Parte 29

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Jasmine Pirce | Atlanta

18 anos, é a idade que eu completo hoje

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18 anos, é a idade que eu completo hoje. Eu que sempre amei aniversários, estou aqui debaixo de uma coberta segurando um pote de sorvete em uma mão e uma colher na outra. Minha mãe costumava comprar sorvetes para comermos juntas e assistir a algum seriado pela manhã no meu aniversário, e esse é o meu primeiro aniversário sem ela. O que é uma droga. Coloco o pote de sorvete sobre minha mesinha e atendo a Poliana que estava me ligando.

Oi Poli — digo ao atender.

Me recuso a você querer passar seu aniversário em um quarto — ela diz e eu sorrio.

É só mais um dia normal Poli.

— Deixa de ser chata Jasmine, vamos comemorar sim.

— Um filme que tal?

— Não mesmo, vamos comemorar em grande estilo.

— Poli eu não estou no ânimo — digo me sentando na cama.

Trate de se animar, que estou quase indo pra ir.

Apenas nego rindo e ela desliga me mandando um beijo, e eu deixo o celular sobre a cama, indo até o banheiro, onde decido tomar um banho, que não demora muito. Caminho de toalha pelo quarto entrando no closet e visto uma roupa confortável, e enquanto penteava o cabelo, ouço a porta se abrir e vejo o Ryan sorrir.

— Feliz aniversário — ele diz mostrando um urso com laço vermelho no pescoço e eu nego sorrindo.

— Ryan — digo sorrindo e logo ele me mostra uma caixinha e eu a pego de sua mão ainda sorrindo — eu disse que não queria presentes.

— Abre — ele diz e eu abro a caixinha, notando uma pulseira com pingentes e sorrio ao ver que um deles são um garoto e uma garota de mão dadas, o outro um carro e sorrio ao ver que tinha um saltinho também e levanto o olhar fitando seus olhos e nego sorrindo.

— Obrigada, eu amo você — digo ficando na pontas dos pés para abraçá-lo — você é o melhor irmão do mundo — digo sentindo meus olhos marejarem — e eu sinto muito por estar tão chata, eu amo você.

— Ei — ele me afasta dele devagar e encara meu rosto secando a lágrima que caia — não é pra chorar.

— É que... eu estou feliz — digo e ele ri de canto e beija minha testa ao concordar.

— Quer dar uma saída comigo?

— A Poli está vindo, ela de alguma forma quer comemorar hoje — digo e ele assente — sabe o que ela está planejando?

— Não — ele diz se sentando em minha cama.

— Hum, e como vocês estão? — pergunto e ele franze o cenho.

— Ela não te contou? — ele ri meio fraco e eu nego e ele coça a nuca — Ontem ela viu uma coisa, e até então não nos falamos.

— O que ela viu? — pergunto e ele coça a nuca novamente e eu cruzo os braços.

— Eu e o Carter entrando com umas putas na mansão, o que foi uma péssima ideia, já que Poliana viu quando eu subi com uma delas — ele diz e eu descruzo os braços devagar e ele continua me olhando — eu sei o que vai dizer, eu vacilei.

— Sim, e muito — digo me sentando na cama e ele não diz nada.

E eu encaro a pulseira na caixinha ainda em minha mão e engulo seco ao saber dele, não acreditando que saber que ele está ficando com outras mulheres me afeta, mas apenas ignoro esse pensamento e olho para o meu irmão.

— Pode se redimir com ela — digo e ele nega.

— Jasmine eu já te disse, eu e Poliana não temos nada sério.

— Não tem vontade de ter?

— Com a vida que eu tenho não seria uma boa pra ela — ele diz e eu nego.

— Não é por isso que se recusa a ficar com ela.

— Na verdade não é, eu estou de boa desse jeito. Não sou um cara que gosta de se amarrar — ele ri de canto e eu rolo os olhos e ele me puxa pra ele, me abraçando de lado.

Depois que Ryan saiu do meu quarto, deixei a caixinha sobre a mesinha e fiquei me olhando no espelho por alguns segundos. Tudo que se passa em minha mente nos últimos dias, envolve gravidez, vida acabada e fracasso. Me sinto péssima, não me sinto grávida, mas sinto que estou totalmente perdida. Não sinto falta do Carter, por que eu o detesto, não gosto dele como Poliana pensa, o que me irrita de verdade é saber que enquanto eu estou nessa situação, ele está bem, se divertindo e pegando mulher, sem se importar com a merda que fizemos. Fecho os olhos por alguns segundos e enfio a mão entre meu cabelo enquanto escoro na parede querendo chorar novamente.

Adam Carter | Atlanta

Enrolo a toalha na cintura e saio do banheiro notando a bagunça que ficou a porra desse quarto, pego apenas minha carteira de cigarro e meu celular e saio do quarto fechando a porta, notando a Poliana me encontrar no corredor e ignoro seu olhar e subo a escada direto para o meu quarto. Onde fecho a porta e jogo a carteira de cigarro sobre a mesinha e caminho até a mesa de vidro, onde fica minhas garrafas de bebidas, coloco whisky no copo e encaro minha cama, bebendo a bebida de uma vez. Já faz uns dias que ando bebendo mais que o normal e comendo mais de três mulheres por dia, as horas restantes do dia eu foco em me trancar na porra do escritório cuidando das minhas porras, como por exemplo o assalto de manhã, que vai ser em um dos bancos de Savannah, uma das cidades da Geórgia. E não podia apenas comandar daqui, quero está lá na linha de frente, pra nada dar errado.

E o que fode é as merdas que anda acontecendo, a razão da bebida e as mulheres que ando fudendo, é não tirar a porra daquela garota da cabeça, não exatamente ela, e sim a merda que ela está cometendo, querendo mesmo carregar a porra de um filho meu. Eu dei um tempo pra ela, e ela ainda não me procurou pra resolvermos isso de uma vez. Só quero que ela coloque na cabeça que eu não estou sendo um filho da puta por querer isso. Estou tentando evitar uma merda maior. Se ela levar isso adiante, a vida dela estará perdida. Sua função será apenas carregar esse moleque, ficando nove meses presa a mim, e depois disso, ela não terá escolha em não sair da vida do moleque, por que se ela não fizer isso, ela morre.

— Senhor Carter — ouço as batidas na porta e coloco o copo na mesa.

— Entra — digo rouco e alto e vejo a vadia do Ryan abrir a porta.

— Eu queria falar com o senhor — ela diz tentando ser educada, mas vejo em seu olhar a raiva que sente e isso me faz ri de canto.

— Hoje é aniversário da Jasmine — ela diz e eu franzo o cenho e concordo colocando mais whisky em meu copo — eu queria ficar com ela, já que ela não anda nada bem, ao menos hoje queria comemorar com ela.

Bebo meu whisky sem olhar pra ela e nego ao ri de canto e molho os lábios voltando a encarar a mulher que me olhava esperando por resposta e eu penso em algo.

— Por que não dá uma festa? — digo escorando na mesa e ela me olha franzindo o cenho.

— Jasmine não conhece muita gente em Atlanta, e ela também detestaria — ela nega pensativa.

— Traga ela, eu cuido dos convidados — digo e ela me olha e eu a encaro esperando que ela rejeite a proposta, mas ela apenas concorda.

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