Somos dois menina — o outro resolveu falar se aproximando — conseguimos dar conta de você.

— Tente a sorte Jake — meu tom saiu sombrio, eu chutei, não sabia se a Íris ainda estava namorando o cara que tem esse nome. Todavia a cara de espanto dele me fez acreditar que eu havia acertado — eu faço questão de destruir a sua vida como a da Lady Íris.

— Não ouse falar dela — o outro se prontificou avançando em minha direção, a raiva dele só serviu para deixá-lo cego, enquanto ele pulou para bater algo em mim eu retirei o capacete o acertando no processo.

— Finn — o outro gritou ficando ao lado dele — acho que não podemos mexer com ela, parece que ela sabe de mais.

— Ótimas escolhas — falei chegando a ponta do bastão perto do rosto deles — acredito que vocês conheçam a fama da herdeira da Noitosfera. Eu só para quando tiro a alma do seu corpo — sorri chegando perto deles.

Somente vocêWo Geschichten leben. Entdecke jetzt