Parte 38

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Jasmine Pirce | Atlanta

Poliana estava agoando as poucas plantas que haviam ali, enquanto eu estava sentada sobre a pilastra pegando os raios de sol em meu rosto, e vejo quando a quantidade de seguranças caminham em direção a área do fundo, onde tem os equipamentos de ac...

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Poliana estava agoando as poucas plantas que haviam ali, enquanto eu estava sentada sobre a pilastra pegando os raios de sol em meu rosto, e vejo quando a quantidade de seguranças caminham em direção a área do fundo, onde tem os equipamentos de academia molhos meus lábios pensativa, eu nem acredito que estou grávida de um criminoso.

— No que está pensando? — ouço a Poli perguntar e olho para apenas negando.

— Falou com o Ryan? — pergunto e ela nega desligando a torneira e se aproximando, ela se escora na pilastra ao meu lado e respira fundo.

— Soube que ele roubou o Carter — ela diz e eu a olho surpresa — e que brigaram enfrente a boate, isso antes dele transar com a filha do meu padrasto.

Poliana diz e eu a olho notando que está triste e molho meus lábios encarando minhas mãos por alguns segundos.

— Sinto muito por terem brigado por minha culpa.

— No fundo eu e ele precisávamos disso pra acabar de uma vez com o rolo que tínhamos, eu não conseguia o deixar, mesmo sabendo que nunca teríamos algo sério.

— Você o ama — digo e ela ri fraco.

— Muito — ela murmura — e o que mais me machuca não é ver ele ficando com outras por ai, e nem ter me chamado de puta. O que machuca é ter visto que ele me bateria. A forma que ele me olhou naquele momento, ele levantou a mão pra mim e eu juro que doeu na minha alma. E ele mais que ninguém, deve saber como aquilo me feriu, e ele nem chegou a me bater pra doer tanto como está doendo.

— Foi um momento de raiva Poli — digo e ela me olha e rapidamente nega.

— Quando Ryan me conheceu pela primeira vez, eu estava com o olho esquerdo totalmente fechado, por ter apanhado de um homem, minhas coxas arranhadas por me rastejar tentando fugir de uma surra — ela diz e eu a olho surpresa, abro a boca meio que sem reação e ela assente — ele me salvou de uma vida dura, nem sei se posso chamar de vida, aquilo que eu tinha. Ele me protegeu e cuidou de mim, queria matar meu padrasto por ter visto como meu corpo estava ferido. Entende por que doeu ver ele levantar a mão pra mim?

— Entendo — digo me sentindo péssima e ela solta uma lufada de ar enquanto nega.

— E sei que ele transou com a Nina somente pra acabar de me machucar, ele sabia que ela sempre quis isso, e a primeira coisa que ela fez quando ele a deixou no prédio, foi bater na porta do meu apartamento pra dizer como foi maravilhoso transar com ele.

— Não acredito que o Ryan tenha feito isso — digo e ela me olha e meio que ajeita sua postura.

— É como eu disse, ele está ferido e está disposto a nos ferir também, principalmente a mim, a puta — ela diz rindo e eu nego rindo fraco e vejo o segurança do Carter se aproximar.

— Carter está te esperando no quarto dele — ele diz e eu franzo o cenho e ele olha pra Poli — podemos conversar?

— Claro Kolt — ela diz sorrindo educada e eu desço da pilastra, caminhando até a escadaria da mansão.

Onde entro e subo a escada, indo direto para o quarto dele, onde abro a porta sem bater e vejo que ele estava próximo a cama, com seu celular na mão, uma toalha pequena no ombro e uma maior na volta da sua cintura, deixando a mostra seu corpo molhado, ele larga o celular e me encara pegando a toalha do ombro passando nos fios molhados de seu cabelo.

— Mandou me chamar? — pergunto cruzando os braços e ele assente sério e vejo ele caminhar até a mesa, pegando algo e me entregando e vejo que era o contrato.

— Está atualizado, leia e assine antes que eu pegue o jato para Las vegas — ele diz se virando de costas e eu o encaro.

— Brigou com o Ryan? — pergunto e ele se vira para me encarar e eu engulo seco e nego chateada — Ele não tem culpa por estar fazendo as coisas com ódio, sabe disso né? Pra ele a gente o traiu, fizemos pelas costas dele, e o fato de você ser melhor amigo dele só piorou tudo. E a gravidez... ele está magoado, está com raiva e de cabeça quente. Ele não queria me ver assim — respiro fundo e olho nos olhos dele — são amigos, e Ryan com certeza sabe de todo seu lado mulherengo, acha mesmo que ele iria descobrir que eu fiquei com você e ficar numa boa? Ele está me vendo no lugar de todas as mulheres que você já ficou.

— Eu só fico com putas, Ryan deveria abrir a porra dos olhos e enxergar que não tem como te comparar com a porra das putas que já esteve em minha cama.

— Por mais que não tenha me tratado assim, pra ele você continua sendo o amigo galinha dele que costuma transar louco com mais de três por dia — digo dando de ombros — imaginar a irmã dele com você não está sendo fácil e eu tenho certeza disso.

— Foda-se o que ele está pensando ou não — ele diz jogando a toalha sobre a poltrona e eu continuo olhando pra ele, com seu cabelo bagunçado, e ele me olha de canto e nega — se ele continuar, e tentar armar contra mim, não terei outra escolha.

— Do que está falando? — pergunto me assustando e ele não me responde e eu nego indo até ele — Não machucaria o meu irmão, não é Carter?

— Ontem ele me deu o prejuízo de mais de três milhões de dólares, e eu estou tentando passar por cima dessa porra. Mas se ele continuar, não garanto que vou perdoar — ele diz e eu nego rapidamente.

— Ele é seu melhor amigo — digo e ele nega.

— Os piores inimigos são aqueles que já foram seus amigos, aqueles que conviveram com você e te conhece bem, que sabe seus pontos falhos.

— Se tocar nele — digo entre dentes e ele se aproxima.

— Tem que avisar á ele, e não a mim. Por enquanto estou na minha.

— Já não basta tudo que fez? Quer acabar de vez com a droga da minha vida? — eu me altero enquanto nego e ele ergue o olhar me olhando com atenção.

— Já pode ir — ele diz seco e eu rolo os olhos tão irritada com ele.

— Se por acaso tocar no meu irmão, se o machucar ou causar algo a ele, garanto a você que não verá a droga do seu filho — ameaço e ele se vira novamente pra me encarar.

— Acha que tem poder pra me ameçar ou me chantear? — ele ri de canto — Acorda garota. Quando vai olhar pra porra da sua situação e ver que tem sorte por a merda desse filho ser meu e eu o querer, por que se não fosse por mim, a essa altura já estava em uma vala qualquer. E não pense que me afetaria te encontrar morta, seria menos um problema pra mim resolver.

— Se decide — digo notando seu olhar sério e ele franze o cenho e eu me aproximo dele — em um dia dá ordem aos seus homens em não me permitir sair sem mais de trinta deles me acompanhando, e agora quer dizer que não se importa? Assim você se contradiz demais Adam.

E essa foi a primeira vez que chamei ele pelo seu nome, nunca vi outra pessoa o chamando assim, apenas a Poli quando quer me contar alguma história sobre ele, ouço ela dizer Adam Carter. E não sei por que não o chamam assim. Carter é um belo sobrenome, mas Adam é bem mais elegante. Caminho pra fora de seu quarto e sorrio convencida, ele está enganado se pensa que suas palavras grosseiras irão me deixar tão magoada a ponto de me calar pra ele como um cachorrinho. Idiota!

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