Parte 10

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Jasmine Pirce | Atlanta

Dois dias na mansão Carter

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Dois dias na mansão Carter

Saio do banheiro batendo a porta com força, prendendo meu cabelo no alto e encarando a cama do Ryan, que nos últimos está sendo minha, e sinto raiva do meu irmão que não se preocupou ao menos em me dar notícias, tudo que sei é pela empregada, já que o idiota do Carter não me fala nada, e também desde nossa pequena briga no escritório a dois dias atrás, eu o ignoro e ele nem se quer finge que ignora, ele ignora na minha cara mesmo.

Saio do quarto colocando o celular dentro do bolso da calça e desço a escada com calma pensando no que iria fazer hoje, já que minha vida ultimamente está sendo ser prisioneira aqui nessa mansão. Assim que desço a escada e levanto o rosto vejo um homem na sala, que sorri pra mim de uma forma estranha e molho os lábios pronta pra ir pra cozinha. Mas o homem deu um passo me fazendo parar de andar já que ele estava bem no caminho da cozinha.

Ele era alto, forte e tinha uma barba meio grisalha, um olhar que me passava medo e um sorriso estranho, e quando engoli seco acho que ele percebeu, pois riu.


— Meu filho sempre teve muito bom gosto pra prostitutas — ele diz me encarando de cima abaixo e eu franzo o cenho com raiva.

— Não sou uma prostituta — digo séria e ele encara meu rosto e sorri.

— Não é? — ele ri se aproximando e eu dou um passo pra trás, não sei o que é, mas não consigo nem ser arrogante a altura que ele merece, de tão assustada que estou nesse momento — Dois minutos em um quarto e eu te faço virar uma — ele passa seu dedo em meu braço e eu logo me afasto mais, sentindo ele se aproximar enquanto meus olhos marejam — seja lá quanto for que meu filho esteja te pagando, eu pago o dobro princesa.

— Se afasta dela — a voz rouca do Carter me faz despertar daquele transe traumatizador e engulo seco me afastando e me recompondo, e encaro o Carter entrar na mansão, e ele me olha nos olhos franzindo o cenho e eu abaixo o olhar.

— Gostei da sua amiga — o homem diz me olhando e eu o encaro com raiva e medo — só estávamos conversando.

— Sobe — Carter diz rouco e eu o encaro, notando que ele falava comigo, mas invés de subir eu apenas passei por aquele homem indo em direção ao escritório do Carter, que era bem ao lado.

E fechei a porta me escorando nela, sentindo minha respiração totalmente descontrolada, e minhas mãos geladas, a forma que aquele homem me olhava me trouxe tanto medo que eu me senti paralisada por alguns segundos.

O escritório tinha algo nas paredes que me impedia de ouvir o que falavam lá fora, caminhei até a mesa do Carter notando alguns papéis sobre a mesa e fui até a janela, notando a paisagem bonita do jardim que havia no fundo, mordi o lábio e me virei me escorando na parede e franzo o cenho ao ver o porta retrato sobre a mesa e me aproximo o pegando.

Vejo o Carter sobre uma moto com uma garota agarrada a ele, e o meu irmão ao lado deles segurando um enorme peixe, enquanto todos eles sorriam, e franzo o cenho curiosa, e me assusto quando a porta se abre e eu solto de uma vez o porta retrato.

— Te mandei subir e não entrar no meu escritório metendo a mão onde não deve — ele diz me encarando e eu mexo no cabelo molhando os lábios envergonhada.

— Me desculpa — digo e ele cruza os braços e eu respiro fundo — quem é aquele homem?

— O que estava rolando quando eu cheguei? — ele pergunta descruzando os braços ao se aproximar — Ele tocou em você?

— Não — digo engolindo seco — mas... ele parece ser... não sei explicar.

— Ele não vai pisar mais aqui, então fica tranquila — ele diz indo até a poltrona enfrente sua mesa e eu me afasto, ainda olhando pra ele.

— É o seu pai? — pergunto e ele nem se quer me olha — Ele pensou que eu fosse uma prostituta.

— Toda mulher pra ele é uma prostituta — ele diz dando de ombros mexendo em seu computador e eu rolo os olhos.

— Pode me ajudar a falar com o Ryan hoje? — peço e ele me olha.

— Na hora que ele se sentir bem pra falar contigo, ele vai te ligar — ele diz me olhando e eu nego com raiva e saio do escritório.

Por que droga todos falam com o meu irmão e eu não tenho nem contato dele? Mas que droga!

Subo a escada de volta para o quarto do Ryan e pego meu celular entrando na internet, procurando os hospitais de Atlanta, que por sinais tem vários. Mas tentei arriscar um que seja próximo daqui, talvez por coincidência ele estaria lá. Mordo o lábio andando pelo quarto e resolvo criar coragem.

Pego minha blusa de frio e saio do quarto, descendo a escada devagar, notando que não havia ninguém por ali pela sala. E sai da mansão descendo a escadaria, notando um dos seguranças me encarar e eu fingi não ligar. Mas assim que caminhei até um deles, todos que estavam próximos me encararam.

— O Carter pediu que um de vocês me levassem até o hospital mais próximo — digo e ele riem ao me encarar, mas logo ficam sérios e se afastam e eu não entendo, mas quando me viro, sei por que.

— Eu pedi? — ele diz rindo de canto e eu rolo os olhos sem paciência.

— Não vou ser sua prisioneira, eu cansei — digo me virando pronta pra caminhar até o portão e sinto ele segurar meu braço.

— Seu irmão me pediu pra tomar conta de você — ele diz sério — e é por isso que está aqui, não curto ficar de babá se é que acha que estou curtindo.

— Não fique de babá, me deixe voltar para o apartamento dele e ficar longe de você — digo estressada.

— Se eu te deixar ir, não vou atrás de você, nem que me ligue implorando pra voltar por que tem um filho da puta te apontando uma arma pronto pra te matar — ele diz sério e alto e eu engulo seco.

Eu ainda não acredito totalmente em tudo, mas sinto medo, medo da maneira que ele fala sobre isso.

— Eu só quero ver o Ryan, falar com ele — digo praticamente implorando e ele me encara.

— Ele não quer falar contigo ainda — ele diz e eu nego.

— Não me importo com o que ele quer, eu vou naquele hospital — digo teimosa e ele me encara e sorri de canto meio que negando — o que foi?

— Entra no carro antes que eu mude de ideia — ele diz e eu sorrio animada e ele rola os olhos e eu caminho até o carro dele.

Amor e Império Where stories live. Discover now