Amor e Império

Parte 40

Jasmine Pirce | Atlanta

— Senhorita Pirce — ouço uma voz masculina e me viro, tirando a atenção do meu livro, olhando para o rapaz com estilo de rockeiro que me olhava parado ali.

— Oi? — digo e ele se aproxima.

— Chegou uma encomenda para a senhora mais cedo — ele diz e eu franzo o cenho, e me levanto quando ele mostra a caixa e ele traz até a mesa perto dos sofás e eu franzo o cenho não entendendo.

— Eu não comprei nada — digo e ele me olha confuso — será que o Carter... eu vou abrir.

Digo e ele apenas assente e eu sorrio boba, me abaixando até a caixa a abrindo com dificuldade e logo vejo um canivete próximo e encaro o rapaz.

— Eu ajudo a senhora — ele diz ao se abaixar enfiando o canivete na caixa e eu meio que sorrio.

— Apenas Jasmine — digo e ele assente — até por que deve termos a mesma idade.

— Vinte — ele diz subindo seu olhar e eu sorrio.

— Dezoito — digo e ele assente com um meio sorriso e abre a caixa, fazendo um aroma horrível tomar conta do local e ele encara a caixa com um olhar estranho e eu me aproximo me assustando com o que vejo.

— Meu Deus — digo com as mãos na boca e o rapaz se levanta me afastando da caixa, eu nego assustada e vejo Poliana entrar na sala me olhando sem entender — tira isso daqui por favor.

— Desculpa, eu não sabia o que poderia ser essa porra — o rapaz diz e Poliana encara a caixa e me olha assustada e eu nego me afastando, passando a mão sobre o rosto.

— Calma — Poliana diz tocando meu braço e eu nego — isso é pra te assustar, sabem que está grávida do Carter, isso é um meio de ameaça que vão usar, lembra o que eu disse? Carter tem muitos inimigos e...

— Leva isso daqui por favor — peço ao rapaz que me olhava e ele concorda tirando aquela caixa dali e eu nego assustada e sentindo o cheiro horrível que ficou na sala.

— Vem, eu fiz suco natural que a médica mandou você tomar — Poliana diz me puxando pra cozinha e eu respiro fundo indo com ela para a cozinha.

Adam Carter | Las Vegas

— Uma boneca sem cabeça com tripa de porco encima? — digo ao negar afrouxando minha gravata — Por que porra entregaram algo pra ela sem verificar antes caralho?

— Foi erro do meu sobrinho, não irá se repetir — ele diz e eu concordo.

— Acho bom, até por que ele é pago para fazer a proteção dela, se fosse a porra de uma bomba ela estaria morta agora.

— Conversarei com ele novamente — ele diz e eu me sento no sofá do quarto do hotel enquanto solto uma lufada de ar.

— Traga a prostituta aqui — digo e ele assente antes de sair e eu me levanto indo até a garrafa de whisky próximo ao abajur, bebendo no gargalo mesmo. Encaro meu celular querendo saber como ela estava depois de receber aquela porra, mas é obvio que eu não ligaria pra ela. Não temos essa porra de intimidade, e se ela não me ligou pra me contar isso, talvez não tenha ficado tão assustada.