Parte 11

159 13 0
                                    

Adam Carter | Atlanta

Antes de levá-la até o hospital, tive que dar uma passada na boate, Nara estava desaparecida e isso estava me dando problemas, e eu estava prestes a decidir eu mesmo ir atrás dela, e quando eu a encontrar, não vai ser nada bom pra pele dela

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Antes de levá-la até o hospital, tive que dar uma passada na boate, Nara estava desaparecida e isso estava me dando problemas, e eu estava prestes a decidir eu mesmo ir atrás dela, e quando eu a encontrar, não vai ser nada bom pra pele dela.

— Por que estamos na sua boate? — a garota pergunta e eu a encaro de relance e saio do carro ouvindo ela murmurar algo saindo do carro em seguida — Não tenta me enrolar ok? Eu ainda quero ver o Ryan.

— Deixa de marra e cala a boca — digo sério e ela rola os olhos — não vou demorar, espera no carro.

— Estou com cede — ela diz dando de ombros e eu a encaro sabendo que é mentira, ela só quer entrar pra dar uma de bisbilhoteira, já saquei a dela.

Ela nem me espera e caminha em direção a boate e eu nego meio que rindo da marra que ela tenta passar, e de relance encaro seu corpo por breves segundos notando como ela rebola marrento e neguei rindo. Encarei o segurança que apenas acenou com a cabeça e fomos entrando, e como imaginei ela encarava tudo a nossa volta bisbilhotando.

Vi as garotas rindo sobre o palco sentadas enquanto conversavam e uma delas ensinavam alguma coreografia ou algo assim, e logo nos encararam e vi a garota meio que ficar envergonhada por vê-las apenas de calcinha e sutiã.

— Carter — Virgínia, uma das que foi criadas por Nara desse do palco sorrindo — como é bom te ver — ela diz sorrindo maliciosa.

— Quero a pasta de documentos — digo sério — sobe e pega, sei que sabe onde Nara enfiava essas merdas.

— Só um minuto — ela diz concordando, e caminha até a escada de ferro ao lado e eu escoro no balcão notando a garota ainda olhar para as prostitutas que a encarava cochichando e rindo de alguma porra. E eu me inclino puxando uma das garrafas do balcão pegando o wisky e puxando um copo.

— Elas são o que estou pensando? — a garota se aproxima cochichando, o que me faz rir ao beber o wisky.

— E o que está pensando? — a olho de canto e ela rola os olhos.

— Se for putas, acertou em cheio — uma das garotas diz alto fazendo a garota se virar olhando pra elas e eu nego rindo, encarando meu copo.

— Eu não disse isso — ela se defende e vejo a vergonha em sua voz.

— Mas foi o que pensou, não foi? — a mulher diz descendo do palco — E você, é o que estou pensando?

— Não sei o que está pensando — ela responde mais baixo, e vejo que a mulher se aproximava dela.

— Uma vadia que não se assume puta, mas que gosta de se vestir como garota indefesa pra eles acreditarem que são tão puras como uma menininha — ela diz tocando a blusa de frio dela, e ela fica em silêncio e eu coloco o copo sobre o balcão, me virando e encarando a puta que logo tirou sua mão dela.

— Não sou — a garota diz tentando mostrar postura firme, o que não funciona muito — não sou o que pensou!

— Aqui está — Virgínia diz descendo a escada e eu a encaro, pegando a pasta da mão dela.

— Vê se organiza isso aqui, Nara está fora mais meus homens estarão aqui colocando ordens, sabe que não curto bagunça, não é? — digo encarando ela e ela concorda — Não pago vocês pra ficarem com a bunda sentada no palco, pago vocês pra dançarem e darem a bunda a noite, então levantem e façam algo útil.

Digo sério e ela apenas assente e eu me viro saindo dali ouvindo os passos da garota atrás de mim, e assim que saio vejo meu segurança fechar a porta da boate e eu abro a porta do carro, encarando a garota entrar meio que emburrada.

E dirijo a caminho do hospital, notando seu silêncio no carro, o que é raro, e não sei por que, mas me incomoda. Mas não demoro muito a chegar no hospital, e é claro que ela desce depressa assim que estaciono. Entro no hospital com ela, e assim que a enfermeira me vê, já nos guia até o quarto do Ryan.

Mas seguro a garota pelo braço e ela me encara com raiva, com pressa de entrar no quarto.

— O que foi agora? — ela se irrita.

— Ele não queria que eu trouxesse você aqui — digo sério — vá com calma com suas perguntas, seu irmão não tá em condições de te dar todas as explicações que você está querendo.

— Pronto? — ela diz marrento e eu a solto e ela entra no quarto, e eu continuo no corredor.

Sem paciência pra isso. Desde o dia que Ryan foi baleado que eu ando cuidando de coisas que não é da minha conta, já estou cheio de problemas e acho mais um pra conta.

Jasmine Pirce | Atlanta

Vejo meu irmão me olhar surpreso meio que tentando levantar a cabeça, encaro seu rosto meio pálido e engulo seco dando passos até sua cama e ele nega.

— Não era pra estar aqui, cadê o Carter? Ele sabe que saiu? — ele pergunta meio que rápido demais e eu sinto meus olhos marejarem.

— Não se preocupe, seu amigo e todos os seguranças dele estão lá fora — digo sarcástica e ele molha seus lábios e eu continuo negando — como pode não me deixar ver você? Como você não me telefona Ryan?

— Eu ia ligar, ok? — ele diz e eu nego chorando.

— Quando? — pergunto e ele respira fundo.

— Tem muita coisa pra conversarmos, e eu não queria que fosse dessa forma, tenta entender o meu lado — ele diz e eu meio que sorrio irônica.

— Te entender? Ryan nos últimos dias eu ando tão estressada, assustada e confusa, tudo que eu não consigo é te entender. Não dá pra entender por que você me escondeu tanta coisa, como você é um criminoso e como você quase morre e evita me dar notícias suas — digo e ele nega.

— Jasmine — ele diz meio baixo — tudo bem, agora você sabe, sou sim um criminoso — ouvir isso sair da sua boca me assusta — eu não quis te ligar por que eu sabia que iria me perguntar isso de primeira, e eu não queria falar com você sobre isso por uma ligação. E não quero você em perigo, não te quero nas ruas de Atlanta até eu sair e poder matar alguém que se atrever a mexer comigo de novo.

— Matar? Olha o que está me dizendo Ryan — digo e ele nega fechando o olho.

— Eu estou bem beleza? Estou feliz que esteja aqui — ele muda totalmente o assunto.

— Por que isso? O que você faz? — pergunto me aproximando.

— É a minha vida — ele diz dando de ombros — faço coisas que eu não gostaria de citar pra você agora.

— Me diz que vai parar — digo tocando sua mão — olha como você está — digo olhando para o aparelho ao seu lado — não quero ter que enterrar minha única "família" que restou.

— Jasmine — ele murmura e eu nego.

— Diz Ryan, que vai parar com isso, que não vai mais cometer nenhum crime e...

— Eu sou assim, tenho uma vida assim e não é como você pensa, que é simples. Eu fiz uma decisão a muitos anos e sou feliz da forma que vivo — Ryan diz e eu nego sem acreditar no que ele diz.

Amor e Império Where stories live. Discover now