Jasmine Pirce | Atlanta
— Pode por favor parar de mexer nessa flor e me ouvir? — digo encarando a Poliana com a flor que Ryan trouxe.
— Ela vai morrer se eu não colocar ela na água — ela diz com um copo de água na mão e eu rolo os olhos.
— Ela vai morrer de qualquer jeito — digo e ela me encara — eu preciso ir, mas você me ouviu né? Ele e o Carter precisam se acertar.
— Desculpar você é uma coisa, agora o Carter? Não sei se o Ryan vai perdoar isso algum dia, além de terem ficado, está grávida — ela nega — eram melhores amigos e...
— Eu sei — digo respirando fundo.
— Mas ok, não custa nada tentar — ela diz dando de ombros e eu concordo.
— Eu preciso ir — digo e ela assente.
Poliana me abraça, e vejo que ela está toda contente por causa da flor que Ryan trouxe, que ela encontrou no chão ao entrar, e quando eu disse, ficou assim, toda boba. Ela me levou até à frente do prédio para nos despedirmos e logo vi Jack, que encarou seu relógio e depois a mim. E caminhei até o carro dele, entrando e colocando o cinto em seguida.
— Tudo numa boa? — ele pergunta e eu concordo.
— Acho que sim — digo molhando os meus lábios.
— Pra onde vai agora?
— Para a mansão, estou com sono — digo passando a mão no rosto e ele concorda.
E dirige em silêncio, enquanto escoro a cabeça no banco, apenas admirando as ruas de Atlanta e por um segundo, apenas por um segundo, eu penso no Carter, e nas coisas que eu contei ao Ryan. Como tudo aconteceu, e nego fraco fechando os olhos, eu nem sei como tudo andou até chegar nisso. Não temos nada em comum, a não ser o prazer de irritar o outro.
Na mansão, eu sou obrigada a jantar uma comida que não tinha gosto de nada, e é claro que faz parte da minha dieta, reclamo e a mulher finge não me ouvir, e eu saio da cozinha já estressada. Indo para o meu quarto, onde tomo apenas um banho morno e me jogo na cama, dormindo em seguida.
•••
Quando acordei, Poliana já estava em meu quarto, com meus remédios e também o café da manhã, e enquanto ela falava sobre a ligação do Ryan na madrugada, eu escovava meus dentes, e arrumava meu cabelo no espelho do banheiro.
— Eu acho que ele está começando a perceber que me ama — ela diz e eu acabo que rindo.
— É, deve ser — minto e ela me encara.
— Acha que não?
— Eu não sei da história de vocês, só vocês sabem, então se você acha, deve ser — digo e ela se senta, roubando um morango do meu café da manhã.
— Carter não te ligou? — ela pergunta e eu me sento olhando pra ela.
— Por que ele ligaria?
— Por que está grávida do filho dele? — ela diz óbvia.
— Ele não está nem aí, e eu até prefiro assim — dou de ombros — aí eu esqueço que estou mesmo carregando um bebê dele.
— E como se sente?
— Normal, como se nada estivesse aqui — dou de ombros começando a comer — a não ser na hora dos enjoos, aí eu lembro e me odeio em seguida.
— Nunca conversamos sobre o Carter — Poli diz pegando outro morango e me olha sorrindo.
— Como assim?
— Gosta dele? — ela pergunta e eu nego.
— Claro que não — respondo fazendo careta.
— E por que razão ficou com ele? E não foi apenas uma vez — ela ri.
— Ele me beijou, todas as vezes — dou de ombros.
— E você continuou.
Ela diz e eu molho os lábios e respiro fundo, pensativa, e Poliana continua me olhando com aqueles olhos de julgamento.
— O beijo dele é bom, consegue me fazer esquecer as coisas do momento e... você já sabe!
— Ele é bom de cama, não é?
— Eu só fiquei com ele, como vou saber?
— Ele te fez gozar?
— Poliana — murmuro e ela ri.
— Não seja boba Jas, somos amigas — ela ri comendo meus morangos.
— Eu gostei — digo e ela ri — e sim, ele fez.
— Ele é lindo sem roupa — ela diz rindo pensativa — aquele peitoral, parece mais uma escultura, ele tem gomos duros e...
— Como sabe? — pergunto e ela me olha.
— Ele vive sem camisa, e treina com os homens na academia — ele ri.
— E como sabe que ele é lindo sem roupa? — Pergunto desconfiada e ela coloca a mão no rosto.
— Ele tomou banho de piscina com uma prostituta uma vez — ela diz e eu franzo o cenho — estavam transando. Me mandaram levar bebidas para a piscina e ele saiu pelado de dentro dela.
— Inacreditável — nego e ela ri — ele é um galinha.
— Não gosta dele nem um pouquinho?
Poliana pergunta e eu nego, e ela ri como se não acreditasse e eu não ligo, apenas começo a tomar meu café da manhã de uma vez.
— Hoje você tem aula de ginástica — Poli diz e eu a encaro.
— Tenho oque?
— Seu professor chega às treze horas, não se atrase.
— Eu não quero fazer aula de ginástica — digo e ela assente.
— Na verdade você precisa, grávidas se alongam sabia? Fazem até Yoga.
— Isso deve ser coisa do Carter — murmuro.
— Você ainda tem dúvida?
Ela diz e eu rolo os olhos sem paciência e tiro a bandeja da cama, colocando na mesinha ao lado e ela se levanta comigo.
— Coloque uma roupa confortável — ela diz e eu a olho — vai se alongar.
— Você ainda pergunta se eu gosto dele — digo e ela ri.
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Amor e Império
FanfictionAmor e império não será apenas um romance fofo, será um romance conturbado, envolvendo duas pessoas com vidas opostas, ligadas acidentalmente por coincidências ou destino talvez. Jasmine Pirce é apenas uma garota de dezessete anos que acabou de perd...