Chapter One

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Eu estava zangado com o meu amigoo, eu contei a irá se foi.

Uma pessoa tropeçava desesperada, olhando por todos os lados com um pavor genuíno nos olhos. O guarda tinha passos cambaleantes, se apoiava na parede, estava pálido, suando frio, como se tivesse visto algo apavorante na sua frente.

O corredor estava vazio, todos estavam ocupados com a reunião repentina que o rei ordenou.

O homem empurra as portas enormes da grande sala privada de reuniões, causando um barulho que chama a atenção de todos os integrantes daquele local.

- Quem lhe deu permissão para invadir dessa forma uma reunião privada? - O rei vocifera irritado.

- Perdão.... meu rei.... me perdoa mas eu tenho um recado para lhe dar. - O guarda profere com um fôlego escasso.

- Espero que seja importante. De quem é o recado? - O rei fala à contragosto.

O homem abre a boca para falar mas nada sai, ele tenta a todo custa dizer o nome da pessoa mas nada, nem mesmo uma sílaba sai de sua boca e as pessoas na sala começam a estranhar.

- O recado que ao qual me mandaram lhe dar é: "os últimos serão os primeiros e os que estão por baixo, estarão por cima"

Os homens no salão começam a rir, dizendo para matar aquele homem tolo que esta passando mensagens estúpidas, atrapalhando reuniões importantes.

Apenas o rei olha com curiosidade para o guarda na sua frente que ainda esta no mesmo lugar.

- Não há mais nenhum recado? - O rei questiona interessado, sentado na cadeira principal.

O guarda tenta dizer algo mas não consegue novamente.

- Este homem é um traidor da coroa, meu rei, ele esta gozando de nossas caras. - O homem de cabelos grisalhos com uma expressão rabugenta profere.

- Saiam, todos. Apenas o conselheiro fica. - O rei diz bem alto.

Os homens obedecem não gostando de serem contrariados.

- Vossa majestade, está pensando o mesmo que eu? - O conselheiro questiona se aproximando, intercalando o olhar entre o guarda e o rei.

- Acha que surgiu uma nova pessoa com os mesmos poderes? - O rei pergunta passando a mão na barba.

- É impossível, era um dom único. Apenas Louis Tomlinson, tinha o poder de machucar pessoas pelo olhar e controlar mentes mas ele esta morto. - O conselheiro senta na cadeira novamente.

- Não diga o nome daquele infeliz nesse castelo, quer trazer pragas para o nosso reino? - O rei profere irritado.

- Perdoe-me vossa alteza. Talvez possa haver uma pessoa que nasceu com os mesmos dons que o dele. - O conselheiro pega sua caneta no bolso.

- Procure o responsável que teve a ousadia em me desafiar dentro do meu próprio castelo, procure em cada buraco, quero a cabeça do responsável na minha mesa antes da coroação do meu primogênito, não quero que possíveis ameaças atrapalhem.

- E o que faremos com ele? - O conselheiro aponta para o guarda que ainda esta parado com um olhar perdido.

- O mate. - O rei levanta saindo da sala de reuniões.

Robert Tomlinson, era um rei cruel, sua sede pelo poder sempre lhe levou ao altar mas depois de 500 anos, o poder tem lhe cegado a cada vez mais e aparentemente ele não tem percebido mas o preço de sua sede à ganância poderá lhe comer vivo.

A coroação do seu filho estava próxima e em breve poderia descansar em paz, depois de longos anos tendo o poder em mãos poderia morrer sabendo que seu filho teria a mesmo propensão de ter tudo ao seu alcance.

Durante a semana, novos recados foram aparecendo apenas para deixar o rei irritado. E as pessoas que tinham o desprazer de cruzar o caminho do Robert Tomlinson, estava tendo que enfrentar o peso da sua irá.

Contudo, todos achavam que era impossível, a irá do rei aumentar mas estavam sendo ingênuos, pois em uma bela manhã um homem apareceu para dar um recado.

Avisando que este seria o último e o rei apesar de furioso, resolveu ouvir.

- A eternidade pode se tornar entediante as vezes. - O homem fala dando ênfase na primeira palavra.

O rei fica em silêncio por alguns segundos, seu rosto começa a ficar pálido.

Os súditos ao redor, esperam por uma resposta, tentando entender a situação que tem deixado o castelo conturbado e criando dúvidas dos cidadãos à fora.

- Mate esse homem. - O rei grita para um guarda que some com o mensageiro.

- Meu rei, algum problema? - A rainha questiona, colocando a mão delicada em seu braço.

- A coroação vai ser amanhã. - O rei ignora sua esposa, gritando ordens para todos os lados e saindo do salão principal.

O rei Robert andava de um lado para o outro, desejando do seu mais profundo âmago que aquilo seja apenas uma brincadeira de mau gosto, porque se caso não fosse, tudo o que ele conquistou durante anos iria escapar de suas mãos sem hesitação.

O rei percebeu que tudo estava sereno demais ultimamente, e se as perguntas tivessem as respostas que ele tanto almejava saber, certamente esse reino estaria com os últimos dias de paz contados.

Entretando, havia a chance de tornar seu sucessor, em um grande rei e Robert Tomlinson faria tudo ao seu alcance para tornar isso em realidade.

Seus planos se concretizariam, custe o que custar, ele faria o impossível para isso, colocaria todos os tipos de guardas em cada centímetro desse castelo.

E antes que a pessoa por trás de toda essa discordia, pudesse dar o primeiro passo, o rei estaria preparado para qualquer ataque.

- Papai, estive lhe procurando. - O primogênito do rei se pronúncia, chamando a atenção do homem à sua frente.

- Amanhã será a sua coroação e não esta aberto à discussões. Entendido? - O rei dá um olhar severo para o filho com as mãos atrás das costas.

- Sim, meu rei. - O garoto fala à contragosto como se ao pronunciar aquele nome, sente sua boca com um certo amargor.

- Ótimo. Esta dispensado. - O rei balança as mãos como se estivesse falando com um criado qualquer.

Tamanha desfeita, deixa seu filho com uma fúria, e a fúria costuma ser perigosa quando se é alimentada aos poucos.

Aqueles que ignoram a fúria é porque certamente nunca sentiram o peso esmagador, caso ela caia nas suas costas sem piedade alguma.

the dark prince ↝ l.sWhere stories live. Discover now