Hello 🎶

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— Günther eu preciso que traga aqui um rapaz chamado Leandro Paládio, não sei como é ou onde pode encontrá-lo. Só quero ele aqui, sei que você tem seus meios para isso — falei e ele me encarava sério, direcionei a minha atenção para Ana que me olhava curiosa — eu preciso sair daqaui o mais cedo possível, só me diz o que tenho que fazer para isso. E Bonnibel quanto que já gastou com o hospital?

— Alguém acordou com a corda toda — Ana comentou e começou a fazer os exames.

— Eu prefiro quando você esquece com que eu trabalho e de que é uma Abadeer — o homem comenta arrumando a gravata.

— Vai por mim, eu também prefiro — respondi e vi ele sair da sala, logo ele voltaria com a "encomenda" — alguma melhora senhora Fernandes?

— Seu quadro está bom, se continuar assim sua alta será em breve — pude ver ela comprimir os lábios, ponderando se iria falar ou não, suspirou fundo e me encarou — eu acho que sei quem é o rapaz que procura, mas acredito que isso vai trazer alguns problemas para o hospital. E pior para a sua saúde.

— Pode ficar tranquila que lidei com pessoas piores — respondi séria, com quem que as minhas meninas estavam metidas — muito obrigada pela consideração.

— Disponha, o meu trabalho já foi feito — guardou seus aparelhos — se continuar assim sairá no fim desta semana.

— Seria ótimo — eu e Bonnibel respondemos em uníssono e ela sorriu para nós. Ficamos em silêncio durante um tempo, mas não me incomodava.

— Pediu para me chamar? — Ela parecia nervosa.

— Você está pagando o hospital, não é mesmo? — Procurei alguma reação, mas seu rosto estava direcionado ao chão. — LSP não me ligou perguntando sobre os gastos do hospital, sei que se tivesse saindo do meu bolso ela se preocuparia.

— Não é nada de mais — suas mãos estavam em suas costas, impedindo que eu as visse, porém tenho quase certeza que estavam se apertando — perto do que fez para mim, esse gesto não passa de um grão.

— Talvez — a tensão dela era evidente — seus irmãos estão na cidade?

— Sim, estamos morando juntos.

— Nunca conheci o Neddy, todavia se ele for parecido com o Menta já sei que me odeia.

— Ele não te odeia — resmungou incomodada.

— No primeiro dia em que ele colocou o olho em mim fechou a porta na minha cara, depois só foi piorando, então eu acho que ele no mínimo não vai com a minha cara.

— Um pouco — comentou se sentando ao lado da cama — ele só acha que você vai surtar do nada e voltar a fazer merda.

— Talvez ele esteja certo — ri da expressão dela — é sério os meus dois últimos surtos me renderam uma adolescente em minha casa e dois tiros.

— Alana parece ser uma boa pessoa, apesar do que deve ter passado, Mary também, mesmo tendo me xingado.

— São uns amores, Alana só está sendo quem realmente é agora que os pais dela estão longe e eu acho que isso faz valer a pena a correria que deu para conseguir a papelada. Não foi figura de linguagem o dia para noite.

— O tempo não tirou a sua impulsividade — sorriu fraco em minha direção.

— Deve ter piorado, durante um bom tempo eu não tinha que me preocupar com ninguém além de mim mesma, por que Simon estava internado e lá sua integridade estava garantida.

— Eu si. — Sua frase foi interrompida por batidas na porta.

— Senhorita Abadeer — pude escutar a voz de Günther do outro lado, isso que eu gosto, competência no que faz — trouxe a encomenda.

Somente vocêWhere stories live. Discover now