Game over

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Terminei de arrumar a casa, depois da bagunça que nós fizemos, e vi Alana entrar brava pela porta e foi direto para o quarto dela batendo a porta. Bonnie logo apareceu preocupada e eu acenei para a porta dela e fui a procura de Mary. As duas pareciam tão felizes quando saíram, olhei para Bonnie e beijei-lhe a testa antes de sair, seus cabelos ainda estavam úmido pelo recente banho. Desci as escadas correndo e encontrei uma Mary emburrada apoiada na moto dela, seria cômico se eu não estivesse preocupada. Eram poucas as vezes que eu a via brava, não deixava de ser fofa, o que a deixava mais irritada. Fiquei ao seu lado passando um braço sobre os seus ombros e a encarei.

— Deu tudo certo para vocês duas? — Perguntou distraída olhando para Zoe que parecia estar incomodada com a situação.

— Divino — respondi afagando a pequena, que já estava enorme — mas o que houve entre vocês?

— Eu prefiro não comentar — respondeu tão convicta que eu quase desisti.

— Está te incomodando, sei disso, acho que eu terei que usar as minhas técnicas para resolver isso.

— To sem clima para brincadeiras Marcy — retrucou se desvencilhando dos meus braços, eu tirei a guai da Zoe de suas mãos.

— Zoe fica — levei ela para a calçada e encarei Mary — vem aqui.

Ela tentou correr, mas eu consegui a pegar no colo, ainda que a contra gosto, Zoe parecia extremamente confusa por não entender nada. Peguei a guia dela e subia a escadas com as duas, chutando a porta para fechar, em casa já a levei para o meu quarto para conversamos melhor.

— Vamos me diga, ou teremos cosquinhas — ameacei e ela me fitou chamando Zoe.

— Você era mais compreensiva — acusou.

— A causa do seu possível problema não morava em casa — justifiquei rapidamente.

— Ela não é a causa e sim uma morena muito bonita que passou a tarde a roubando de mim — abraçou Zoe que nem reclamou dos afagos que recebia.

— Conte-me mais sobre essa mulher — me posicionei atrás dela afagando seus cabelos.

— A gente saiu para deixar vocês duas a sós, começamos andando no parque quando de repente uma mulher esbarra na gente. Até aí tudo bem, só que quando eu vi, minha namorada estava abraçando a desconhecida e elas estavam super animadas.

— E você ficou com ciúmes.

— Sim! A mulher era linda, tinha cabelos curtos e pretos, no pescoço tinha algumas tatuagens que eu não olhei tempo o suficiente para. E ela mal me apresentou como namorada — suspirou frustrada.

— Bom, depois falamos disso com ela, mas essa mulher tem um nome? — Perguntei aflita, não gosto de vê-la assim.

— Paula, para piorar a situação a Zoe nem para rosnar para ela rosnou.

— Pela descrição e nome acho que é a veterinária dela — ri um pouco — ela achou que eu fosse mãe da Alana.

— Não gosto dela, as duas ficaram cheias de intimidade e tudo mais, teve até um momento em que as duas ficaram conversando sozinhas e eu tive que inventar algo para fazer.

— E o que a Alana te disse?

— Que ela era uma amiga muito importante, que ajudou ela quando ela era mais nova — resmungou baixo — depois ela ficou brava por eu ter ciúmes e voltamos para casa. Não gosto de ficar brigada com ela.

— A Paula conhece o pai da Alana, eu meio que contei que estão morando juntas, ela parece ser uma boa pessoa e ela é irmã do Sam. Não sei o que elas passaram, mas parecem ser realmente boas amigas.

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