Parte 36

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Jasmine Pirce | Atlanta

Já era noite, desço as escadas com fome e molho meus lábios não me importando em estar apenas de meia e blusa de frio e um short pequeno de dormi, sempre fui muito frienta nos pés, não me importo em usar short no frio, não faltando as meias, está ...

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Já era noite, desço as escadas com fome e molho meus lábios não me importando em estar apenas de meia e blusa de frio e um short pequeno de dormi, sempre fui muito frienta nos pés, não me importo em usar short no frio, não faltando as meias, está tudo bem pra mim. Ouço vozes antes de ir pra cozinha e ando devagar molhando os lábios ao caminhar até o escritório do Carter. Ouvindo voz feminina, o que despertou mais ainda minha vontade de entrar lá. Empurro a porta devagar e ouço gemidos e dou passo pra trás, me arrependendo de ter vindo até aqui.

Isso, vai, aaai Carter — ela diz geme alto fazendo barulhos que imagino ser a mesa e engulo seco, sentindo algo em mim, incômodo? Não sei, talvez seja apenas a fome mesmo.

Caminho até a cozinha e vejo que estava vazia, pego a comida que Poli havia dito que deixou na geladeira e esquento, enquanto encaro o chão pensando em como ele pode ser nojento dessa forma. Faz dois dias que estamos juntos, não juntos, mas... a gente teve um momento, fizemos... amor é muito forte pra dizer, a gente transou, a gente teve um momento íntimo. E por mais que eu o odeie, ele deveria ter ao menos respeito. O que estou pensando? Ele não é meu namorado, não me deve nada. E também não ligo, que ele aproveite muito, que ela engravide e que... o microondas apita me tirando dos pensamentos e eu me sento, comendo em paz, e é óbvio, é lógico que eu corro para o banheiro.

O banheiro social da casa, próximo a sala, lá estava eu, ajoelhada vomitando tudo que comi hoje, eu queria tanto que isso parasse, não tem um remédio pra isso? Eu detesto vomitar. Me levanto dando descarga e lavo a boca, saindo do banheiro e notando que Carter estava fumando sentado na poltrona, usando apenas sua calça jeans, e isso me dá até vontade de vomitar novamente. Ele está suado.

— Dá próxima pode participar — ouço a voz da mulher e a encaro sair do escritório usando uma camisola — não precisa espiar atrás da porta.

— Eu não estava espiando — digo ao encara-la e ela ri e eu encaro o Carter que fuma em silêncio — dá próxima feche a porta.

— Está incomodada? — ela pergunta com a voz de riso, sei que ela quer me provocar — Podemos muito bem dividir o Carter, afinal de contas estamos aqui pela mesma função.

— Não, não estamos — digo já irritada.

— Não? — ela ri.

— Não — digo séria, e saio da sala sem olhar para ele, subo a escada ouvindo a risada daquela mulher vulgar e nego ao caminhar até meu novo quarto e bato a porta com força.

Ando de um lado para o outro, e me jogo na cama me recusando a pensar nela ou no Carter, e por alguns segundos da certo, fico encarando a foto da minha mãe e sorrio fraco, ela me daria tantas broncas se estivesse aqui. Tantas!

Depois de ler um pouco do meu livro, fechei as cortinas e preparei a cama para deitar, e assim que me sentei na cama eu ouço a porta e franzo o cenho, e depois das batidas ele simplesmente abre a porta, e eu fico séria ao encarar seu rosto. Ele estava com o cabelo molhado e arrepiado, calça de moletom deixando um pouco a mostra sua cueca branca, e seu tanquinho estava totalmente a mostra.

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