Consequences 🎶

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Dirty tissues, trust issues
Lenços usados, problemas com confiança
Glasses on the sink, they didn't fix you
Copos na pia, eles não te consertaram
Lonely pillows in a strangers bed
Travesseiros solitários na cama de um estranho
Little voices in my head
Pequenas vozes em minha cabeça
Secret keeping, stop the bleeding
Segredos mantidos, pare o sangramento
Lost a little weight because I wasn't eating
Perdi um pouco de peso porque não estava comendo
All the souls that I can't listen to
Todas as almas que eu não consigo ouvir
To tell the truth
Para ser honesta

Não sei descrever em palavras o quanto que eu me odeio por estar nesta situação. Voltar para a cidade e ver Marcy me tratando do jeito que me tratou, quando parti pensei que tudo estava bem entre nós. Erro meu, eu abandonei a mulher que me ensinou a amar no pior momento da vida dela, depois do dia da morte de sua mãe. Peguei o saco de doces que foi deixado no meu carro e sorri para a última jujuba do pacote, pode parecer simples, mas foi a melhor coisa que me aconteceu ultimamente. Pois além de destruir a felicidade dela a alguns anos, recentemente a fiz receber dois tiros, penso que nunca ela iria acreditar que a amo. O gosto do doce se tornou amargo e desagradável com esse pensamento, é assim que eu me vejo. Parti pensando que ambas as partes desejava um tempo para sim, para crescer. Nunca pensei em abandoná-la. Nunca quis trocá-la pelo Reino Doce. Nunca quis fazer ela sofrer. Mas fiz, fiz tudo e ainda mais, eu não cumpri nenhuma promessa que fiz, não a protegi como disse, não a amei como falei que faria. Eu virei as costas para ela no momento que ela mais precisou e quando eu estava em perigo, lá estava ela levando dois tiros.

Como que Marcy ainda conseguiu me dar um pacote de doce? Tudo bem que ela deixou no meu carro quando saiu sem dizer nenhuma palavra, depois de ter chorado no meu ombro pelas meninas terem ido embora. Todavia, para mim, significou muita coisa, eu a amo, realmente fiz besteira no passado, mas farei tudo que estiver no meu alcance para reconquistá-la. No fim, se ela estiver feliz sem mim eu ficaria contente por ela estar bem, chateada pelo amor não correspondido, mas a felicidade dela em primeiro lugar. Olhei no relógio e já marcava o fim do meu expediente, "Parabéns,Bonnibel! Passou mais um dia todo sem fazer mais nada produtivo". Suspirei começando a guardar as minhas coisas, três dias em que a Marcy saiu do hospital. Três dias que minha mente só lembra dela chorando copiosamente. Três dias em que eu não faço nada produtivo e dois em que Menta declarou que teria que viaja com Neddy para o exterior. Mary disse que a tal LSP não era uma boa pessoa para cuidar de Marcy e alguma coisa dizia para mim que era melhor eu ir na casa dela. Juntei tudo que precisava da minha mesa, joguei de qualquer jeito na minha bolsa e tranquei minha sala, despedi dos guardas e segui para o meu carro.

Joguei minha bolsa no banco de trás e tentei passar a chave na ignição, mas percebi que minha mão tremia, não sabia porque e o aberto em meu peito só crescia. Respirei fundo e me concentrei, consegui colocar a chave, liguei o motor e segui em direção a casa dela, o trânsito estava infernal. Xinguei todos os carros a minha frente, eu sei que eles não tinham culpa, porém eles me distanciava dela. Vi um desvio logo a frente e consegui um trânsito mais fluido, comemorei, mas logo me arrependi, vi o céu começar a ficar escuro. As nuvens carregadas tamparam a luz do sol e uma chuva pesada iria cair em pouco tempo, acelerei para chegar no lugar antes que começasse. Encontrei a fachada da casa dela em pouco tempo, as grades fechavam a entrada para a loja de música. Ao lado uma porta dupla com uma caixa de correio cheia de rosas, três para ser mais exata, isso significa que Marcy não desceu. Alana havia comentado que a primeira coisa que Marcy fazia no dia era descer e pegar as rosas para colocar dentro de casa. Encarei a caixa de correio e comecei a procurar a chave extra da casa, ela não parecia ter mudado tanto a ponto de esconder a chave em outro canto. Um pequeno sorriso cresceu quando a encontrei, Marcy escondia naquele lugar, pois a mãe dela deixava lá quando ela esquecia ao voltar para a casa depois da escola. Entrei e tranquei a porta e subia as escadas correndo, bati na porta e ela abriu lentamente. Pude escutar o telefone fixo tocando, chamei várias vezes antes de entrar. Escutei o toque de celular da Marcy, que era o mesmo de sempre, e ninguém atendeu, caminhei até o som a fim de procurá-lo. Chamei Marceline por todos os cômodos, contudo nem sinal dela, o celular tocou novamente, ele estava na minha mão caso acontecesse.

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