Parte 69

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Jasmine Pirce | Atlanta

Assim que chegamos na mansão, Poliana sobe para preparar meu banho, acho que seria a primeira vez a usar a banheira dessa mansão, Adam me observa e eu olho pra ele que estava escorado em seu sofá e molho meus lábios

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Assim que chegamos na mansão, Poliana sobe para preparar meu banho, acho que seria a primeira vez a usar a banheira dessa mansão, Adam me observa e eu olho pra ele que estava escorado em seu sofá e molho meus lábios.

— Vai matar todos? — pergunto e ele assente.

— É o plano.

— Tem mesmo coragem de matar seu próprio pai?

— Por que não teria? Ele é a pior pessoa do mundo, e a pessoa que mais odeio desde que me entendo por gente — ele diz sério, andando até as garrafas de bebida.

— E é seu pai — digo e ele ri ao negar.

— Olha o que ele fez — ele diz ao me encarar — o que ele fez contigo só prova o quão lixo ele é, olha o seu corpo — ele diz e eu me encolho envergonhada — você tem idade pra ser neta dele, e mesmo assim. A idade não justificaria, fazer o que ele fez, fazer o que ele tentou fazer Jasmine — ele nega apertando a garrafa em sua mão — me faz pensar em vários planos onde a morte dele seja dolorosa.

Engulo seco e molho os lábios, vejo ele colocar a bebida em seu copo e ouço passos na escada, e vejo Nara, que me olha estranho.

— Perdeu o bebê? — ela pergunta bem direta.

— Não — digo e ela sorri se aproximando.

— Aleluia, não sabe como rezei por isso — ela diz e franzo o cenho surpresa, ela rezou?

— Obrigada — digo sem jeito.

— Espero que fique boa logo — ela toca meu braço e eu sorrio falso e assenti e ela riu de canto — afinal de contas você está carregando o irmão do meu pacote.

Ela diz e eu franzo o cenho e vejo o Carter beber seu whisky nos olhando.

— O que é divertido, nossos filhos serão irmãos e ficarão juntos quando irmos embora — ela diz empolgada — e talvez até podemos planejar algo juntas. O que me diz?

— Nara — Adam diz rouco e ela o encara.

— Não é um convite pra ser prostituta Carter.

— Eu vou subir, ainda estou cansada — digo e os dois me olham e Nara assente, se jogando no sofá e vejo Adam colocar o copo sobre a mesinha.

— Venha comigo até o escritório — ele diz e eu olho pra ele, e caminho até o escritório, com ele abrindo a porta pra mim.

Ele a fecha, e eu espero que ele diga algo, e logo ele caminha até sua mesa, onde vejo uma caixa sobre ela e franzo o cenho e ele a segura.

— Pensei que se sentiria melhor com isso — ele diz sem me olhar e eu encaro seu rosto, por que ele não consegue me olhar nos olhos agora?

Sorrio já sabendo o que era, era uma caixa de macarons. Um dos melhores doces do mundo, que eu comi poucas vezes mais que me apaixonei muito, até por que são bem caros, isso explica por que comi poucas vezes.

— Pensei que não gostasse que eu comesse doces — digo sorrindo.

— Hoje é uma excessão — ele diz olhando nos meus olhos e eu sorrio e ele logo desce o olhar e eu pego a caixa.

— Obrigada.

— Não pense que irá comer doce todo dia, aproveitou muito em Cancún, saiba que hoje, é sua despedida do mundo do açúcar — ele diz e eu rolo os olhos ainda rindo.

•••

Tirei o roupão do corpo me olhando no espelho, meu seio direito vermelho, mordidas vermelhas e roxas em meu ombro e uma próximo a meu pescoço, minha barriga tinha um hematoma, e passo a mão me lembrando do momento que fui jogada na quina da mesa e engulo seco.

— Vem — Poli trisca minha mão me guiando até a banheira, e acabo que rindo ao ver que tem pétalas de rosas brancas.

— Não precisa disso tudo.

— Aproveite, isso é uma das mordomias da mansão Carter.

Entro na banheira, deixando a água me cobrir até o pescoço e respiro fundo, tentando relaxar, e Poliana se senta na bancada enquanto me olha e vejo que ela está tensa.

— Ele não conseguiu — digo e ela franze o cenho — não abusou de mim.

— Carter chegou a tempo?

— Sim — digo me lembrando do Adam invadir aquela sala.

— Graças a Deus.

— Teve um momento Poli, que eu desejei morrer — digo encarando a água — quando eu senti que ele iria me estuprar, eu desejei morrer.

— Não vamos falar disso — ela nega descendo da bancada — vamos falar de outra coisa, como Cancún. É bonito como dizem?

— Eu vi uma praia linda — sorrio fraco — prédios altos e bem chiques.

— O que mais?

— A cobertura do Adam, é um exagero — nego sorrindo.

— Espera, vocês ficaram juntos?

— No mesmo quarto — digo e ela sorri e eu nego rapidamente — não, não dormimos juntos.

Ela rola os olhos e eu sorrio, e vejo ela pegar minha caixa de macarons, roubando um e colocando a caixa sobre a mesinha ao lado da banheira, e eu pego um mordendo em seguida.

— E como está as coisas entre vocês dois?

— Não sei dizer — nego pensativa — brigamos a viagem toda, minutos antes da desgraça acontecer, estávamos brigando.

— Vocês brigam demais — ela reclama e eu concordo.

— Acho que eu e ele, não damos certo mesmo em conviver juntos.

— Ele te deu macarons — ela diz e eu franzo o cenho — e te salvou.

— O que isso tem haver?

— Tem haver que ele gosta de você.

— Não, ele não gosta.

— Eu acho que gosta.

— Se esqueceu do que ele fez? Eu disse que gostava dele — nego ao me lembrar — e ele encerrou tudo que tinha entre a gente, e fez questão de dizer que era apenas sexo, que não tivemos nada.

— E você sente falta dele?

Poliana me pergunta e eu respiro fundo e escoro a cabeça na banheira e concordo.

— Acho que a maioria das nossas brigas são por isso, por sentir falta sabe? E eu detesto a forma que ele me tratou, ele me tratou como uma garota de momento sabe? Ele não quis mais, mesmo eu dizendo que gostava dele. Ele disse na minha cara Poli — olho pra ela — que me usou demais, como se eu fosse um objeto. Sei que o irritei, ele disse depois que eu o provoquei, mas... doeu ouvir. Por que pra mim, os momentos que tive com ele foi momentos que eu só tive com ele — nego e ela me observa — e ele me trata como se eu fosse mais uma que ele usou.

— Sabe o que está acontecendo, não sabe?

— Que estou apaixonada por ele? E que isso é uma grande furada? É eu sei.

Poli respira fundo e concorda e eu nego, não querendo pensar nisso, apenas pego um macaron o enfiando na boca irritada comigo mesma.

Amor e Império Where stories live. Discover now