Parte 91

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Jasmine Pirce | Atlanta

Adam dirigia em silêncio enquanto eu continuava deitada sobre o peito do meu irmão, que depois de perguntar se eu estava machucada, também não disse mais nada, olhei para o Adam pelo espelho e vi como ele estava sério

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Adam dirigia em silêncio enquanto eu continuava deitada sobre o peito do meu irmão, que depois de perguntar se eu estava machucada, também não disse mais nada, olhei para o Adam pelo espelho e vi como ele estava sério. Demoramos um certo tempo até chegar na mansão, e quando sai do carro vi Poliana preocupada, mas ela apenas se aproximou e me abraçou de lado entrando comigo na mansão.

Vejo os primos do Adam e também alguns seguranças nos encarando, mas vejo o Adam ir para o escritório dele e solto a Poli, indo atrás dele e vejo Ryan me seguir e nego.

— Eu estou bem, agora estou a salvo — digo e ele encara o escritório e acho que entende que preciso conversar com Adam, e eu vou atrás dele, entrando no escritório.

E vejo que ele já me esperava, pois estava escorado de costas pra sua mesa, e assim que entrei ele subiu o olhar até o meu, e fechei a porta caminhando devagar e ele passa a mão no queixo e me olha sério.

— Alguém tocou em você? — ele pergunta.

— Adam — digo sentindo meus olhos marejarem e ele se aproxima.

Tocaram em você porra? — ele grita não se importando com as pessoas na sala lá fora.

— Eu não fui estuprada — digo e ele se aproxima e encara meu braço com a marca roxa.

— Te bateram? — pergunta e eu concordo e ele nega com raiva, desce seu olhar pelo meu corpo e se vira controlando sua raiva e eu me aproximo dele.

— Aquele médico, ele fez o exame — digo com medo dessa conversa, ele não se vira, continua de costas pra mim — ele ia fazer o aborto, eu fui amarrada a uma cama pra isso, mas...

— Meu pai descobriu que está carregando uma menina e quis que eu estivesse presente — ele completa e eu sinto meus lábios tremerem e concordo, mesmo que ele não me veja — ele tenta me ferrar de todas as formas.

Ele se apoia em sua mesa, negando com sua cabeça abaixada e eu me aproximo.

— Filho da puta — ele diz ao dar o primeiro soco sobre a mesa, eu me assusto e tiro o cabelo do rosto me aproximando mais ainda dele.

— É uma menina — murmuro — mas continua sendo sua filha.

Adam levanta seu rosto e se vira pra mim enquanto me encara e eu molho meus lábios sentindo lágrima cair dos meus olhos e as seco.

— Não começa com isso, não vamos ter essa conversa Jasmine. Não vamos mesmo, desde o início eu te disse — ele diz apontando seu dedo pra mim — eu te disse várias vezes, não continuaríamos com isso se fosse uma menina.

— Eu nunca concordei com isso Adam — choro.

— Concordou ao assinar a porra do contrato — ele diz alto e alterado.

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