Parte 02

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Adam Carter | Atlanta

Entro no escritório sabendo a merda que me esperava, encaro meu pai e meu avô e passo a mão no queixo, sem paciência pra qualquer merda que estejam pensando, vejo meu advogado me esperando e caminho até minha cadeira de coro atrás da grande mesa

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Entro no escritório sabendo a merda que me esperava, encaro meu pai e meu avô e passo a mão no queixo, sem paciência pra qualquer merda que estejam pensando, vejo meu advogado me esperando e caminho até minha cadeira de coro atrás da grande mesa.

— Sejam rápidos, tenho o que fazer, não costumo ficar esquentando cadeira o dia todo — digo sério ao me sentar e vejo meu avô ri.

— Problemas com seus homens? — pergunta e eu o encaro, eu sabia que tinha dedo dele nas merdas que aconteceram ontem.

— Nada que eu não consiga resolver — respondo sério e ele assente e eu encaro meu pai, que é um pau mandado do meu avô.

Nossa família vem de uma grande facção envolvida na máfia, passada de geração pra geração, onde envolve apenas homens, e é exatamente por isso que não existe nenhuma mulher com o sobrenome Carter. Por que meu avô não se casou, nem mesmo o pai dele e o vô dele, é uma das maiores leis da nossa família, onde não envolvemos mulheres. E é por isso que temos mais de cinquentas prostitutas em cada boate nossa. Já que pra nós, mulher só tem dois benefícios, sexo, e procriação. Apenas! E só precisamos delas pra quando precisamos disso.

Meu pai decidiu engravidar uma puta quando ele tinha dezesseis anos, por que na cabeça dele ele precisava de um herdeiro, ou seja, um pau mandado, mas a diferença é que eu não nasci nada parecido com ele. E quando completei quinze anos eu já queria meus próprios negócio, no início ele se orgulhou, mas agora se arrepende, por que ele sabe que me tornei melhor que ele, o que o envergonha na frente do meu avô. Já que eu tenho vinte e sete anos e tenho um império que eles não construíram até hoje. São apenas mafiosos amadores, enquanto eu comando a linha de frente desde os dezenove anos.

— Seu pai estava pensando, sobre o que falamos no mês passado — meu avô diz e eu franzo o cenho e encaro meu pai.

— Ele fala por você? — afronto meu pai e ele fica sério se mexendo no sofá, ele detesta quando eu o afronto em relação ao meu avô.

— Não acha que já está na hora de um herdeiro? — meu pai diz e eu franzo o cenho — Um grande império como o seu, sem nenhum herdeiro pra isso tudo?

— E por que eu iria querer um herdeiro agora? Não me beneficiaria em porra nenhuma — digo sério — não tenho cara de que quer criar um pivete por agora.

— Quer morrer e deixar tudo pros seus inimigos? — meu avô diz sério.

— Não tenho planos de morrer agora, e cá entre nós, não é fácil assim, muitos já tentaram — dou de ombros sabendo que meu avô é um dos que mais tenta me colocar no saco preto.

— Eu tive seu pai com quatorze, ele te teve com dezesseis — meu avô diz sério — é um legado.

— Quando eu quiser um herdeiro, eu me enfio em qualquer puta e resolvo isso, não é o que eu quero no momento, e isso quem decide sou eu — digo apoiando na mesa encarando os dois — e sabemos bem que se eu morrer, vocês dois irão disputar quem ficará com o que é meu, não era pra estarem querendo que eu engravide alguém agora.


— Falando assim até parece que somos seus inimigos — meu avô ri de canto mostrando seus dentes de ouro.

— Agora podem ir, tenho muita porra pra resolver hoje — digo sério e meu pai concorda — e avise seus homens, que se atirarem em um dos meus mais uma vez, eu mesmo mato todos — digo ao encarar meu avô que apenas ri provocativo.

Vejo meu pai me encarar antes de sair e nego com raiva quando fecham a porta do meu escritório e eu encaro meu advogado ali calado, mas logo se mexe na cadeira.

— A papelada que me pediu, ficou pronta — ele diz com aquele jeito frouxo dele e eu concordo.

— Quero que puxe uma coisa pra mim — digo e ele ajeita o óculos no rosto — as leis e os termos da família Carter, preciso da uma lida.

— Sobre a herança?

— Também — digo e ele concorda já se apressando em se levantar.

— Com licença senhor — ele diz ao sair e eu passo a mão no rosto pensativo.

Não acho que eu precise de um herdeiro, nunca pensei em fazer um, até por que eu não quero ninguém herdando nada que eu batalhei pra ter, assim como eu não herdei do meu pai, a única coisa dele e do meu avô que carrego é o sobrenome. De restante, foi meu suor que consquistou tudo, não veio deles, não veio de herança, não foi herdado. E não acho que um filho meu precise vim ao mundo herdar as porra que eu conquistei. Sem falar que não quero engravidar uma puta pra ela carregar um moleque meu por 9 meses e eu ter que matá-la depois, ou ficar dando pensão pra manter ela longe de mim pelo resto da vida, como meu pai fez. Mas não durou muito, já que meu avô disse que ele estava de quatro pela puta, e meu avô mesmo teve que matar a puta, que me gerou.

E ainda tem o lance de ter que ser um moleque, por que se for uma menina, temos que interromper a gravidez, e tentar novamente, não há meninas na família Carter.

•••

Saio do escritório indo até a sala onde pego um cigarro acendendo em seguida e vejo Ryan entrar na mansão já dando um sorriso de canto.

— Está sabendo? Derrubaram os filho da puta do seu avô — ele diz indo até meu sofá, se jogando nele.

— Ótimo, assim ele aprende a deixar eles fora do meu território — digo fumando meu cigarro, afrouxando minha gravata.

— Eai? Decidiu o que faremos a respeito do Júnior?

Ryan pergunta e eu nego, me sentando no sofá ao lado enquanto solto a fumaça da boca e o encaro.

— Ele está se empenhando em tentar me matar, chega a ser engraçado — digo sorrindo de canto — deixe-o continuar, quero ver até onde ele consegue chegar.

— Podemos o matar rapidinho — Ryan diz dando de ombros e eu nego.

— Júnior tem cede de vingança pelo que fiz ao pai dele, me divirto com os fracassos dele — digo e Ryan ri negando.

— Passei pra te chamar, vai pro racha hoje? — Ryan diz ajeitando sua jaqueta e mexendo em seu cabelo bagunçado e eu nego.

— Vou pra boate — digo e ele ri ao me encarar.

— Que foi, a bunda da Nara anda melhor que os carros ultimamente? — ele diz e eu nego rindo de canto fumando meu cigarro.

— Não enche Ryan — digo e ele nega rindo.

Conheci o Ryan a uns sete anos, já que o pai dele trabalha pro meu, foi fácil de nos conhecermos e começarmos uma amizade, mas antes disso veio muita merda, já que éramos os dois trabalhando para os pais no meio do crime, descobrindo e aprendendo tudo que sabemos hoje. E quando saímos fora do que nossos pais mandavam, eu cresci meu próprio império, e é claro que Ryan faz parte dele, além de ser meu braço direito na máfia, é meu melhor amigo.

Amor e Império Where stories live. Discover now