Chapter Eleven

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O homem não tem poder sobre nada enquanto tem medo da morte. E quem não tem medo da morte possui tudo.

Um cavalo branco corre por um gramado amplo em direção à floresta, com uma velocidade surpreendente, de repente um grito é ouvido e como um piscar de olhos Louis se vê no chão e a única coisa que consegue enxergar na sua frente é sangue, muito sangue e pares de olhos azuis que cosumiam um brilho tão intenso como o fogo, se apagam como uma tempestade fria e forte, tomando tudo o que havia de bom dentro de si e tirando a pessoa mais querida no mundo por ele.

Louis acorda de abrupto, ofegante, com o rosto cheio de suor pelas lembranças estarem lhe atormentando através de pesadelos. O príncipe levanta, vendo o céu alaranjado, dando indícios que o dia esta amanhecendo, levando consigo todos os sentimentos ruins que se apossam da sua mente.

O príncipe de Howard pega um cigarro na sua cartela de prata, levando até os lábios, acendendo logo em seguida enquanto observa a calmaria por alguns segundos, pois sabia que seus dias costumavam ser conturbados.

Tomlinson se levanta, indo até as portas do seu armário, olhando para a capa vinho de veludo que adornava com desenhos dourados, seria perfeito para usar com o terno preto. Louis pega suas abotoaduras de ouro, terminando de se vestir, apreciando suas vestimentas de frente para o espelho.

O dia provavelmente seria longo e para aproveitar toda essa calmaria, o príncipe decide andar até o rio cristalino que se mantinha intacto durante anos, a única coisa que não mudou durante os séculos foi aquilo.

Louis aproveita para divagar sobre seus pensamentos que estão tão fresco em sua mente, depois de ter aquele pesadelo.

O príncipe tentava a todo custo, superar aquele dia mas nada lhe faria com que ele se sentisse menos culpado. Louis olha em direção para a floresta que lhe atormentou por muitos anos mas que agora era apenas uma lembrança triste.

Com toda sua postura de um verdadeiro rei, neste momento, de frente para aquele rio, quando o príncipe pega uma pedra e joga no rio, ali, ele parece apenas um menino tentando encontrar seu caminho.

Um barulho de galho sendo pisada é ouvido, chamando a atenção do príncipe que se vira de abrupto, tirando sua faca da cintura em uma velocidade de tirar o fôlego.

Ao ver a figura do príncipe Harry Styles com receio de se aproximar, Louis abaixa a faca e naquela brisa da manhã, com o vento batendo nos fios do cabelo encarolado do rapaz de olhos verdes, o príncipe Tomlinson perde o sentido por segundos pela beleza arrebatadora que esta na sua frente.

- Podemos conversar? - O príncipe Styles finalmente decide se aproximar sorrateiramente como um gato rodeando seu dono.

- Está me seguindo? - Louis é direto, olhando com desconfiança para o rapaz na sua frente.

- Não, estava andando pelos corredores do palácio, quando lhe vi pela janela, aqui, sozinho.

- Quer conversar sobre o que exatamente? - Tomlinson questiona sentando em um tronco de árvore jogado no chão.

- Sobre nós.

- Existe um nós? Pensei que no momento em que não me deixou lhe dar explicações ou não respondeu a minha carta, achei que o assunto estivesse encerrado. - O príncipe questiona olhando para o horizonte com os pensamentos distantes.

- Eu recebi sua carta, vossa alteza, porém estava confuso e precisei de uns dias para pensar. Em sua carta deixou claro que não se importaria com o tempo que eu precisasse para pensar.

O silêncio se instala entre ambos e o único som que se ouve são dos pássaros cantando, trazendo consigo um certo tipo de esperança.

- Estou ouvindo. - O príncipe Tomlinson se pronúncia, quebrando o silêncio e olhando diretamente para as íris verdes.

the dark prince ↝ l.sWhere stories live. Discover now