Parte 37

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Jasmine Pirce | Atlanta

Já acordei sendo incomodada, ouvindo um daqueles brutamontes do Carter esmurrar a porta do meu quarto, e caminhei até lá mal humorada e despenteada

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Já acordei sendo incomodada, ouvindo um daqueles brutamontes do Carter esmurrar a porta do meu quarto, e caminhei até lá mal humorada e despenteada.

— O que é? — pergunto sem paciência, eu detesto que me acordem, ainda são sete da manhã.

— A médica chega daqui vinte minutos — ele diz sem me olhar e eu rolo os olhos, batendo a porta quando ele se vira e nego tirando o cabelo do rosto.

Pego uma toalha e caminho até o banheiro, onde tomo um banho calmo, lavando meu cabelo pra despertar o sono que eu estava sentindo. Vesti um vestido colado nos seios e soltinho do busto para baixo, ele era azul e florido, e ia até meu joelho, como já posso imaginar, a médica vai me examinar. O que me deixa irritada, mas tudo bem, se é pra saber sobre a saúde do bebê. Me olho no espelho e encaro minha barriga por alguns segundos, e engulo seco. Ainda não caiu ficha sabe? Não me sinto grávida e nem imagino meu corpo mudando para virar casa de um bebê do Carter.

Depois de pentear meu cabelo o deixando solto, sai do quarto descendo a escada e tendo a má sorte de encontrar o Carter, ele me analisou de cima abaixo e eu rolei os olhos, descendo de vez a escada. Onde vi o segurança do Carter ao lado da médica e de outro cara, que não parecia ser tão velho.

— Carter, esse é meu sobrinho — o segurança diz olhando para um ponto atrás de mim, que é claro que é o Carter — que fará a proteção e vigilância da senhorita Pirce.

— Jack Balter — o rapaz diz também olhando para o Carter.

— Vigilância? — pergunto ao me virar para o Carter, ele me olha de relance e encara os homens do outro lado da sala.

— Me acompanhe até minha sala — Carter diz rouco, com a voz mais grossa do que de costume, o que imagino ser por que está muito cedo ainda.

Eles saem e olho para o rapaz de jaqueta jeans e ele me olha por alguns segundos até ir atrás do Carter, e eu olho para a médica, a senhora loira que me olhava atenta.

— Deve ser a Jasmine — ela sorri educada — a esposa do senhor Carter.

Ela diz em um sotaque que mostra que ela não fala inglês frequente e nego rapidamente.

— Graças a Deus não — digo e ela me olha surpresa e eu sorrio — sou a Jasmine, e você deve ser minha médica, certo?

— Sim, senhora Huds, mas pode me chamar apenas de Helena — ela diz ao se aproximar — seu marido... quer dizer, seu namorado...

Ela diz toda se atrapalhando e eu nego rindo e ela ri também.

— Apenas "Carter" — digo e ela assente se desculpando.

— Ele me passou vários exames para você fazer — ela diz e eu concordo — podemos começar?

— Sim.

Digo e ela caminha comigo até meu quarto, e até que não foi muito difícil deixar ela me examinar, eu me senti mais a vontade com ela, só não gostei da parte de tirar sangue. Ela guardou a capsula com meu sangue em sua maleta e me olhou sorrindo.

— Eu vou mandar os exames para o senhor Carter — ela diz e eu concordo — sua primeira consulta será daqui a dois dias. Em meu laboratório, está bom?

— Ok, obrigada senhora Huds.

— Helena, apenas Helena.

Ela diz e eu sorrio educada, e acompanho ela até lá embaixo, e vejo como ela observa a mansão meio que curiosa, e logo um dos seguranças do Carter a leva pra fora da mansão a acompanhando, e eu encaro o escritório por alguns segundos.

— Bom dia — ouço a voz atrás de mim e me viro, notando a mulher loira usar apenas um sutiã e um short jeans e encaro seu rosto.

— Bom dia — digo seca pronta para subir a escada novamente, mas paro ao ouvir a voz do Carter e vejo ele e seus dois seguranças saírem do escritório.

— Pirce, na minha sala — ele diz todo formal e eu passo pela mulher indo até o escritório dele, onde passo pelos dois homens que evitaram me olhar. E assim que entro no escritório, Carter fecha a porta e eu o encaro.

— Fez o exame? — ele pergunta indo até suas bebidas, o que me faz repugnar, não é nem nove da manhã ainda.

— Sim — digo e ele assente sem me olhar — ela não sabe de você, sabe?

— Que sou um mafioso? — ele ri dizendo o apelido que eu coloquei nele e logo nega — não tem médica na máfia.

— Devia ter me avisado — digo e ele bebe sua bebida enquanto me olha, e me irrito quando ele para seu olhar em minhas pernas.

— Que foi, contou a ela que sou um cretino que te fiz prisioneira até parir um filho meu? — ele caminha até sua mesa.

— Por que contratou um segurança pra me vigiar? — pergunto me aproximando e ele me encara, colocando seu copo na mesa.

— Por que nem sempre vou estar por perto — ele responde sério mexendo nos mapas em sua mesa — e você vai ter consultas e essas paradas da gravidez, preciso de alguém de olho em você, a esse momento deve ter traficante fazendo fila pra ver quem vai ser o mais foda em matar o herdeiro que está em sua barriga.

Ele diz e não sei por que, mas desço minha mão até minha barriga e ele me olha e depois desce até minha mão, e eu logo a tiro de lá e ele volta a beber.

— Vou para Las Vegas amanhã, resolver umas paradas que envolve as merdas do meu avô — ele diz sério — não volto antes de quatorze dias, então tenta não aprontar nenhuma merda. Meus seguranças tem ordens de te acompanhar, no mínimo trinta homens ao seu lado, ou seja, saia apenas para fazer o que for necessário. Eles me manterão informado, então, não tenta dar uma de esperta.

— Eu tenho consulta daqui á dois dias — digo e ele assente — não vai estar aqui pra ir comigo.

— Pode levar a Poliana contigo — ele diz sério e eu o encaro com raiva.

— É a droga da sua obrigação me acompanhar — digo e ele me encara — não fica dizendo que é o "seu" herdeiro? Que tenho que dar ele a você assim que ele sair de mim? É a droga do seu filho, o mínimo que deve fazer é me acompanhar nessas consultas idiotas.

— Vou estar viajando porra, não vem com show agora, a porra do dia mal começou — ele diz e me irrita ainda mais.

— Serei obrigada a ficar aqui com a sua amiga dividindo a mesma casa? — digo e ele ergue o olhar e logo percebe que falo da loira que ele costuma transar, e nega.

— Ela vai comigo — ele diz abaixando o olhar para os mapas novamente e eu fico o encarando surpresa e nego, que ridículo. Me viro e saio do escritório fazendo questão de bater a porta ouvindo ele gritar um palavrão.

E vejo a loira me olhar rindo, ainda na sala enquanto mantém um copo de suco nas mãos, e ela ri me fazendo a encarar sem paciência.

— Sem sexo matinal, os homens são um porre — ela diz e eu nego, ela é inacreditável — deveria ter oferecido um boquete á ele, ele costuma adorar relaxar dessa forma.

Nego e saio da sala, indo até a cozinha enquanto conto até mil e dois, para não surtar ainda e vejo que Poliana ainda não havia chegado e me sento próxima ao balcão respirando fundo. Então ele vai viajar, e ficar duas semanas fora, ótimo, e ainda por cima irá levar ela, melhor ainda, assim fico livre e em paz. Mas o que me irrita é sentir isso, um incomodo eu acho, não sei explicar, mas me deixa irritada. E desejando que se explodão em Las vegas.

Amor e Império Where stories live. Discover now